Texto 1
É melhor ser alegre que ser triste Alegria é a melhor coisa que existe É assim como a luz no coração Mas pra fazer um samba com beleza É preciso um bocado de tristeza É preciso um bocado de tristeza Senão, não se faz um samba não.
(Vinicius de Moraes/Baden Powell. “Samba da bênção”.
In: Vinicius de Moraes. Livro de letras, 2015.)
Texto 2
Texto 3
Época: Como a felicidade se tornou uma tirania?
Pascal Bruckner: No século XVIII, felicidade já deixara de ser um direito para se tornar um dever. Mas essa inversão de valores só se consolidou no século XX, depois de 1968, quando se fez uma revolução em nome do prazer, da alegria, da voluptuosidade. A partir do momento em que o prazer se torna o principal valor de uma sociedade, quem não o atinge vira um indivíduo fora da lei.
Época: Sofrimento virou doença?
Pascal Bruckner: Sempre detestamos o sofrimento, é normal. A novidade é que agora as pessoas não têm mais o direito de sofrer. Então, sofre-se em dobro. Querer que as pessoas se calem sobre a dor física ou psicológica é apenas agravar o mal.
(Pascal Bruckner. “O mal da felicidade”. http://revistaepoca.globo.com, 16.02.2018.)
Texto 4
Naomi Osaka afirmou na capa da revista Time há alguns dias: “It’s ok to not be ok”. A tenista, que havia abandonado Roland Garros para cuidar de sua saúde mental, confirmou em um texto em primeira pessoa a pressão que sofreu nos últimos meses. Falou também da importância de trazer à tona o debate sobre a saúde mental em nosso tempo, e não só no esporte: “Espero que as pessoas entendam que está bem não estar bem, e está bem falar disso. Há pessoas que podem ajudar e, em geral, há luz no fim de qualquer túnel.”
(Noelia Ramírez. “‘Tudo bem não estar bem’, o lema da nova era que dá adeus ao pensamento positivo”. https://brasil.elpais.com, 15.07.2021. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
“Tudo bem não estar bem”?: A tristeza em tempos de felicidade compulsória