(ENEM - 2013)
Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente.
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste em
expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda existentes.
oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.
ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do saber que almejam o progresso.
explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos.
explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates acadêmicos.