(UFU - 2021 - MEDICINA) A sociedade brasileira foi estruturada sob o pilar da escravização de africanos, e essa forma de organização da força de trabalho foi utilizada durante mais de três séculos de modo extremamente violento, desde a captura das pessoas no continente africano até o trabalho nas fazendas, nas minas e nas cidades no Brasil. Apesar disso, houve resistência por parte de africanos e de afrodescendentes a esse sistema perverso.
São consideradas formas de resistência das populações africanas e de afrodescendentes à escravidão durante o período do escravismo colonial, EXCETO,
a Guerra dos Palmares, um dos episódios de resistência escrava mais notáveis na história da escravidão do Novo Mundo. Dada a extensão territorial e a quantidade de escravos fugitivos acolhidos, Palmares tornou-se o maior quilombo na história da América portuguesa.
a resistência indireta do movimento que, dadas as condições particulares da atividade mineratória, permitiu que os escravos tivessem mais oportunidades para exercer sua autonomia e resistir ao controle senhorial.
a promoção do maior ciclo de revoltas escravas africanas da história do Brasil pelos grupos egressos da Costa da Mina (Nagô, Hauçá, Jeje, Tapa). A Bahia colonial viveu, por exemplo, um período de rebeliões contínuas dos escravos africanos, cujo ápice foi a Revolta dos Malês, ocorrida já no período regencial
a contribuição de André Rebouças, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco e Luís Gama, esse último, um exescravo que se tornou advogado de cativos.