(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) Da leitura global do texto, s correto o que se afirma em:
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) Assinale a alternativa em que o termo em destaque foi utilizado com a funo de apresentar um juzo de valor.
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) Pela leitura do texto, pode-se inferir que o livro Violncia na Histria apresenta textos que
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) Assinale a alternativa em que a palavra ou expresso sugerida entre parnteses, ao substituir o que est destacado, provoca significativa mudana de sentido no Texto I.
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) Assinale a alternativa cuja palavra em destaque possui sentido denotativo
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) O uso do conectivo em destaque est corretamente justificado em:
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) A conjuno ouliga duas palavras ou oraes estabelecendo diferentes relaes semnticas, como excluso, alternncia ou, at mesmo, incluso. Assinale a alternativa em que a relao de sentido estabelecida DIFERENTE das demais.
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) No texto, percebe-se a citao de vrios nomes e lugares. Assinale a alternativa que analisa adequadamente a funo dessas citaes.
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) As estruturas sublinhadas so recursos lingusticos usados com variadas funes semnticas. Assinale a alternativa em que essa funo NO foi analisada adequadamente.
(AFA - 2019) TEXTO II Gabriel, o Pensador Que tiro foi esse? No, no vou cair no cho, pelo menos agora Eu tambm sou brincalho, mas brincadeira tem hora L fora, no meu Rio, cada vez mais gente chora E cada vez mais gente boa tem vontade de ir embora O Rio que a gente adora comemora o carnaval E a violncia apavora, ou voc acha normal? A boca que explode, o silncio do medo O suspiro da morte banal O lamento de um povo que implora Por uma vitria do bem sobre o mal Ateno: confuso, invaso Tiroteio fechando a avenida outra vez Muita bala voando e acertando At mesmo as crianas; s vezes, bebs Criana, meu irmo, no estatstica, gente (...) E os valores so invertidos Se o desonesto malandro O menor tambm quer ser bandido Alguns, n, a minoria. (...) A me desmaiou no enterro Voc no desmaiaria? Que fora voc teria pra enterrar o seu garoto? Que foras ainda temos Pra nos amar uns aos outros? E nos armar de indignao por justia e educao (...) Pra que essas crianas no tenham morrido em vo Sofia, Maria Eduarda, Caque, Fernanda Arthur, Paulo Henrique, Renan Eduardo, Vanessa, Vitor Esses foram ano passado Quem ser que vai ser amanh? (https://genius.com/13846436. Acesso em 24 de fevereiro 2018) Analise as afirmativas abaixo sobre a cano-protesto de Gabriel, o Pensador. I. possvel depreender da leitura do texto a existncia de dois Rios de Janeiro, que se contrapem. II. A valorizao da malandragem apontada como um dos fatores responsveis pela disseminao da violncia em nossa sociedade. III. Verbos no futuro do pretrito do indicativo so utilizados, para apresentar suposies que dependem de outro fato que talvez nem acontea com o objetivo de criar empatia no leitor com a dor das famlias das vtimas. IV. A fora expressiva dos versos A boca que explode, o silncio do medo / O suspiro da morte banal consiste na utilizao concomitante da metfora, da metonmia e da personificao numa mesma imagem de violncia e dor. Esto corretas as proposies
(AFA - 2019) TEXTO II Gabriel, o Pensador Que tiro foi esse? No, no vou cair no cho, pelo menos agora Eu tambm sou brincalho, mas brincadeira tem hora L fora, no meu Rio, cada vez mais gente chora E cada vez mais gente boa tem vontade de ir embora O Rio que a gente adora comemora o carnaval E a violncia apavora, ou voc acha normal? A boca que explode, o silncio do medo O suspiro da morte banal O lamento de um povo que implora Por uma vitria do bem sobre o mal Ateno: confuso, invaso Tiroteio fechando a avenida outra vez Muita bala voando e acertando At mesmo as crianas; s vezes, bebs Criana, meu irmo, no estatstica, gente (...) E os valores so invertidos Se o desonesto malandro O menor tambm quer ser bandido Alguns, n, a minoria. (...) A me desmaiou no enterro Voc no desmaiaria? Que fora voc teria pra enterrar o seu garoto? Que foras ainda temos Pra nos amar uns aos outros? E nos armar de indignao por justia e educao (...) Pra que essas crianas no tenham morrido em vo Sofia, Maria Eduarda, Caque, Fernanda Arthur, Paulo Henrique, Renan Eduardo, Vanessa, Vitor Esses foram ano passado Quem ser que vai ser amanh? (https://genius.com/13846436. Acesso em 24 de fevereiro 2018) De acordo com a leitura do texto, as alternativas complementam corretamente o termo abaixo, EXCETO O eu lrico
