(ENEM - 2013) GRUPO ESCOLAR DE PALMEIRAS. Redaesde Maria Anna de Biase e J. B. Pereira sobre a Bandeira Nacional. Palmeiras (SP), 18 nov. 1911. Acervo APESP. Coleo DAESP. C10279. Disponvel em: www.arquivoestado.sp.gov.br.Acesso em: 15 maio 2013. O documento foi retirado de uma exposio on-line de manuscritos do estado de So Paulo do incio do sculo XX. Quanto relevncia social para o leitor da atualidade, o texto:
(ENEM - 2013) TEXTO I Andaram na praia, quando samos, oito ou dez deles; e da a pouco comearam a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuas ou por qualquer coisa que lhes davam. [...] Andavam todos to bem-dispostos, to bem feitos e galantes com suas tinturas que muito agradavam. CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: LPM, 1996 (fragmento). TEXTO II PORTINARI, C. O descobrimento do Brasil. 1956. leo sobre tela, 199 x 169 cm Disponvel em: www.portinari.org.br. Acesso em: 12 jun. 2013 Pertencentes ao patrimnio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que:
(ENEM - 2013) Quer DELEGADO Ento desce ele. V o que arrancam desse sacana. SARAR S que tem um porm. Ele menor. DELEGADO Ento vai com jeito. Depois a gente entrega pro juiz. (Luz apaga no delegado e acende no reprter, que se dirige ao pblico.) REPRTER E o Quer foi espremido, empilhado, esmagado de corpo e alma num cubculo imundo, com outros meninos. Meninos todos espremidos, empilhados, esmagados de corpo e alma, alucinados pelos seus desesperos, cegados por muitas aflies. Muitos meninos, com seus desesperos e seus dios, empilhados, espremidos, esmagados de corpo e alma no imundo cubculo do reformatrio. E foi l que o Quer cresceu. MARCOS, P. Melhor teatro. So Paulo: Global, 2003 (fragmento). No discurso do reprter, a repetio causa um efeito de sentido de intensificao, construindo a ideia de
(ENEM - 2013) Mal secreto Se a clera que espuma, a dor que mora Nalma, e destri cada iluso que nasce, Tudo o que punge, tudo o que devora O corao, no rosto se estampasse; Se se pudesse, o esprito que chora, Ver atravs da mscara da face, Quanta gente, talvez, que inveja agora Nos causa, ento piedade nos causasse! Quanta gente que ri, talvez, consigo Guarda um atroz, recndito inimigo, Como invisvel chaga cancerosa! Quanta gente que ri, talvez existe, Cuja ventura nica consiste Em parecer aos outros venturosa! CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Braslia: Alhambra, 1995 Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formale racionalidade na conduo temtica, o soneto deRaimundo Correia reflete sobre a forma como as emoesdo indivduo so julgadas em sociedade. Na concepodo eu lrico, esse julgamento revela que
(ENEM -2013) Folha de S. Paulo, 5 ago. 2011 (adaptado). Um leitor interessado nas decises governamentaisescreve uma carta para o jornal que publicou o edital,concordando com a resoluo sintetizada no Editalda Secretaria de Cultura. Uma frase adequada paraexpressar sua concordncia :
(ENEM - 2013) Adolescentes: mais altos, gordos e preguioso A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo tm sua parcela de responsabilidade no aumento da silhueta dos jovens. Os nossos hbitos alimentares, de modo geral, mudaram muito, observa Vivian Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no sal e no acar, alm de tomar pouco leite e comer menos frutas e feijo. Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de gordura por causa da gula, surge como marca da nova gerao: a preguia. Cem por cento das meninas que participam do Programa no praticavam nenhum esporte, revela a psicloga Cristina Freire, que monitora o desenvolvimento emocional das voluntrias. Voc provavelmente j sabe quais so as consequncias de uma rotina sedentria e cheia de gordura. E no novidade que os obesos tm uma sobrevida menor, acredita Claudia Cozer, endocrinologista da Associao Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Sndrome Metablica. Mas, se h cinco anos os estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens, no cenrio atual as doenas que viriam na velhice j so parte da rotina deles. Os adolescentes j esto sofrendo com hipertenso e diabete, exemplifica Claudia. DESGUALDO, P. Revista Sade. Disponvel em: http://saude.abril.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado). Sobre a relao entre os hbitos da populao adolescente e as suas condies de sade, as informaes apresentadas no texto indicam que
(ENEM- 2013) O artista grfico polons Pawla Kuczynskiego nasceu em 1976 e recebeu diversos prmios por suas ilustraes. Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego usa sua arte para
(ENEM - 2013) O jogo uma atividade ou ocupao voluntria,exercida dentro de certos e determinados limites de tempoe de espao, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatrias, dotado de um fim em si mesmo,acompanhado de um sentimento de tenso e de alegria ede uma conscincia de ser diferente da vida quotidiana Segundo o texto, o jogo comporta a possibilidade defruio. Do ponto de vista das prticas corporais, essafruio se estabelece por meio do(a)
