(FUVEST - 2002 - 1a fase)
“Quando vim de minha terra,
se é que vim de minha terra
(não estou morto por lá?),
a correnteza do rio
me sussurrou vagamente
que eu havia de quedar
lá donde me despedia.
(...) Quando vim de minha terra
não vim, perdi-me no espaço
na ilusão de ter saído.
Ai de mim, nunca saí.”
Nesse poema, Carlos Drummond de Andrade
discute a permanente frustração do desejo de migrar do campo para a cidade.
reflete sobre o sentimento paradoxal do migrante em face de sua identidade regional.
expõe a tragédia familiar do migrante quando se desloca do interior para a cidade.
aborda o problema das migrações originárias das regiões ribeirinhas para as grandes cidades.
comenta as expectativas e esperanças do migrante em relação ao lugar de destino.