(ENEM - 2011)
A discussão sobre “o fim do livro de papel” com a chegada da mídia eletrônica me lembra a discussão idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os folhetos talvez não existam mais daqui a 100 ou 200 anos, mas, mesmo que isso aconteça, os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuarão sendo publicados e lidas — em CD-ROM, em livro eletrônico, em chips quânticos”, sei lá o quê. O texto é uma espécie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: página impressa, livro em Braille, folheto, “coffee-table book’, cópia manuscrita, arquivo PDF... Qualquer texto pode se reencarnar nesses (e em outros) formatos, não importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é Macbeth ou O livro de piadas de Casseta & Planeta.
TAVARES, B. Disponível em: http://jornaldaparaiba.globo.com
Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via eletrônica, o cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que
o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será extinto com o avanço da tecnologia.
o livro impresso permanecerá como objeto cultural veiculador de impressões e de valores culturais.
o surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e suportes impressos.
os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em novas tecnologias, mesmo que os livros desapareçam.
os livros impressos desaparecerão e, com eles, a possibilidade de se ler obras literárias dos mais diversos gêneros.