(ENEM - 2013) Novas tecnologias Atualmente, prevalece na mdia um discurso de exaltao das novas tecnologias, principalmente aquelas ligadas s atividades de telecomunicaes. Expresses frequentes como o futuro j chegou, maravilhas tecnolgicas e conexo total com o mundo fetichizam novos produtos, transformando-os em objetos do desejo, de consumo obrigatrio. Por esse motivo carregamos hoje nos bolsos, bolsas e mochilas o futuro to festejado. Todavia, no podemos reduzir-nos a meras vtimas de um aparelho miditico perverso, ou de um aparelho capitalista controlador. H perverso, certamente, e controle, sem sombra de dvida. Entretanto, desenvolvemos uma relao simbitica de dependncia mtua com os veculos de comunicao, que se estreita a cada imagem compartilhada e a cada dossi pessoal transformado em objeto pblico de entretenimento. No mais como aqueles acorrentados na caverna de Plato, somos livres para nos aprisionar, por espontnea vontade, a esta relao sadomasoquista com as estruturas miditicas, na qual tanto controlamos quanto somos controlados. SAMPAIO, A. S. A microfsica do espetculo. Disponvel em: http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 1 mar. 2013 (adaptado). Ao escrever um artigo de opinio, o produtor precisa criar uma base de orientao lingustica que permita alcanar os leitores e convenc-los com relao ao ponto de vista defendido. Diante disso, nesse texto, a escolha das formas verbais em destaque objetiva
(ENEM - 2013) Ol! Negro Os netos de teus mulatos e de teus cafuzos e a quarta e a quinta geraes de teu sangue sofredor tentaro apagar a tua cor! E as geraes dessas geraes quando apagarem a tua tatuagem execranda, no apagaro de suas almas, a tua alma, negro! Pai-Joo, Me-negra, Ful, Zumbi, negro-fujo, negro cativo, negro rebelde negro cabinda, negro congo, negro ioruba, negro que foste para o algodo de USA para os canaviais do Brasil, para o tronco, para o colar de ferro, para a canga de todos os senhores do mundo; eu melhor compreendo agora os teus blues nesta hora triste da raa branca, negro! Ol, Negro! Ol, Negro! A raa que te enforca, enforca-se de tdio, negro! LIMA, J. Obras completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958 (fragmento). O conflito de geraes e de grupos tnicos reproduz, na viso do eu lrico, um contexto social assinalado por
(ENEM - 2013) At quando? No adianta olhar pro cu Com muita f e pouca luta Levanta a que voc tem muito protesto pra fazer E muita greve, voc pode, voc deve, pode crer No adianta olhar pro cho Virar a cara pra no ver Se liga a que te botaram numa cruz e s porque Jesus Sofreu no quer dizer que voc tenha que sofrer GABRIEL, O PENSADOR. Seja voc mesmo (mas no seja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento). As escolhas lingusticas feitas pelo autor conferem ao texto
(ENEM - 2013) CAULOS. Disponvel em: www.caulos.com. Acesso em: 24 set. 2011 O cartum faz uma crtica social. A figura destacada est em oposio s outras e representa a
(ENEM - 2013) Prpria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como dana aristocrtica, oriunda dos sales franceses, depois difundida por toda a Europa. No Brasil, foi introduzida como dana de salo e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto popular. Para sua ocorrncia, importante a presena de um mestre marcante ou marcador, pois quem determina as figuraes diversas que os danadores desenvolvem. Observa-se a constncia das seguintes marcaes: Tour, En avant, Chez des dames, Chez des chevali, Cestinha de flor, Balanc, Caminho da roa, Olha a chuva, Garranch, Passeio, Coroa de flores, Coroa de espinhos etc. No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta transformaes: surgem novas figuraes, o francs aportuguesado inexiste, o uso de gravaes substitui a msica ao vivo, alm do aspecto de competio, que sustenta os festivais de quadrilha, promovidos por rgos de turismo. CASCUDO, L. C. Dicionrio do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1976. As diversas formas de dana so demonstraes da diversidade cultural do nosso pas. Entre elas, a quadrilha considerada uma dana folclrica por
(ENEM - 2013) Jogar limpo Argumentar no ganhar uma discusso a qualquer preo. Convencer algum de algo , antes de tudo, uma alternativa prtica de ganhar uma questo no grito ou na violncia fsica ou no fsica. No fsica, dois-pontos. Um poltico que mente descaradamente pode cativar eleitores. Uma publicidade que joga baixo pode constranger multides a consumir um produto danoso ao ambiente. H manipulaes psicolgicas no s na religio. E comum pessoas agirem emocionalmente, porque vtimas de ardilosa e cangoteira seduo. Embora a eficcia a todo preo no seja argumentar, tampouco se trata de admitir s verdades cientficas formar opinio apenas depois de ver a demonstrao e as evidncias, como a cincia faz. Argumentar matria da vida cotidiana, uma forma de retrica, mas um raciocnio que tenta convencer sem se tornar mero clculo manipulativo, e pode ser rigoroso sem ser cientfico. Lngua Portuguesa, So Paulo, ano 5, n. 66, abr. 2011 (adaptado). No fragmento, opta-se por uma construo lingustica bastante diferente em relao aos padres normalmente empregados na escrita. Trata-se da frase No fsica, dois-pontos. Nesse contexto, a escolha por se representar por extenso o sinal de pontuao que deveria ser utilizado
(ENEM -2013) A diva Vamos ao teatro, Maria Jos? Quem me dera, desmanchei em rosca quinze kilos de farinha, tou podre. Outro dia a gente vamos. Falou meio triste, culpada, e um pouco alegre por recusar com orgulho. TEATRO! Disse no espelho. TEATRO! Mais alto, desgrenhada. TEATRO! E os cacos voaram sem nenhum aplauso. Perfeita. PRADO, A. Orculos de maio. So Paulo: Siciliano, 1999. Os diferentes gneros textuais desempenham funes sociais diversas, reconhecidas pelo leitor com base em suas caractersticas especficas, bem como na situao comunicativa em que ele produzido. Assim, o texto A diva