(ENEM - 2022)
Ainda que a fome ocorrida na Itália em 536 tenha origem nos eventos climáticos, suas implicações são tanto políticas quanto econômicas. Nos primeiros séculos da Idade Média, o auxílio aos famintos se inscreve no domínio da gestão pública, mesmo quando a ação de seus agentes é apresentada sob o ângulo da piedade e da caridade individuais, como é o caso da Gália merovíngia. Assim, o fato de que as respostas à fome são mostradas, na Gália, como o fruto de iniciativas pessoais fundadas no imperativo da caridade deriva da natureza das fontes do século VI.
SILVA, M.C. Os agentes públicos e a fome nos primeiros séculos da Idade Média. Varia Historia, n. 60, set-dez. 2016 (Adaptado).
Na conjuntura histórica destacada no texto, o dever de agir em face da situação de crise apresentada pertencia à jurisdição
da nobreza, proveniente da obrigação de proteção ao campenisnato livre.
da realeza, decorrente do conceito de governo subjacente à monarquia cristã.
dos mosteiros, resultante do caráter fraternal afirmado nas regras monásticas.
dos bispados, consequente da participação dos clérigos nos assuntos comunitários.
das corporações, procedente do padrão assistencialista previsto nas normas estatutárias.