(ENEM -2009) Texto I [...] j foi o tempo em que via a convivncia como vivel, s exigindo deste bem comum, piedosamente, o meu quinho, j foi o tempo em que consentia num contrato, deixando muitas coisas de fora sem ceder contudo no que me era vital, j foi o tempo em que reconhecia a existncia escandalosa de imaginados valores, coluna vertebral de toda ordem; mas no tive sequer o sopro necessrio, e, negado o respiro, me foi imposto o sufoco; esta conscincia que me libera, ela hoje que me empurra, so outras agora minhas preocupaes, hoje outro o meu universo de problemas; num mundo estapafrdio definitivamente fora de foco cedo ou tarde tudo acaba se reduzindo a um ponto de vista, e voc que vive paparicando as cincias humanas, nem suspeita que paparica uma piada: impossvel ordenar o mundo dos valores, ningum arruma a casa do capeta; me recuso pois a pensar naquilo em que no mais acredito, seja o amor, a amizade, a famlia, a igreja, a humanidade; me lixo com tudo isso! me apavora ainda a existncia, mas no tenho medo de ficar sozinho, foi conscientemente que escolhi o exlio, me bastando hoje o cinismo dos grandes indiferentes [...]. NASSAR, R. Um copo de clera. So Paulo: Companhia das Letras, 1992. Texto II Raduan Nassar lanou a novela Um Copo de Clera em 1978, fervilhante narrativa de um confronto verbal entre amantes, em que a fria das palavras cortantes se estilhaava no ar. O embate conjugal ecoava o autoritrio discurso do poder e da submisso de um Brasil que vivia sob o jugo da ditadura militar. COMODO, R. Um silncio inquietante. Isto. Disponvel em: http://www.terra.com.br. Acesso em: 15 jul. 2009. Considerando-se os textos apresentados e o contexto poltico e social no qual foi produzida a obra Um Copo de Clera, verifica-se que o narrador, ao dirigir-se sua parceira, nessa novela, tece um discurso
(ENEM - 2009) Texto I [...] j foi o tempo em que via a convivncia como vivel, s exigindo deste bem comum, piedosamente, o meu quinho, j foi o tempo em que consentia num contrato, deixando muitas coisas de fora sem ceder contudo no que me era vital, j foi o tempo em que reconhecia a existncia escandalosa de imaginados valores, coluna vertebral de toda ordem; mas no tive sequer o sopro necessrio, e, negado o respiro, me foi imposto o sufoco; esta conscincia que me libera, ela hoje que me empurra, so outras agora minhas preocupaes, hoje outro o meu universo de problemas; num mundo estapafrdio definitivamente fora de foco cedo ou tarde tudo acaba se reduzindo a um ponto de vista, e voc que vive paparicando as cincias humanas, nem suspeita que paparica uma piada: impossvel ordenar o mundo dos valores, ningum arruma a casa do capeta; me recuso pois a pensar naquilo em que no mais acredito, seja o amor, a amizade, a famlia, a igreja, a humanidade; me lixo com tudo isso! me apavora ainda a existncia, mas no tenho medo de ficar sozinho, foi conscientemente que escolhi o exlio, me bastando hoje o cinismo dos grandes indiferentes [...]. NASSAR, R. Um copo de clera. So Paulo: Companhia das Letras, 1992. Texto II Raduan Nassar lanou a novela Um Copo de Clera em 1978, fervilhante narrativa de um confronto verbal entre amantes, em que a fria das palavras cortantes se estilhaava no ar. O embate conjugal ecoava o autoritrio discurso do poder e da submisso de um Brasil que vivia sob o jugo da ditadura militar. COMODO, R. Um silncio inquietante. Isto. Disponvel em: http://www.terra.com.br. Acesso em: 15 jul. 2009. Na novela Um Copo de Clera, o autor lana mo de recursos estilsticos e expressivos tpicos da literatura produzida na dcada de 70 do sculo passado no Brasil, que, nas palavras do crtico Antonio Candido, aliam vanguarda esttica e amargura poltica. Com relao temtica abordada e concepo narrativa da novela, o texto I