(AFA - 2019) TEXTO II Gabriel, o Pensador Que tiro foi esse? No, no vou cair no cho, pelo menos agora Eu tambm sou brincalho, mas brincadeira tem hora L fora, no meu Rio, cada vez mais gente chora E cada vez mais gente boa tem vontade de ir embora O Rio que a gente adora comemora o carnaval E a violncia apavora, ou voc acha normal? A boca que explode, o silncio do medo O suspiro da morte banal O lamento de um povo que implora Por uma vitria do bem sobre o mal Ateno: confuso, invaso Tiroteio fechando a avenida outra vez Muita bala voando e acertando At mesmo as crianas; s vezes, bebs Criana, meu irmo, no estatstica, gente (...) E os valores so invertidos Se o desonesto malandro O menor tambm quer ser bandido Alguns, n, a minoria. (...) A me desmaiou no enterro Voc no desmaiaria? Que fora voc teria pra enterrar o seu garoto? Que foras ainda temos Pra nos amar uns aos outros? E nos armar de indignao por justia e educao (...) Pra que essas crianas no tenham morrido em vo Sofia, Maria Eduarda, Caque, Fernanda Arthur, Paulo Henrique, Renan Eduardo, Vanessa, Vitor Esses foram ano passado Quem ser que vai ser amanh? (https://genius.com/13846436. Acesso em 24 de fevereiro 2018) Observa-se, na cano de Gabriel, o Pensador, o uso de linguagem oral, a utilizao de rimas e interpelao ao leitor. Todos esses trs elementos NO esto presentes somente em
(AFA - 2019) TEXTO II Gabriel, o Pensador Que tiro foi esse? No, no vou cair no cho, pelo menos agora Eu tambm sou brincalho, mas brincadeira tem hora L fora, no meu Rio, cada vez mais gente chora E cada vez mais gente boa tem vontade de ir embora O Rio que a gente adora comemora o carnaval E a violncia apavora, ou voc acha normal? A boca que explode, o silncio do medo O suspiro da morte banal O lamento de um povo que implora Por uma vitria do bem sobre o mal Ateno: confuso, invaso Tiroteio fechando a avenida outra vez Muita bala voando e acertando At mesmo as crianas; s vezes, bebs Criana, meu irmo, no estatstica, gente (...) E os valores so invertidos Se o desonesto malandro O menor tambm quer ser bandido Alguns, n, a minoria. (...) A me desmaiou no enterro Voc no desmaiaria? Que fora voc teria pra enterrar o seu garoto? Que foras ainda temos Pra nos amar uns aos outros? E nos armar de indignao por justia e educao (...) Pra que essas crianas no tenham morrido em vo Sofia, Maria Eduarda, Caque, Fernanda Arthur, Paulo Henrique, Renan Eduardo, Vanessa, Vitor Esses foram ano passado Quem ser que vai ser amanh? (https://genius.com/13846436. Acesso em 24 de fevereiro 2018) Assinale a alternativa que caracteriza corretamente a figura de linguagem em destaque.
(AFA - 2019) TEXTO III Para que ningum a quisesse Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a ateno, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armrios tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as jias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos. Agora podia viver descansado. Ningum a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, no mais atravessava praas. E evitava sair. To esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que flusse em silncio pelos cmodos, mimetizada com os mveis e as sombras. Uma fina saudade, porm, comeou a alinhavar-se em seus dias. No saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela. Ento lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos. Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cmoda. (COLASANTI, Marina. Um espinho de Marfim outras histrias. Porto Alegre: LPM, 1999, p. 88 - 89.) Tendo como base as atitudes tomadas pelo homem no texto, podemos atribuir-lhe caractersticas como as citadas abaixo, EXCETO
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livroViolncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latimvis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) TEXTO II Gabriel, o Pensador Que tiro foi esse? No, no vou cair no cho, pelo menos agora Eu tambm sou brincalho, mas brincadeira tem hora L fora, no meu Rio, cada vez mais gente chora E cada vez mais gente boa tem vontade de ir embora O Rio que a gente adora comemora o carnaval E a violncia apavora, ou voc acha normal? A boca que explode, o silncio do medo O suspiro da morte banal O lamento de um povo que implora Por uma vitria do bem sobre o mal Ateno: confuso, invaso Tiroteio fechando a avenida outra vez Muita bala voando e acertando At mesmo as crianas; s vezes, bebs Criana, meu irmo, no estatstica, gente (...) E os valores so invertidos Se o desonesto malandro O menor tambm quer ser bandido Alguns, n, a minoria. (...) A me desmaiou no enterro Voc no desmaiaria? Que fora voc teria pra enterrar o seu garoto? Que foras ainda temos Pra nos amar uns aos outros? E nos armar de indignao por justia e educao (...) Pra que essas crianas no tenham morrido em vo Sofia, Maria Eduarda, Caque, Fernanda Arthur, Paulo Henrique, Renan Eduardo, Vanessa, Vitor Esses foram ano passado Quem ser que vai ser amanh? (https://genius.com/13846436. Acesso em 24 de fevereiro 2018) TEXTO III Para que ningum a quisesse Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a ateno, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armrios tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as jias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos. Agora podia viver descansado. Ningum a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, no mais atravessava praas. E evitava sair. To esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que flusse em silncio pelos cmodos, mimetizada com os mveis e as sombras. Uma fina saudade, porm, comeou a alinhavar-se em seus dias. No saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela. Ento lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos. Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cmoda. (COLASANTI, Marina. Um espinho de Marfim outras histrias. Porto Alegre: LPM, 1999, p. 88 - 89.) Os textos I, II e III possuem como temtica a questo da violncia. Sobre isso correto afirmar que