TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: BOCAGE NO FUTEBOL Quando eu tinha 3meus cinco, meus seis anos, morava, ao lado de minha casa, um garoto que era 2tido e havido como o anticristo da rua. Sua idade regulava com a minha. E 6justiça se lhe faça: não havia palavrão que ele não praticasse. Eu, na minha candura pânica, vivia cercado de conselhos, por todos os lados: Não brinca com Fulano, que ele diz nome feio!. E o Fulano assumia, aos meus olhos, as proporções feéricas de um Drácula, de um 1Nero de fita de cinema. Mas o tempo passou. E acabei descobrindo que, afinal de contas, o anjo de boca suja estava com a razão. Sim, amigos: cada nome feio que a vida extrai de nós é um estímulo vital irresistível. Por exemplo: os nautas camonianos. Sem uma sólida, potente e jucunda pornografia, um Vasco da Gama, um Colombo, um Pedro Álvares Cabral não teriam sido almirantes nem de barca da Cantareira. O que os virilizava era o bom, o cálido, o inefável palavrão. Mas, se nas relações humanas em geral, o nome feio produz esse impacto criador e libertário, que dizer do futebol? Eis a verdade: retire-se a pornografia do futebol e nenhum jogo será possível. Como jogar ou como torcer se não podemos xingar ninguém? O craque ou o torcedor é um Bocage. Não o 4Bocage fidedigno, que nunca existiu. Para mim, o 5verdadeiro Bocage é o falso, isto é, o Bocage de anedota. Pois bem: está para nascer um jogador ou um torcedor que não seja bocagiano. O craque brasileiro não sabe ganhar partidas sem o incentivo constante dos rijos e imortais palavrões da língua. Nós, de longe, vemos os 22 homens 7correndo em campo, matando-se, agonizando, rilhando os dentes. Parecem dopados e realmente o estão: o chamado nome feio é o seu excitante eficaz, o seu afrodisíaco insuperável. Nélson Rodrigues, À sombra das chuteiras imortais. São Paulo: Cia. das Letras, 1993. 5. (Fgvrj 2013) Tendo em vista o contexto, sobre os seguintes trechos, só NÃO é correto afirmar:
(Fgv 2013) Estes rios fazem parte da paisagem e do dia a dia do homem do Nordeste, servindo como fonte de água, áreas de recreação, cultivo de vegetais e criação de animais. O sertanejo apresenta estratégias de sobrevivência durante os períodos de estiagem, que são resultado direto de suas percepções sobre as variações no fluxo de água desses rios. Estes ambientes fazem parte da cultura do sertanejo sendo citados em sua produção artística por grandes escritores como Euclides da Cunha, João Cabral de Melo Neto, José Lins do Rego e Guimarães Rosa. (www.ecodebate.com.br/2012/09/03/reducao-de-apps-compromete-rios-e--biomas-brasileiros-entrevista-com-o-biologo-elvio-sergio-medeiros) O texto faz referência a dois elementos naturais de grande importância na região Nordeste. São eles os rios
(FGV/2013) Para Pierre Bourdieu, a escola é um espaço de produção de capital cultural, com diversos agentes e valores sociais envolvidos nesse processo. As opções a seguir consideram a escola a partir do quadro conceitual oferecido pelo sociólogo, à exceção de uma. Assinalea.
(Fgv 2013) No plano cartesiano, há duas retas paralelas à reta de equação 3x + 4y + 60 = 0 e que tangenciam a circunferência x2 + y2 = 4. Uma delas intercepta o eixo y no ponto de ordenada
(Fgv 2013) O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta terça-feira (04/09) a assinatura de um acordo inicial com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) para o fim do conflito interno no país. A próxima etapa nas negociações acontecerá na primeira quinzena de outubro, em Oslo (Noruega).http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/24116/colombia+anuncia+acordo+inicial+com+as+farc+para+fim+do+conflito+interno.shtml Sobre esse tema, é correto afirmar:
(FGV 2013) A independência oficial do Brasil, prevalecendo sobre a libertação sonhada pelos patriotas – para usar uma palavra em voga na época – frustrou grande parte da população. A independência oficial sedimentou uma estrutura econômica e política herdada da Colônia, pouco alterando a situação das massas e, por adotar um centralismo autoritário, pressionava também o sistema político nas províncias. A oportunidade perdida de democratizar a prática política, de um lado, e a insistência em manter inalterado o instituto da escravidão, de outro, praticamente fizeram aflorar todo o anacronismo do Estado brasileiro, provocando várias reações. Entre elas a Sabinada (...) (Júlio José Chiavenato, As lutas do povo brasileiro) É correto caracterizar essa rebelião como
(FGV - 2013) O conjunto S contm apenas pontos (x, y) do plano cartesiano ortogonal de origem (0, 0). Se um ponto qualquer P pertence a S, ento tambm pertencem a S o seu simtrico em relao reta y = x, o seu simtrico em relao ao eixo x e o seu simtrico em relao ao eixo y. Se os pontos (0, 0), (2, 0), (0, 3) e (2, 3) pertencem a S, o menor nmero de elementos que o conjunto S pode ter
(Fgv 2013) A equação x-4=16 tem
(FGV - 2013) O algarismo da unidade do resultado de 1! - 2! + 3! - 4! + 5! -... + 999!