(ENEM - 2009) Nunca se falou e se preocupou tanto com o corpo como nos dias atuais. comum ouvirmos anncios de uma nova academia de ginstica, de uma nova forma de dieta, de uma nova tcnica de autoconhecimento e outras prticas de sade alternativa, em sntese, vivemos nos ltimos anos a redescoberta do prazer, voltando nossas atenes ao nosso prprio corpo. Essa valorizao do prazer individualizante se estrutura em um verdadeiro culto ao corpo, em analogia a uma religio, assistimos hoje ao surgimento de novo universo: a corpolatria. CODO, W.; SENNE, W. O que corpo(latria). Coleo Primeiros Passos. Brasiliense, 1985 (adaptado). Sobre esse fenmeno do homem contemporneo presente nas classes sociais brasileiras, principalmente, na classe mdia, a corpolatria
(ENEM - 2009) Compare os textos I e II a seguir, que tratam de aspectos ligados a variedades da lngua portuguesa no mundo e no Brasil. Texto I Acompanhando os navegadores, colonizadores e comerciantes portugueses em todas as suas incrveis viagens, a partir do sculo XV, o portugus se transformou na lngua de um imprio. Nesse processo, entrou em contato forado, o mais das vezes; amigvel, em alguns casos com as mais diversas lnguas, passando por processos de variao e de mudana lingustica. Assim, contar a histria do portugus do Brasil mergulhar na sua histria colonial e de pas independente, j que as lnguas no so mecanismos desgarrados dos povos que as utilizam. Nesse cenrio, so muitos os aspectos da estrutura lingustica que no s expressam a diferena entre Portugal e Brasil como tambm definem, no Brasil, diferenas regionais e sociais. PAGOTTO, E. P. Lnguas do Brasil. Disponvel em: http://cienciaecultura.bvs.br. Acesso em: 5 jul. 2009 (adaptado). Texto II Barbarismo vcio que se comete na escritura de cada uma das partes da construo ou na pronunciao. E em nenhuma parte da Terra se comete mais essa figura da pronunciao que nestes reinos, por causa das muitas naes que trouxemos ao jugo do nosso servio. Porque bem como os Gregos e Romanos haviam por brbaras todas as outras naes estranhas a eles, por no poderem formar sua linguagem, assim ns podemos dizer que as naes de frica, Guin, sia, Brasil barbarizam quando querem imitar a nossa. BARROS, J. Gramtica da lngua portuguesa. Porto: Porto Editora, 1957 (adaptado). Os textos abordam o contato da lngua portuguesa com outras lnguas e processos de variao e de mudana decorridos desse contato. Da comparao entre os textos, conclui-se que a posio de Joo de Barros (Texto II), em relao aos usos sociais da linguagem, revela
(ENEM 2009) Dados da Associao Nacional de Empresas de Transportes Urbanos (ANTU) mostram que o nmero de passageiros transportados mensalmente nas principais regies metropolitanas do pas vem caindo sistematicamente. Eram 476,7 milhes de passageiros em 1995, e esse nmero caiu para 321,9 milhes em abril de 2001. Nesse perodo, o tamanho da frota de veculos mudou pouco, tendo no final de 2008 praticamente o mesmo tamanho que tinha em 2001. O grfico a seguir mostra um ndice de produtividade utilizado pelas empresas do setor, que a razo entre o total de passageiros transportados por dia e o tamanho da frota de veculos. Supondo que as frotas totais de veculos naquelas regies metropolitanas em abril de 2001 e em outubro de 2008 eram do mesmo tamanho, os dados do grfico permitem inferir que o total de passageiros transportados no ms de outubro de 2008 foi aproximadamente igual a
(ENEM 2009) O mapa ao lado representa um bairro de determinada cidade, no qual as flechas indicam o sentido das mos do trfego. Sabe-se que esse bairro foi planejado e que cada quadra representada na figura um terreno quadrado, de lado igual a 200 metros. Desconsiderando-se a largura das ruas, qual seria o tempo, em minutos, que um nibus, em velocidade constante e igual a 40 km/h, partindo do ponto X, demoraria para chegar at o ponto Y?
