(FGV 2014)
Mais do que um problema relacionado à raça, o homicídio no Brasil sempre se caracterizou por ser um tipo de crime vinculado ao território. Nas últimas décadas, as principais vítimas e autores de assassinatos foram homens, jovens, moradores de bairros com pouca infraestrutura urbana dos grandes centros metropolitanos. Eles mataram e morreram por viverem em locais com grande quantidade de armas, marcados pela desordem. São territórios com frágil presença policial, vulneráveis à ação daqueles que estão dispostos a tentar exercer o domínio pela violência.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,homicidio-e-um-crime-territorial-e-nao-esta-vinculado-a-racas, 531604,0.htm. Acesso em 15/01/2014.
A afirmação que é coerente com a situação da violência homicida no Brasil e com o texto acima, de autoria do jornalista Bruno Paes Manso, é:
Nos grandes centros metropolitanos, a violência homicida afeta indistintamente a população negra e branca, já que se trata apenas de um problema geográfico e não racial.
A presença policial, mesmo que frágil, garante a redução da violência homicida, já que impõe ordem aos territórios violentos e com pouca infraestrutura urbana.
Territórios segregados e desintegrados do conjunto da cidade, habitados normalmente por populações de baixa renda, são ambientes onde as pessoas são mais suscetíveis ao risco da violência homicida.
Embora sua influência deva ser considerada, a ausência de infraestrutura urbana não pode ter sua importância sobrevalorizada quando a questão é o número de homicídios, porque esses dependem mais de outras causas.
A violência homicida é um crime vinculado ao território, portanto, não pode ser combatida por meio de políticas públicas de segurança ou de planejamento urbano.