(FUVEST -2018 - 2 FASE) Examine a propaganda, a) Considerando o contexto da propaganda, existe alguma relao de sentido entre a imagem estilizada dos dedos e as palavras digital e diferena? Explique. b) Sem alterar o modo verbal, reescreva o trecho Venha para a biometria. Cadastre suas digitais., passando os verbos para a primeira pessoa do plural e fazendo as modificaes necessrias.
(FUVEST -2018 - 2 FASE) Leia o texto e responda ao que se pede. Da idade No posso aprovar a maneira por que entendemos a durao da vida. Vejo que os filsofos lhe assinam* um limite bem menor do que o fazemos comumente. (...) Os [homens] que falam de uma certa durao normal da vida, estabelecem-na pouco alm. Tais ideias seriam admissveis se existisse algum privilgio capaz de os colocar fora do alcance dos acidentes, to numerosos, a que estamos todos expostos e que podem interromper essa durao com que nos acenam. E pura fantasia imaginar que podemos morrer de esgotamento em virtude de uma extrema velhice, e assim fixar a durao da vida, pois esse gnero de morte o mais raro de todos. E a isso chamamos morte natural como se fosse contrrio natureza um homem quebrar a cabea numa queda, afogar-se em algum naufrgio, morrer de peste ou de pleurisia; como se na vida comum no esbarrssemos a todo instante com esses acidentes. No nos iludamos com belas palavras; no denominemos natural o que apenas exceo e guardemos o qualificativo para o comum, o geral, o universal. Morrer de velhice coisa que se v raramente, singular e extraordinria e portanto menos natural do que qualquer outra. a morte que nos espera ao fim da existncia, e quanto mais longe de ns menos direito temos de a esperar. Michel de Montaigne, Ensaios. Editora 34. Trad. de Srgio Milliet *assinar: fixar, indicar. a) No texto, o autor retifica o que corriqueiramente se entende por morte natural? Justifique. b) A que palavra ou expresso se referem, respectivamente, os pronomes destacados no trecho Vejo que os filsofos lhe assinam um limite bem menor do que o fazemos comumente?
(FUVEST -2018 - 2 FASE) Examine a transcrio do depoimento de Eduardo Koge, lder indgena de Tadarimana, MT. Ns vivemos aqui que nem gado. Tem a cerca e ns no podemos sair dessa cerca. Tem que viver s do que tem dentro da cerca. , ns vivemos que nem boi no curral. Paulo A. M. Isaac, Drama da educao escolar indgena BeBororo. a) Nos trechos Tem a cerca... e Tem que viver..., o verbo ter assume sentidos diferentes? Justifique. b) Reescreva, em um nico perodo, os trechos Ns vivemos aqui que nem gado e ns no podemos sair dessa cerca, empregando discurso indireto. Comece o perodo conforme indicado na pgina de respostas.
(FUVEST -2018 - 2 FASE) Leia o texto. Um tema frequente em culturas variadas o do desafio ordem divina, a apropriao do fogo pelos mortais. Nos mitos gregos, Prometeu quem rouba o fogo dos deuses. Diz Vernant que Prometeu representa no Olimpo uma vozinha de contestao, espcie de movimento estudantil de maio de 1968. Zeus decide esconder dos homens o fogo, antes disponvel para todos, mortais e imortais, na copa de certas rvores os freixos porque Prometeu tentara tape-lo numa repartio da carne de um touro entre deuses e homens. Na mitologia dos Yanomami, o dono do fogo era o jacar, que cuidadosamente o escondia dos outros, comendo taturanas assadas com sua mulher sapo, sem que ningum soubesse. Ao resto do povo animais que naquela poca eram gente eles s davam as taturanas cruas. O jacar costumava esconder o fogo na boca. Os outros decidem fazer uma festa para fazlo rir e soltar as chamas. Todos fazem coisas engraadas, mas o jacar fica firme, no mximo d um sorrisinho. Betty Mindlin, O fogo e as chamas dos mitos. Revista Estudos Avanados. Adaptado a) O emprego do diminutivo nas palavras vozinha e sorrisinho, consideradas no contexto, produz o mesmo efeito de sentido nos dois casos? Justifique. b) Reescreva o trecho Os outros decidem fazer uma festa para faz-lo rir (...). Todos fazem coisas engraadas, substituindo o verbo fazer por sinnimos adequados ao contexto em duas de suas trs ocorrncias.
(FUVEST -2018 - 2 FASE) Leia o texto. No Brasil colonial, o indissolvel vnculo do matrimnio, tal como ele era concebido pela Igreja Catlica, nem sempre terminava com a morte natural de um dos cnjuges. A crise do casamento assumia vrias formas: a clausura das mulheres, enquanto os maridos continuavam suas vidas; a separao ou a anulao do matrimnio decretadas pela Igreja; a transgresso pela bigamia ou mesmo pelo assassnio do cnjuge. Maria Beatriz Nizza da Silva, Histria da Famlia no Brasil Colonial. Adaptado a) No texto, que ideia sintetizada pela palavra crise? b) Reescreva a orao tal como ele era concebido pela Igreja Catlica, empregando a voz ativa e fazendo as adaptaes necessrias.