(ENEM 2009) A população mundial está ficando mais velha, os índices de natalidade diminuíram e a expectativa de vida aumentou. No gráfico seguinte, são apresentados dados obtidos por pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a respeito da quantidade de pessoas com 60 anos ou mais em todo o mundo. Os números da coluna da direita representam as faixas percentuais. Por exemplo, em 1950 havia 95 milhões de pessoas com 60 anos ou mais nos países desenvolvidos, número entre 10% e 15% da população total nos países desenvolvidos. Em 2050, a probabilidade de se escolher, aleatoriamente, uma pessoa com 60 anos ou mais de idade, na população dos países desenvolvidos, será um número mais próximo de
(ENEM 2009) O governo cedeu terrenos para que famlias construssem suas residncias com a condio de que nomnimo 94% da rea do terreno fosse mantida como rea de preservao ambiental. Ao receber o terreno retangularABCD, em que AB=BC/2, Antnio demarcou uma reaquadrada no vrtice A, para a construo de suaresidncia, de acordo com o desenho, no qual AE =AB/5lado do quadrado. Nesse caso, a rea definida por Antnio atingiria exatamente o limite determinado pela condio se ele
(ENEM 2009) Uma resoluo do Conselho Nacional de Poltica Energtica (CNPE) estabeleceu a obrigatoriedade de adio de biodiesel ao leo diesel comercializado nos postos. A exigncia que, a partir de 1. de julho de 2009, 4% do volume da mistura final seja formada por biodiesel. At junho de 2009, esse percentual era de 3%. Essa medida estimula a demanda de biodiesel, bem como possibilita a reduo da importao de dsel de petrleo. Disponvel em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 12 jul. 2009 (adaptado). Estimativas indicam que, com a adio de 4% de biodiesel ao dsel, sero consumidos 925 milhes de litros de biodiesel no segundo semestre de 2009. Considerando-se essa estimativa, para o mesmo volume da mistura final dsel/biodiesel consumida no segundo semestre de 2009, qual seria o consumo de biodiesel com a adio de 3%?
(ENEM 2009) A suspeita de que haveria uma relação causal entre tabagismo e câncer de pulmão foi levantada pela primeira vez a partir de observações clínicas. Para testar essa possível associação, foram conduzidos inúmeros estudos epidemiológicos. Dentre esses, houve o estudo do número de casos de câncer em relação ao número de cigarros consumidos por dia, cujos resultados são mostrados no gráfico a seguir. De acordo com as informações do gráfico,
(ENEM 2009) A msica e a matemtica se encontram na representao dos tempos das notas musicais, conforme a figura seguinte. Um compasso uma unidade musical composta por determinada quantidade de notas musicais em que a soma das duraes coincide com a frao indicada como frmula do compasso. Por exemplo, se a frmula de compasso for1/2, poderia ter um compasso ou com duas semnimas ou uma mnima ou quatro colcheias, sendo possvel a combinao de diferentes figuras. Um trecho musical de oito compassos, cuja frmula 3/4, poderia ser preenchido com
(ENEM 2009) Uma pousada oferece pacotes promocionais para atrair casais a se hospedarem por at oito dias. A hospedagem seria em apartamento de luxo e, nos trs primeiros dias, a diria custaria R$ 150,00, preo da diria fora da promoo. Nos trs dias seguintes, seria aplicada uma reduo no valor da diria, cuja taxa mdia de variao, a cada dia, seria de R$ 20,00. Nos dois dias restantes, seria mantido o preo do sexto dia. Nessas condies, um modelo para a promoo idealizada apresentado no grfico a seguir, no qual o valor da diria funo do tempo medido em nmero de dias. De acordo com os dados e com o modelo, comparando o preo que um casal pagaria pela hospedagem por sete dias fora da promoo, um casal que adquirir o pacote promocional por oito dias far uma economia de
(ENEM 2009) As figuras a seguir exibem um trecho de um quebra- cabeas que est sendo montado. Observe que as peas so quadradas e h 8 peas no tabuleiro da figura A e 8 peas no tabuleiro da figura B. As peas so retiradas do tabuleiro da figura B e colocadas no tabuleiro da figura A na posio correta, isto , de modo a completar os desenhos. Figura A (Foto: Reproduo/ENEM) Figura B (Foto: Reproduo/ENEM) É possível preencher corretamente o espaço indicado pela seta no tabuleiro da figura A colocando a peça
(ENEM 2009) A tabela mostra alguns dados da emisso de dixido de carbono de uma fbrica, em funo do nmero de toneladas produzidas. Os dados na tabela indicam que a taxa mdia de variao entre a emisso de dixido de carbono (em ppm) e a produo (em toneladas)
(ENEM 2009) Em Florença, Itália, na Igreja de Santa Croce, é possível encontrar um portão em que aparecem os anéis de Borromeo. Alguns historiadores acreditavam que os círculos representavam as três artes: escultura, pintura e arquitetura, pois elas eram tão próximas quanto inseparáveis. Anis na Igreja de Santa Croce (Foto: Reproduo/ENEM) Qual dos esboços a seguir melhor representa os anéis de Borromeo?