(ENEM - 2019) O processamento da mandioca era uma atividade j realizada pelos nativos que viviam no Brasil antes da chegada de portugueses e africanos. Entretanto, ao longo do processo de colonizao portuguesa, a produo de farinha foi aperfeioada e ampliada, tornando-se lugar comum em todo o territrio da colnia portuguesa na Amrica. Com a consolidao do comrcio atlntico em suas diferentes conexes, a farinha atravessou os mares e chegou aos mercados africanos. BEZERRA, N. R. Escravido, farinha e trfico atlntico: um novo olhar sobre as relaes entre o Rio de Janeiro e Benguela (1790 1830) Disponvel em www.bn.br. Acesso em 20 ago. 2014 (adaptado) Considerando a formao do espao atlntico, esse produto exemplifica historicamente a
(ENEM - 2019) Dificilmente passa-se uma noite sem algum sitiante tenha seu celeiro ou sua pilha de cereais destrudos pelo fogo. Vrios trabalhadores no diretamente envolvidos nos ataques pareciam apoi-los, como se v neste depoimento ao The Times: deixa queimar, pena que no foi a casa; podemos nos aquecer agora;ns s queiramos algumas batatas, h um fogo timo para cozinh-las. HOBSBAWM,E.; RUD, G. Capito Swing. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado). A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no sculo XIX, foi uma reao ao seguinte processo socioespacial:
(ENEM - 2019) Entre os combatentes estava a mais famosa herona da Independncia. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia comeou a pegar em armas contra os Portugueses. Apesar da proibio de mulheres nos batalhes de voluntrios, decidiu se alistar s escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se s fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros. GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. No processo de Independncia do Brasil, o caso mencionado emblemtico porque evidencia a
(ENEM - 2019) A cidade medieval , antes de mais nada, uma sociedade da abundncia, concentrada num pequeno espao em meio a vastas regies pouco povoadas. Em seguida, um lugar de produo e de trocas, onde se articulam o artesanato e o comrcio, sustentados por uma economia monetria. tambm o centro de um sistema de valores particular, do qual emerge a prtica laboriosa e criativa do trabalho, o gosto pelo negcio e pelo dinheiro, a inclinao para o luxo, o senso da beleza. ainda um sistema de organizao de um espao fechado com muralhas, onde se penetra por portas e se caminha por ruas e praas e que guarnecido por torres. LE GOFF, J.; SCHMITT, J. -C. Dicionrio temtico do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2006. No texto, o espao descrito se caracteriza pela associao entre a ampliao das atividades urbanas e a
(ENEM - 2019) TEXTO I: A centralizao econmica, o protecionismo e a expanso ultramarina engrandeceram o Estado, embora beneficiassem a burguesia incipiente. ANDERON, P. In:DEYON, P. O mercantilismo. Lisboa: Gradiva,1989 (adaptado). TEXTO II: As interferncias da legislao e das prticas exclusivistas restringem a operao benfica da lei natural na esfera das relaes econmicas. SMITH, A. A riqueza das Naes. So Paulo: Abril Cultura, 1983 (adaptado). Entre os sculos XVI e XIX, diferentes concepes sobre as relaes entre Estado e economia foram formuladas. Tais concepes, associadas a cada um dos textos, confrontam-se, respectivamente, na oposio entre as prticas de
(ENEM - 2019) A lenda diz que, em um belo dia ensolarado, Newton estava relaxando sob uma macieira. Pssaros gorjeavam em suas orelhas. Havia uma brisa gentil. Ele cochilou por alguns minutos. De repente, uma ma caiu sobre sua cabea e ele acordou com um susto. Olhou para cima. Com certeza um pssaro ou um esquilo derrubou a ma da rvore, sups. Mas no havia pssaros ou esquilos na rvore por perto. Ele, ento, pensou: Apenas alguns minutos antes, a ma estava pendurada na rvore. Nenhuma fora externa fez ela cair. Deve haver alguma fora subjacente que causa a queda das coisas para a terra. SILVA, C. C.; MARTINS, R. A. Estudos de histria e filosofia das cincias. So Paulo: Livraria da Fsica, 2006 (adaptado). Em contraponto a uma interpretao idealizada, o texto aponta para a seguinte dimenso fundamental da cincia moderna:
(ENEM - 2019) Art.90. As nomeaes dos deputados e senadores para a Assembleia Geral, e dos membros dos Conselhos Gerais das provncias, sero feitas por eleies, elegendo a massa dos cidados ativos em assembleias paroquiais, os eleitores de provncia, e estes, os representantes da nao e provncia. Art. 92. So excludos de votar nas assembleias paroquiais: I Os menores de vinte e cinco anos, nos quais no compreendem os casados, os oficiais militares, que forem maiores de vinte e um anos, os bacharis formados e os clrigos de ordens sacras. II Os filhos de famlias, que estiverem na companhia de seus pais, salvo se servirem a ofcios pblicos. III Os criados de servir, em cuja classe no entram os guarda livros, e primeiros caixeiros das casas de comrcio, os criados da Casa Imperial, que no forem de galo branco, e os administradores das fazendas rurais e fbricas. IV Os religiosos e quaisquer que vivam em comunidade claustral. V Os que no tiverem de renda lquida anual cem mil ris por bens de raiz, industria, comrcio, ou emprego. BRASIL, Constituio de 1824. Disponvel em: www.planalto.gov.br Acesso em: 4 abr, 2015 (adaptado) De acordo com os artigos do dispositivo legal apresentado, o sistema eleitoral institudo no incio do Imprio marcado pelo(a)
