(UFU - 2018 - 2 FASE) Considere o seguinte trecho, que comenta opinies bastante difundidas sobre o pensamento filosfico de Parmnides e Herclito, filsofos gregos que viveram no sculo VI a.C., e responda s questes a respeito. Parmnides e Herclito representam correntes de pensamento rivais na filosofia grega e o conflito entre essas correntes marcou profundamente a obra de Plato, que procurar super-lo, de certa forma, conciliando as duas posies. O pensamento de Parmnides baseia-se em uma concepo de unidade do real para alm do movimento por ele considerado apenas uma caracterstica aparente das coisas. Parmnides visto como o filsofo do Ser, da realidade nica, subjacente pluralidade dos fenmenos, e precursor da metafsica. Herclito parte do movimento como a questo mais bsica em nosso entendimento do real, vendo no conflito entre os opostos a causa do movimento. Sua viso de realidade profundamente dinmica. MARCONDES, Danilo. Textos Bsicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2000. A) Explique a oposio entre as concepes desses filsofos a respeito da realidade do movimento. B) Explique como Plato de certa forma concilia as duas posies.
(UFU - 2018 - 1aFASE) Pois pensar e ser o mesmo Parmnides, Poema, fragmento 3, extrado de: Os filsofos pr-socrticos. Traduo de Gerd Bornheim. So Paulo: Cultrix, 1993. A proposio acima parte do poema de Parmnides, o fragmento 3. Considerando-se o que se sabe sobre esse filsofo, que viveu por volta do sculo VI a.C., assinale a afirmativa correta.
(UFU - 2018 - 1aFASE) Segundo Karl Marx (1818-1883), no a conscincia dos homens que determina o seu ser; o seu ser social que, inversamente, determina a sua conscincia. Contribuio crtica da economia poltica. So Paulo: M. Fontes, 1977. p. 23. Essa citao sintetiza o pensamento filosfico, poltico, histrico e econmico desse pensador, que se convencionou chamar de
(UFU - 2018 - 2 FASE) Considere o trecho abaixo, extrado da Suma de Teologia de Toms de Aquino (1224-1274), texto em que ele apresenta uma das clebres cinco vias pelas quais se pode provar a existncia de Deus. A quinta via assumida a partir do governo das coisas. Vemos, com efeito, que aquilo que carece de inteligncia, ou seja, os corpos naturais, opera em vista de um fim, o que se percebe pelo fato de sempre ou frequentemente operarem do mesmo modo a fim de atingir o que o melhor. Da fica claro que no por acaso, e sim intencionalmente que atingem este fim. Mas o que no tem inteligncia no tende a um fim se no for dirigido por algo cognoscente e inteligente, assim como a flecha pelo arqueiro. Portanto, h algo inteligente pelo qual todas as coisas naturais so ordenadas a seu fim, e este dizemos que Deus. AQUINO, Toms de. Suma de Teologia, questo 2, artigo 3. A) Segundo Toms de Aquino, a prova sobre a existncia de Deus no uma demonstrao de fato (caso em que seria evidente), e sim uma prova a partir dos efeitos. Explique por que essa quinta via uma prova a partir dos efeitos. B) Descreva como Toms de Aquino se utiliza da filosofia de Aristteles na elaborao dessa prova.
(UFU - 2018 - 2 FASE) Por meio da genealogia da moral, um mtodo de investigao sobre a origem dos valores morais, Nietzsche (1844-1900) mostra que a cultura ocidental adotou um sistema de moralidade denominada por ele de moral de escravos. Sobre isso, explique A) como Nietzsche caracteriza essa moral de escravos. B) o que a vontade de potncia e como Nietzsche usa essa noo na superao da moral de escravos.
(UFU - 2018 - 1aFASE) Considere o seguinte trecho No dilogo Mnon, Plato faz Scrates sustentar que a virtude no pode ser ensinada, consistindo-se em algo que trazemos conosco desde o nascimento, defendendo uma concepo, segundo a qual temos em ns um conhecimento inato que se encontra obscurecido desde que a alma encarnou-se no corpo. O papel da filosofia fazer-nos recordar deste conhecimento MARCONDES, Danilo. Textos Bsicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. p. 31. Nesse trecho, o autor descreve o que ficou conhecido como
(UFU - 2018 - 2 FASE) De acordo com Kant, filsofo alemo que viveu entre 1724 e 1804, Nenhum conhecimento em ns precede a experincia e todo conhecimento comea com ela. Mas, embora todo o nosso conhecimento comece com a experincia, nem por isso todo ele se origina da experincia. Pois, poderia bem acontecer que, mesmo o nosso conhecimento de experincia seja um composto daquilo que recebemos por impresses e daquilo que nossa prpria faculdade de conhecimento fornece de si mesma. (...) Tais conhecimentos denominam-se a priori e distinguem-se dos empricos, que possuem suas fontes a posteriori, ou seja, na experincia. KANT, Immanuel. Crtica da Razo Pura. Introduo, So Paulo, Abril Cultural, 1980, coleo Os Pensadores (adaptado). J Hume, filsofo escocs que viveu entre 1713 e 1784, cuja obra despertara o maior interesse em Kant, por sua vez escrevera O hbito , pois, o grande guia da vida humana. aquele princpio nico que faz com que nossa experincia nos seja til e nos leve a esperar, no futuro, uma sequncia de acontecimentos semelhantes aos que se verificaram no passado. Sem a ao do hbito, ignoraramos completamente toda questo de fato alm do que est imediatamente presente memria ou aos sentidos HUME, David. Investigao sobre o entendimento humano, Seo IV, Parte II, 36. So Paulo, Abril Cultural, coleo Os Pensadores. Comparando-se os trechos dos escritos desses dois pensadores, explique A) o que o ceticismo de Hume. B) de que maneira cada um desses filsofos considera a experincia dos sentidos.
