(Upf 2017) Sobre a chamada Geração de 45, que alguns críticos denominam de pós-modernista, apenas é incorreto afirmar que:
Apresenta um primeiro balanço de sua produção por meio da publicação, em 1951, da antologia Panorama da nova poesia brasileira, organizada por Fernando Ferreira de Loanda.
Encontra em João Cabral de Melo Neto o seu expoente maior, em que pese o fato de o poeta pernambucano situar-se no grupo mais por circunstância cronológica do que por afinidades programáticas.
Regride plenamente a concepções e procedimentos poéticos parnasiano-simbolistas, desconsiderando toda a poesia existencial europeia de entreguerras, de filiação surrealista, que poderia insuflar algum sopro de modernidade à produção do grupo.
Reúne, basicamente, poetas amadurecidos durante a II Guerra Mundial, como Hélio Pelegrino, Ledo Ivo, Geir Campos, Fernando Ferreira de Loanda e José Paulo Paes, entre vários outros.
Rejeita o verso livre e o coloquialismo dos modernistas de 22, operando um retorno ao verso metrificado e à dicção nobre em seus poemas.