(AFA - 2019)
TEXTO II
Gabriel, o Pensador
Que tiro foi esse?
Não, não vou cair no chão, pelo menos agora
Eu também sou brincalhão, mas brincadeira tem hora
Lá fora, no meu Rio, cada vez mais gente chora
E cada vez mais gente boa tem vontade de ir embora
O Rio que a gente adora comemora o carnaval
E a violência apavora, ou você acha normal?
A boca que explode, o silêncio do medo
O suspiro da morte banal
O lamento de um povo que implora
Por uma vitória do bem sobre o mal
Atenção: confusão, invasão
Tiroteio fechando a avenida outra vez
Muita bala voando e acertando
Até mesmo as crianças; às vezes, bebês
Criança, meu irmão, não é estatística, é gente
(...)
E os valores são invertidos
Se o desonesto é malandro
O menor também quer ser bandido
Alguns, né, a minoria.
(...)
A mãe desmaiou no enterro
Você não desmaiaria?
Que força você teria pra enterrar o seu garoto?
Que forças ainda temos
Pra nos amar uns aos outros?
E nos armar de indignação por justiça e educação
(...)
Pra que essas crianças não tenham morrido em vão
Sofia, Maria Eduarda, Caíque, Fernanda
Arthur, Paulo Henrique, Renan
Eduardo, Vanessa, Vitor
Esses foram ano passado
Quem será que vai ser amanhã?
(https://genius.com/13846436. Acesso em 24 de fevereiro 2018)
De acordo com a leitura do texto, as alternativas complementam corretamente o termo abaixo, EXCETO
O eu lírico
afirma que já não temos mais forças para lutar pelo fim da violência.
vê a possibilidade de ele mesmo vir a ser uma vítima de disparo de arma de fogo.
sabe que ainda mais mortes ocorrerão até que sejamos capazes de controlar a violência urbana.
aponta a educação e a justiça como possíveis soluções para o conflito abordado na canção.