(UFSM - 2013) Analise a afirmação a seguir.
Em São Paulo a questão principal não é a liberdade do escravo. A questão séria é a substituição do trabalho. Desde que o governo cure seriamente de empregar meios que facilitem a aquisição de braços livres, os paulistas estarão satisfeitos e podem abrir mão de escravos, mesmo sem indenização [...].
(Fonte: Declaração de Prudente de Moraes, em 1885, em nome do Partido Republicano Paulista (PRP). BUENO, Eduardo. Brasil: uma história. SP: Ática, 2003. p. 266.)
A partir dessa afirmativa, pode-se concluir que
a preocupação dominante na cafeicultura paulista, no final do Império, era a diversidade de modelos de organização do trabalho.
a mobilização dos trabalhadores das fazendas levava a classe dominante paulista a pleitear o auxílio do Governo Central para melhor enquadrá-los no mundo do trabalho.
a expansão da lavoura do café exigia adequação e reorganização do modelo de organização do trabalho, para enfrentar os novos tempos.
a cafeicultura exigia grandes recursos de capital e de terras, enquanto a mão de obra se solucionava com o incentivo a migrações do Norte e Nordeste.
a campanha abolicionista, em curso na sociedade brasileira dos anos 1880, atendia às demandas humanitárias da classe dominante paulista.