(FGV - 2006) "O hispano-americano principia como uma justificação da independência, mas se transforma quase imediatamente num projeto: a América é menos uma tradição a seguir que um futuro a realizar. Projeto e utopia são inseparáveis do pensamento hispano-americano, desde o final do século XVIII até nossos dias".
PAZ, Octavio. "Labirintos da solidão". Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, 2. ed., p. 109.
Sobre o processo de independência na América espanhola, é correto afirmar:
O Congresso do Panamá, de iniciativa de Simon Bolívar, tinha como objetivo a criação de uma confederação pan-americana e contava com a simpatia britânica.
A utopia da unidade era compartilhada por líderes da independência, como San Martin, Hidalgo e Morelos.
A luta pela independência visava à libertação dos "criollos" da tutela do domínio metropolitano, possibilitando assim a modificação da estrutura social e econômica das colônias.
As guerras de independência, inicialmente lideradas pelas elites nativas, ganharam força com a participação de índios e escravos que concretizaram a emancipação do domínio espanhol.
Bolívar, chamado de o "libertador", era um político conservador, defensor de uma monarquia pan-americana.