(UFU - 2018 - 1aFASE) O filsofo natural e o dialtico daro definies diferentes para cada uma dessas afeces. Por exemplo, no caso da pergunta O que a raiva?, o dialtico dir que se trata de um desejo de vingana, ou algo deste tipo; o filsofo natural dir que se trata de um aquecimento do sangue ou de fluidos quentes do corao. Um explica segundo a matria, o outro, segundo a forma e a definio. A definio o o que da coisa, mas, para existir, esta precisa da matria. Aristteles. Sobre a alma, I,1 403a 25-32. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2010. Considerando-se o trecho acima, extrado da obra Sobre a Alma, de Aristteles (384-322 a.C.), assinale a alternativa que nomeia corretamente a doutrina aristotlica em questo.
(UFU - 2018 - 1aFASE) Considere o seguinte texto do filsofo Herclito (sculo VI a.C.). Para as almas, morrer transformar-se em gua; para a gua, morrer transformar-se em terra. Da terra, contudo, forma-se a gua e da gua, a alma Herclito. Fragmentos, extrado de: MARCONDES, Danilo. Textos Bsicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Traduo do autor. Em relao ao excerto acima, podemos afirmar que ele ilustra
(UFU - 2018 - 1aFASE) Agostinho, em Confisses, diz: Mas aps a leitura daqueles livros dos platnicos e de ser levado por eles a buscar a verdade incorprea, percebi que as perfeies invisveis so visveis em suas obras (Carta de Paulo aos Romanos, 1, 20). Agostinho de Hipona. Confisses, livro VII, cap. 20, citado por: MARCONDES, Danilo. Textos Bsicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Traduo do autor. Nesse trecho, podemos perceber como Agostinho
(UFU - 2018 - 1aFASE) Com relao noo de estado de natureza, que o estado em que os seres humanos se achavam antes da formao da sociedade, podem-se identificar, na filosofia poltica moderna, trs tendncias: 1. Os seres humanos so naturalmente egostas e, no estado de natureza, se achavam numa guerra de todos contra todos da que, por medo uns dos outros, aceitam renunciar liberdade e constituir um Soberano, o estado, que garanta a paz. 2. No por medo uns dos outros, e sim para garantir o direito propriedade e segurana que os seres humanos consentem em criar uma autoridade que possa tornar isso possvel. 3. No estado de natureza, os seres humanos eram felizes e foi o advento da propriedade privada e da sociedade civil que tornou alguns escravos de outros. Podem-se atribuir essas trs concepes, respectivamente, a
(UFU - 2018 - 1aFASE) Considere o seguinte trecho, extrado da obra A nusea, do escritor e filsofo francs Jean Paul Sartre (1889-1980). O essencial a contingncia. O que quero dizer que, por definio, a existncia no a necessidade. Existir simplesmente estar presente; os entes aparecem, deixam que os encontremos, mas nunca podemos deduzi-los. Creio que h pessoas que compreenderam isso. S que tentaram superar essa contingncia inventando um ser necessrio e causa de si prprio. Ora, nenhum ser necessrio pode explicar a existncia: a contingncia no uma iluso, uma aparncia que se pode dissipar; o absoluto, por conseguinte, a gratuidade perfeita. SARTRE, Jean Paul. A Nusea. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986. Traduo de Rita Braga, citado por: MARCONDES, Danilo Marcondes. Textos Bsicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Nesse trecho, vemos uma exemplificao ou uma referncia ao existencialismo sartriano que se apresenta como
(UFU - 2018 - 1aFASE) Na obra Discurso do mtodo, o filsofo francs Ren Descartes descreve as quatro regras que, segundo ele, podem levar ao conhecimento de todas as coisas de que o esprito capaz de conhecer. Quanto a uma dessas regras, ele diz que se trata de dividir cada dificuldade que examinasse em tantas partes quantas possveis e necessrias para melhor resolv-las. Descartes. Discurso do mtodo,I-II, citado por: MARCONDES, Danilo. Textos Bsicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Traduo de Marcus Penchel. Essa regra, transcrita acima, denominada
(UFU - 2018 - 1aFASE) De acordo com o pensamento do filsofo Immanuel Kant (1724-1804), os juzos a priori so todos analticos e os juzos a posteriori so todos sintticos. Assinale a alternativa que define corretamente as noes de juzo analtico e juzo sinttico.