(Fgv 2013) No plano cartesiano, considere o triângulo de vértices A(1,4), B(4,5) e C(6,2). A reta suporte da altura relativa ao lado AC intercepta o eixo x no ponto de abscissa
A crtica racionalidade instrumental iluminista pelos pensadores da Escola de Frankfurt levou constatao do desencantamento do mundo e redundou no desaparecimento do sujeito autnomo. Na modernidade, o esclarecimento se converteu no triunfo da igualdade repressiva, na medida em que a cultura contempornea confere a tudo um ar de semelhana, segundo Adorno e Horkheimer. Com relao a essa crtica da razo iluminista, analise as afirmativas a seguir. I. A racionalidade iluminista derrubou o controle mtico religioso sobre a natureza e a sociedade, mas passou a domin las e control las por meio da cincia e da tcnica. II. A racionalidade instrumental anula a reflexo em detrimento da ao voltada para a mercantilizao, devendo ser substituda por uma razo crtica. III. Adorno e Horkheimer recusam a noo liberal de progresso substituindo a pela de conscincia de classe como motor transformador da histria. Assinale:
(FGV 2013) O principal órgão digestivo do ser humano adulto não é o estômago, como muitos equivocadamente afirmam, mas, sim, o intestino.Tal informação é justificada, fisiologicamente, pela presença preponderante de uma enzima específica no estômago, responsável pela digestão apenas
(Fgvrj/2013) CAPÍTULO 73 - O Luncheon* O despropósito fez-me perder outro capítulo. Que melhor não era dizer as coisas lisamente, sem todos estes solavancos! Já comparei o meu estilo ao andar dos ébrios. Se a ideia vos parece indecorosa, direi que ele é o que eram as minhas refeições com Virgília, na casinha da Gamboa, onde às vezes fazíamos a nossa patuscada, o nosso luncheon. Vinho, frutas, compotas. Comíamos, é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas doces, de olhares ternos, de criancices, uma infinidade desses apartes do coração, aliás o verdadeiro, o ininterrupto discurso do amor. Às vezes vinha o arrufo temperar o nímio adocicado da situação. Ela deixava-me, refugiava-se num canto do canapé, ou ia para o interior ouvir as denguices de Dona Plácida. Cinco ou dez minutos depois, reatávamos a palestra, como eu reato a narração, para desatá-la outra vez. Note-se que, longe de termos horror ao método, era nosso costume convidá-lo, na pessoa de Dona Plácida, a sentar-se conosco à mesa; mas Dona Plácida não aceitava nunca. Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas. (*) Luncheon (Ing.): lanche, refeição ligeira, merenda. No trecho, revelam, respectivamente, um parentesco e um afastamento em relação às Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, o termo
(Fgvrj 2013) A fria letra da lei tem sentido para o mundo racional das instituições do Estado, mas não necessariamente para o cidadão que seria por ela beneficiado. A começar pelo fato de que o Estado brasileiro, por várias razões, não é um Estado onipresente. O fiscal ocasional das relações de trabalho será substituído na sequência da fiscalização pelo arbítrio do fazendeiro e até pela força de seus pistoleiros e jagunços. Na crua realidade cotidiana de trabalhadores que vivem no limiar da civilização, a vida é organizada segundo os preceitos do poder pessoal e da violência costumeira. Há alguns anos, houve o caso de um desses trabalhadores, no Mato Grosso, que, fugindo da fazenda de seu cativeiro, teve que caminhar 400 km por dentro da mata até achar uma pequena cidade onde, no fim das contas, não havia nenhum representante da Justiça do Trabalho. Acabou empurrado de um lado para outro na busca do abrigo da lei que, afinal, não encontrou.José de Sousa Martins, O direito ao não direito. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,direito-ao-nao-direito,911448,0.htm Assinale a alternativa que interpreta corretamente os argumentos do texto.
(Fgvrj 2013) De acordo com o jornal argelino Liberté, uma embarcação com espanhóis foi interceptada, em abril, ao tentar atracar irregularmente na Argélia. Segundo a reportagem, quatro jovens imigrantes tinham perdido seus empregos na Espanha e se dirigiram a Orã, cidade no litoral mediterrâneo da Argélia, em busca de novas fontes de trabalho. Com o pedido de visto negado, o grupo foi interceptado pela guarda costeira argelina, durante uma tentativa de entrada irregular no país africano. (http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/23124/guarda+costeira+da+argelia+interceptou+barco+com+imigrantes+espanhois+diz+jornal.shtml) Sobre o assunto da reportagem, é CORRETO afirmar: