(FUVEST - 2010 - 2 fase - Questo 1) Observe este anncio. a) Na composio do anncio, qual a relao de sentido existente entre a imagem e o trecho quem e o que pensa, que faz parte da mensagem verbal? b) Se os sujeitos dos verbos descubra e pensa estivessem no plural, como deveria ser redigida a frase utilizada no anncio?
(FUVEST - 2010 - 2 fase - Questo 2) Leia o seguinte excerto de um artigo sobre o telogo Joo Calvino. Foi preciso o destemor conceitual de um telogo exigente feito ele para dar o passo racional necessrio. Ousou: para salvar a onipotncia de Deus, no d para no sacrificar pelo menos um qu da bondade divina. Antnio Flvio Pierucci, Folha de S. Paulo, 12/07/2009. a) O excerto est redigido em linguagem que apresenta traos de informalidade. Identifique dois exemplos dessa informalidade. b) Mantendo o seu sentido, reescreva o trecho no d para no sacrificar pelo menos um qu da bondade divina, sem empregar duas vezes a palavra no.
(FUVEST - 2010 - 2 fase) Leia este texto. O ano nem sempre foi como ns o conhecemos agora. Por exemplo: no antigo calendrio romano, abril era o segundo ms do ano. E na Frana, at meados do sculo XVI, abril era o primeiro ms. Como havia o hbito de dar presentes no comeo de cada ano, o primeiro dia de abril era, para os franceses da poca, o que o Natal para ns hoje, um dia de alegrias, salvo para quem ganhava meias ou uma gua-de-colnia barata. Com a introduo do calendrio gregoriano, no sculo XVI, primeiro de janeiro passou a ser o primeiro dia do ano e, portanto, o dia dos presentes. E primeiro de abril passou ser um falso Natal o dia de no se ganhar mais nada. Por extenso, o dia de ser iludido. Por extenso, o Dia da Mentira. Lus F. Verssimo, As mentiras que os homens contam. Adaptado. a) Tendo em vista o contexto, correto afirmar que o trecho meias ou uma gua-de-colnia barata deve ser entendido apenas em seu sentido literal? Justifique sua resposta. b) Crie uma frase que contenha um sinnimo da palavra salvo (L. 4), mantendo o sentido que ela tem no texto.
(FUVEST - 2010 - 2 fase) Uma nota diplomtica* semelhante a uma mulher da moda. S depois de se despojar uma elegante de todas as fitas, rendas, joias, saias e corpetes, que se encontra o exemplar no correto nem aumentado da edio da mulher, conforme saiu dos prelos da natureza. preciso desataviar uma nota diplomtica de todas as frases, circunlocues, desvios, adjetivos e advrbios, para tocar a ideia capital e a inteno que lhe d origem. Machado de Assis. *Nota diplomtica: comunicao escrita e oficial entre os governos de dois pases, sobre assuntos do interesse de ambos. a) correto afirmar que, segundo o texto, uma nota diplomtica se parece com o exemplar no correto nem aumentado da edio da mulher? Justifique sua resposta. b) Tendo em vista o trecho para tocar a ideia capital e a inteno que lhe d origem, indique um sinnimo da palavra capital que seja adequado ao contexto e identifique o referente do pronome lhe.
(FUVEST - 2010 - 2 fase) Leia o seguinte texto: Um msico ambulante toca sua sanfoninha no viaduto do Ch, em So Paulo. Chega o rapa* e o interrompe: Voc tem licena? No, senhor. Ento me acompanhe. Sim, senhor.E que msica o senhor vai cantar? *rapa: carro de prefeitura municipal que conduz fiscais e policiais para apreender mercadorias de vendedores ambulantes no licenciados. Por extenso, o fiscal ou o policial do rapa. a) Para o efeito de humor dessa anedota, contribui, de maneira decisiva, um dos verbos do texto. De que verbo se trata? Justifique sua resposta. b) Reescreva o dilogo que compe o texto, usando o discurso indireto. Comece com: O fiscal do rapa perguntou ao msico ..
(FUVEST - 2010 - 2 fase) Leia estas duas estrofes da conhecida cano Asa-Branca, de Lus Gonzaga e Humberto Teixeira. Quando olhei a terra ardendo Qual fogueira de So Joo, Eu perguntei a Deus do cu, ai Por que tamanha judiao. .......................................... Quando o verde dos teus olhos se espalhar na plantao, eu te asseguro, no chores no, viu, eu voltarei, viu, meu corao. a) Indique uma palavra ou expresso que possa substituir Qual (primeira estrofe), sem alterar osentido do texto. b) Na segunda estrofe, substitua a palavra viu por outra que cumpra a mesma funo comunicativa que ela tem no texto. c) Nessas estrofes, os nicos recursos poticos utilizados so rima e ritmo? Justifique sua resposta.
(FUVEST - 2010 - 2 fase) Gente que mamou leite romntico pode meter o dente no rosbife* naturalista; mas em lhe cheirando a teta gtica e oriental, deixa logo o melhor pedao de carne para correr bebida da infncia. Oh! meu doce leite romntico! Machado de Assis, Crnicas. *Rosbife: tipo de assado ou fritura de alcatra ou fil bovinos, bem tostado externamente e sangrante na parte central, servido em fatias. a) A imagem do rosbife naturalista empregada, com humor, por Machado de Assis, para evocar determinadas caractersticas do Naturalismo poderia ser utilizada tambm para se referir a certos aspectos do romance O Cortio? Justifique sua resposta. b) A imagem do doce leite romntico, que se refere a certos traos do Romantismo, pode remeter tambm a alguns aspectos do romance Iracema? Justifique sua resposta.
(FUVEST - 2010 - 1 FASE ) A chamada Lei do Agrotxico (no 7.802, de 11/06/89) determina que os rtulos dos produtos no contenham afirmaes ou imagens que possam induzir o usurio a erro quanto a sua natureza, composio, segurana, eficcia e uso. Tambm probe declaraes sobre a inocuidade, tais como seguro, no venenoso, no txico, mesmo que complementadas por afirmaes do tipo quando utilizado segundo as instrues. Em face das proibies da Lei, a compreenso da frase: Cuidado, este produto pode ser txico
(FUVEST - 2010 - 2 fase) Considere a seguinte relao de obras: Auto da barca do inferno, Memrias de um sargento de milcias, Dom Casmurro e Capites da areia. Entre elas, indique as duas que, de modo mais visvel, apresentam inteno de doutrinar, ou seja, o propsito de transmitir princpios e diretivas que integram doutrinas determinadas. Divida sua resposta em duas partes: a), para a primeira obra escolhida e b), para a segunda obra escolhida, conforme j vem indicado na respectiva pgina de respostas. Justifique sucintamente cada uma de suas escolhas.
(FUVEST - 2010 - 2 fase) O pequeno sentou-se, acomodou nas pernas a cabea da cachorra, ps-se a contar-lhe baixinho uma histria. Tinha um vocabulrio quase to minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca. Valia-se, pois, de exclamaes e de gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a lngua, com movimentos fceis de entender. Graciliano Ramos, Vidas secas. Considere as seguintes afirmaes sobre este trecho de Vidas secas, entendido no contexto da obra, e responda ao que se pede. a) No trecho, torna-se claro que a escassez vocabular do menino contribui de modo decisivo para ampliar as diferenas que distinguem homens de animais. Voc concorda com essa afirmao? Justifique, com base no trecho, sua resposta. b) Nesse trecho, como em outros do mesmo livro, por exprimir suas emoes e sentimentos pessoais a respeito da pobreza sertaneja que o narrador obtm o efeito de contagiar o leitor, fazendo com que ele tambm se emocione. Voc concorda com a afirmao? Justifique sua resposta.