(ENEM - 2019) O cristianismo incorporou antigas prticas relativas ao fogo para criar uma festa sincrtica. A igreja retomou a distncia de seis meses entre os nascimentos de Jesus Cristo e Joo Batista e instituiu a data de comemorao a este ltimo de tal maneira que as festas do solstcio de vero europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram fogueiras de So Joo. A festa do fogo e da luz no entanto no foi imediatamente associada a So Joo Batista. Na Baixa Idade Mdia, algumas prticas tradicionais da festa (como banhos, danas e cantos) foram perseguidas por monges e bispos. A partir do Conclio de Trento (1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebraes em torno do fogo e associ-las doutrina crist. CHIANCA, L. Devoo e diverso: expresses contemporneas de festas e santos catlicos. Revista Anthropolgicas, n. 18, 2007 (adaptado). Com o objetivo de se fortalecer, a instituio mencionada no texto adotou as prticas descritas, que consistem em:
(ENEM - 2019) Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada pela aparente ausncia de propsitos, a verdadeira cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo todas as formas de campos de concentrao. Vistos de fora, os campos e o que neles acontece s podem ser descritos com imagens extraterrenas, como se a vida fosse neles separada das finalidades deste mundo. Mais que o arame farpado, a irrealidade dos detentos que ele confina que provoca uma crueldade to incrvel que termina levando aceitao do extermnio como soluo perfeitamente normal. ARENDT, H. Origens do totalitarismo. So Paulo: Cia. das Letras, 1989 (adaptado). A partir da anlise da autora, no encontro das temporalidades histricas, evidencia-se uma crtica naturalizao do(a):
(ENEM - 2019) A soberaniados cidados dotados de plenos direitos era imprescindvel para a existncia da cidade-estado. Segundo os regimes polticos, a proporo desses cidados em relao populao total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas aristocracias e oligarquias e maior nas democracias. CARDOSO, C.F. A cidade-estado clssicas. So Paulo: frica, 1985. Nas cidades-estados da Antiguidade Clssica, a proporo de cidados descrita no texto explicada pela adoo do seguinte critrio para a participao poltica:
(ENEM - 2019) A revolta da vacina (1904) mostrou claramente o aspecto defensivo, desorganizado, fragmentado da ao popular. No se negava o Estado, no se reivindicava participao nas decises polticas; defendiam-se valores e direitos considerados acima da interveno do Estado. Carvalho, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a Repblica que no foi. So Paulo: Cia. das letras, 1987(adaptado). A mobilizao analisada representou um alerta a medida em que a ao popular questionava.
(ENEM - 2019) A partir da segunda metade do sculo XVIII, o nmero de escravos recm chegados cresce no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia to bem recepo de escravos quanto o Rio de Janeiro. FRANA, R. O tamanho real da escravido. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado). Na matria, o jornalista informa uma mudana na dinmica do trfico atlntico que est relacionada seguinte atividade:
(ENEM - 2019) Tratava-se agora de construir um ritmo novo. Para tanto, era necessrio convocar todas as foras vivas da Nao, todos os homens que, com vontade de trabalhar e confiana no futuro, pudessem erguer, num tempo novo, um novo Tempo. E, grande convocao que conclamava o povo para a gigantesca tarefa, comearam a chegar de todos os cantos da imensa ptria os trabalhadores: os homens simples e quietos, com ps de raiz, rostos de couro e mos de pedra, e no calcanho, em carro de boi, em lobo de burro, em paus-de-arara, por todas as fomas possveis e imaginveis, em sua mudez cheia de esperana, muitas vezes deixando para trs mulheres e filho a aguarda suas promessas de melhores dias; foram chegando de tantos povoados, tantas cidades cujos nomes pareciam cantar saudades ais seus ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa ptria... Terra de sol, Terra de Luz... Brasil! Brasil! Braslia! MORAES, V.; JOBIM, A.C. Braslia, sinfonia da alvorada. III - A chegada dos candangos. Disponvel em www.viniciusdemoraes.com.br. Acesso em : 14 ago. 2012 (Adaptado). No texto, a narrativa produzida sobe a construo de Braslia articula os elementos polticos e socioeconmicos indicados, respectivamente, em:
(ENEM - 2019) A Declarao Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU na Resoluo 217-A, de 10 de dezembro de 1948, foi um acontecimento histrico de grande relevncia. Ao afirmar, pela primeira vez em escala planetria, o papel dos direitos humanos na convivncia coletiva, pode ser considerada um evento inaugural de uma nova concepo de vida internacional. LAFER, C. Declarao Universal dos Direitos Humanos (1948). In: MAGNOLI, D. (Org.). Histria da Paz. So Paulo: Contexto, 2008. A declarao citada no texto introduziu uma nova concepo nas relaes internacionais a possibilitar a
(ENEM - 2019) Nossa cultura no cabe nos seus museusTOLENTINO, A. B. Patrimnio cultural e discursos museolgicos.Midas, n. 6; 2016. Produzida no Chile, no final da dcada de 1970, a imagem expressa um conflito entre culturas e sua presena em museus decorrente da