Quando olhamos ao redor em qualquer lugar do planeta, nos deparamos com uma enorme diversidade de formas de vida: cores vibrantes, formas estranhas e comportamentos incríveis são apenas algumas das características que conseguimos observar dos seres que dividem o planeta conosco.
Essas diferenças nos ajudam a entender a mais antiga das histórias: a história da vida! Existe um ramo da Biologia que estabelece as relações de parentesco entre os seres vivos. O objetivo desse ramo é compreender a origem dessa enorme variedade de características que nos define.
Esse estudo, conhecido como Taxonomia, é responsável por nomear, organizar e classificar a diversidade a partir de determinados padrões. Principalmente graças aos avanços na área de Genética, os cientistas puderam partir disso e descobrir o grau de parentesco evolutivo entre os diversos grupos de seres vivos e organizá-los a partir de um ancestral comum.
Para que você entenda melhor todos esses mistérios da Classificação dos Seres Vivos, vamos falar dos pontos mais importantes:
Imagine que toda a diversidade fosse um arquivo gigantesco todo bagunçado! O ponto de partida para começar a organizá-lo foi a definição de uma unidade básica de classificação: a espécie.
Entenda como espécie um grupo de indivíduos semelhantes entre si que são capazes de se reproduzir e gerar descendentes férteis!
Como essa unidade precisava seguir um padrão universal, foi estabelecido por Lineu a nomenclatura binomial: todo nome científico deve ser escrito em latim, ou latinizado, caso seja derivado de outra língua.
Além disso, o nome deve sempre se iniciar com o gênero com letra maiúscula seguido da espécie com letra minúscula (Canis familiares por exemplo). Esses nomes devem ainda ser destacados no texto em itálico ou sublinhado.
A partir dos estudos taxonômicos foi possível organizar as formas de vida a partir de um ancestral comum e compreender os processos responsáveis por toda diversidade existente.
Isso só foi possível graças ao desenvolvimento de critérios estabelecidos pela Taxonomia e Sistemática. Esses critérios permitem a organização dos seres em categorias hierárquicas.
A hierarquia desses agrupamentos, conhecidos como táxons, leva em conta as semelhanças dos seres. Espécies muito parecidas se reúnem em grupos maiores chamados Gêneros, que por sua vez se agrupam em Famílias. Estas, então, formam Ordens, que juntas formam as Classes. Por fim, as Classes mais parecidas constituem os Filos que fazem parte dos Reinos.
Pensando então no nível de semelhança, indo de menos até mais, organiza-se os táxons em: Reino – Filo – Classe – Ordem – Família – Gênero – Espécie.
Os critérios utilizados para a diferenciação dos Reinos levam em conta características das células que compõem esses organismos. Primeiramente, se o organismo é pluri ou unicelular, se as células são procarióticas ou eucarióticas e por fim se são autótrofas ou heterótrofas.
Usando esses critérios, os cientistas chegaram aos 5 Reinos que você com certeza já ouviu falar: Monera, Protista, Plantae, Animalia e Fungi.
A Ciência evolui a cada dia, e, por isso, novas informações são descobertas, promovendo alguns debates nessa Classificação. Com o avanço dos estudos na área de Genética, viu-se uma necessidade de acrescentar mais um táxon acimo dos Reinos.
Essa nova categoria recebeu o nome de Domínio e hoje conta com 3 divisões: Archaea, Eubacteria e Eukarya. Mas não precisa se desesperar, a Classificação mais tradicional continua sendo a mais cobrada nos vestibulares!
Por não apresentarem células, os vírus não estão incluídos em nenhum dos 5 Reinos. Sua composição é feita de algumas moléculas de ácido nucleico, que pode ser tanto RNA como DNA. Ou seja, os vírus são sempre parasitas intracelulares, uma vez que utilizam o interior das células para se reproduzirem.