(FUVEST - 2010 - 2 fase) Leia este trecho do poema de Vincius de Moraes. MENSAGEM POESIA No posso No possvel Digam-lhe que totalmente impossvel Agora no pode ser impossvel No posso. Digam-lhe que estou tristssimo, mas no posso ir esta noite ao seu encontro. Contem-lhe que h milhes de corpos a enterrar Muitas cidades a reerguer, muita pobreza pelo mundo Contem-lhe que h uma criana chorando em alguma parte do mundo E as mulheres esto ficando loucas, e h legies delas carpindo A saudade de seus homens: contem-lhe que h um vcuo Nos olhos dos prias, e sua magreza extrema; contem-lhe Que a vergonha, a desonra, o suicdio rondam os lares, e preciso reconquistar a vida. Faam-lhe ver que preciso eu estar alerta, voltado para todos os caminhos Pronto a socorrer, a amar, a mentir, a morrer se for preciso. Vincius de Moraes, Antologia potica. a) No trecho, o poeta expe alguns dos motivos que o impedem de ir ao encontro da poesia. A partir da observao desses motivos, procure deduzir a concepo dessa poesia ao encontro da qual o poeta no poder ir: como se define essa poesia? quais suas caractersticas principais? Explique sucintamente. b) Na Advertncia, que abre sua Antologia potica, Vincius de Moraes declarou haver dois perodos distintos, ou duas fases, em sua obra. Considerando-se as caractersticas dominantes do trecho, a qual desses perodos ele pertence? Justifique sua resposta.
(FUVEST - 2010 - 2 fase) Leia a charge e responda. a) Que motivo levou Mafalda a pedir para ir ao banheiro? b) Enuncie e resolva o problema matemtico apresentado Mafalda.
(FUVEST - 2010 - 1 FASE ) Belo Horizonte, 28 de julho de 1942. Meu caro Mrio, Estou te escrevendo rapidamente, se bem que haja muitssima coisa que eu quero te falar (a respeito da Conferncia, que acabei de ler agora). Vem-me uma vontade imensa de desabafar com voc tudo o que ela me fez sentir. Mas longo, no tenho o direito de tomar seu tempo e te chatear. Fernando Sabino. Neste trecho de uma carta de Fernando Sabino a Mrio de Andrade, o emprego de linguagem informal bem evidente em
(FUVEST - 2010 - 1 FASE ) Texto para as questes 20 e 21 Belo Horizonte, 28 de julho de 1942. Meu caro Mrio, Estou te escrevendo rapidamente, se bem que haja muitssima coisa que eu quero te falar (a respeito da Conferncia, que acabei de ler agora). Vem-me uma vontade imensa de desabafar com voc tudo o que ela me fez sentir. Mas longo, no tenho o direito de tomar seu tempo e te chatear. Fernando Sabino. No texto, o conectivo se bem que estabelece relao de
(FUVEST - 2010 - 1 FASE) Desde pequeno, tive tendncia para personificar as coisas. Tia Tula, que achava que mormao fazia mal, sempre gritava: Vem pra dentro, menino, olha o mormao! Mas eu ouvia o mormao com M maisculo. Mormao, para mim, era um velho que pegava crianas! Ia pra dentro logo. E ainda hoje, quando leio que algum se viu perseguido pelo clamor pblico, vejo com estes olhos o Sr. Clamor Pblico, magro, arquejante, de preto, brandindo um guarda-chuva, com um gog protuberante que se abaixa e levanta no excitamento da perseguio. E j estava devidamente grandezinho, pois devia contar uns trinta anos, quando me fui, com um grupo de colegas, a ver o lanamento da pedra fundamental da ponte Uruguaiana-Libres, ocasio de grandes solenidades, com os presidentes Justo e Getlio, e gente muita, tanto assim que fomos alojados os do meu grupo num casaro que creio fosse a Prefeitura, com os demais jornalistas do Brasil e Argentina. Era como um alojamento de quartel, com breve espao entre as camas e todas as portas e janelas abertas, tudo com os alegres incmodos e duvidosos encantos de uma coletividade democrtica. Pois l pelas tantas da noite, como eu pressentisse, em meu entredormir, um vulto junto minha cama, sentei-me estremunhado* e olhei atnito para um tipo de chiru*, ali parado, de bigodes cados, pala pendente e chapu descido sobre os olhos. Diante da minha muda interrogao, ele resolveu explicar-se, com a devida calma: Pois ! No v que eu sou o sereno... Mrio Quintana, As cem melhores crnicas brasileiras. *Glossrio: estremunhado: mal acordado. chiru: que ou aquele que tem pele morena, traos acaboclados (regionalismo: Sul do Brasil). No incio do texto, o autor declara sua tendncia para personificar as coisas. Tal tendncia se manifesta na personificao dos seguintes elementos: