(UNESP - 2022 - 1ª fase - DIA 1)
O terrorismo não tem outra ideologia que não seja a exaltação da morte, uma mentalidade legionária de múltiplas encarnações. Na Espanha, sofremos o do ETA [Pátria Basca e Liberdade] e o dos GAL [Grupos Antiterroristas de Libertação]; na Colômbia, o de guerrilheiros e paramilitares; no México, o dos cartéis criminosos e do narcoestado; no Chile, o dos sicários de Pinochet; no Oriente Médio, o de palestinos e israelenses. E tantos outros. Mas o que se instalou no âmbito global e transformou a vida política é o terrorismo de origem islâmico-fundamentalista e o contraterrorismo dos Estados, que fizeram do planeta um campo de batalha onde sobretudo morrem civis [...].
(Manuel Castells. Ruptura: a crise da democracia liberal, 2018.)
O excerto identifica o terrorismo contemporâneo como um fenômeno
mundial, praticado tanto por grupos externos ao controle estatal, quanto por regimes políticos institucionalizados
regional, presente nas distintas partes do planeta, mas sempre resultante de disputas restritas a interesses locais e particulares.
relacionado ao crime organizado, que se manifesta tanto por meio de estratégias clandestinas quanto através de corporações legalizadas.
associado a ideologias extremistas de direita ou de esquerda, que agem para obter o controle de aparatos políticos estatais.
étnico e religioso, por resultar de ações de grupos perseguidos, que recorrem à ação armada para reivindicar seus direitos.