(FUVEST -2018 - 2 FASE) Leia o texto. A complicada arte de ver Ela entrou, deitouse no div e disse: Acho que estou ficando louca. Eu fiquei em silncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. Um dos meus prazeres cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentes uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que j fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impresso de estar vendo a roscea de um vitral de catedral gtica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentes... Agora, tudo o que vejo me causa espanto. Ela se calou, esperando o meu diagnstico. Eu me levantei, fui estante de livros e de l retirei as Odes Elementares, de Pablo Neruda. Procurei a Ode Cebola e lhe disse: Essa perturbao ocular que a acometeu comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual quela que lhe causou assombro: Rosa de gua com escamas de cristal. No, voc no est louca. Voc ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver Rubem Alves, Folha de S.Paulo, 26/10/2004. Adaptado. a) Segundo a concepo do autor, como a poesia pode ser entendida? b) Reescreva o trecho Agora, tudo o que vejo me causa espanto., substituindo o termo sublinhado por Naquela poca e empregando a primeira pessoa do plural. Faa as adaptaes necessrias
(FUVEST -2018 - 2 FASE) Leia o texto e responda ao que se pede. - No veem teus olhos l o formoso jacarand, que vai subindo s nuvens? A seus ps ainda est a seca raiz da murta* frondosa, que todos os invernos se cobria de rama e bagos vermelhos, para abraar o tronco irmo. Se ela no morresse, o jacarand no teria sol para crescer to alto. Jos de Alencar, Iracema * murta: arbusto, rvore pequena a) possvel relacionar a imagem da murta ao destino de Iracema no romance? Explique. b) A frase Se ela no morresse, o jacarand no teria sol para crescer to alto pode ser entendida como uma alegoria do processo de colonizao do Brasil? Explique.
(FUVEST -2018 - 2 FASE) Leia o texto e responda ao que se pede. de crer que D. Plcida no falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos autores de seus dias: Aqui estou. Para que me chamastes? E o sacristo e a sacrist naturalmente lhe responderiam: Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os olhos na costura, comer mal, ou no comer, andar de um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando, com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo desesperada, amanh resignada, mas sempre com as mos no tacho e os olhos na costura, at acabar um dia na lama ou no hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de simpatia. Machado de Assis, Memrias pstumas de Brs Cubas. a) Pode-se afirmar que, neste excerto, alm de resumir a existncia de D. Plcida, o narrador expressa uma certa concepo de trabalho? Justifique. b) De que maneira o ritmo textual, que caracteriza a possvel resposta dos sacristos, colabora para a caracterizao de D. Plcida?
(FUVEST - 2018 - 2 FASE) Leia o texto e atenda ao que se pede. A MQUINA DO MUNDO E como eu palmilhasse vagamente uma estrada de Minas, pedregosa, e no fecho da tarde um sino rouco se misturasse ao som de meus sapatos que era pausado e seco; e aves pairassem no cu de chumbo, e suas formas pretas lentamente se fossem diluindo na escurido maior, vinda dos montes e de meu prprio ser desenganado, a mquina do mundo se entreabriu para quem de a romper j se esquivava e s de o ter pensado se carpia.* (...) Carlos Drummond de Andrade, Claro enigma. *carpir-se: lamentar-se. a) O ponto de vista do eu lrico em relao mquina do mundo ilustra as principais caractersticas de Claro enigma? Justifique. b) Transcreva o verso que sintetiza o evento sublime de que trata o texto.
(FUVEST -2018 - 2 FASE) Leia o texto e responda ao que se pede. - por isso que fao confiana nos angolanos. So uns confusionistas, mas todos esquecem as makas* e os rancores para salvar um companheiro em perigo. esse o mrito do Movimento, ter conseguido o milagre de comear a transformar os homens. Mais uma gerao e o angolano ser um homem novo. O que preciso ao. Pepetela, Mayombe. *makas: questes, conflitos. a) A fala de Comandante Sem Medo alude a uma questo central do romance Mayombe: um objetivo poltico a ser conquistado por meio do Movimento. Qual esse objetivo? b) As makas e os rancores dos angolanos repercutem no modo como o romance narrado? Explique.
(FUVEST - 2018 - 1 FASE) Examine o cartum. O efeito de humor presente no cartum decorre, principalmente, da
(FUVEST - 2018 - 1 FASE) TEXTO PARA A QUESTO: Uma obra de arte um desafio; no a explicamos,ajustamo-nos a ela. Ao interpret-la, fazemos uso dos nossos prprios objetivos e esforos, dotamo-la de um significado que tem sua origem nos nossos prprios modos de viver e de pensar. Numa palavra, qualquer gnero de arte que, de fato5, nos afete, torna-se, deste modo6, arte moderna. As obras de arte, porm, so como altitudes inacessveis. No nos dirigimos a elas diretamente, mas contornamo-las. Cada gerao as v sob um ngulo diferente e sob uma nova viso; nem se deve supor que um ponto de vista mais recente mais eficiente do que um anterior. Cada aspecto surge na sua altura prpria, que no pode ser antecipada nem prolongada; e, todavia, o seu significado no est perdido porque o significado que uma obra assume para uma gerao posterior o resultado de uma srie completa de interpretaes anteriores. Arnold Hauser, Teorias da arte. Adaptado. De acordo com o texto, a compreenso do significado de uma obra de arte pressupe
(FUVEST - 2018 - 1 FASE) TEXTO PARA A QUESTO: Uma obra de arte um desafio; no a explicamos,ajustamo-nos a ela. Ao interpret-la, fazemos uso dos nossos prprios objetivos e esforos, dotamo-la de um significado que tem sua origem nos nossos prprios modos de viver e de pensar. Numa palavra, qualquer gnero de arte que, de fato5, nos afete, torna-se, deste modo6, arte moderna. As obras de arte, porm, so como altitudes inacessveis. No nos dirigimos a elas diretamente, mas contornamo-las. Cada gerao as v sob um ngulo diferente e sob uma nova viso; nem se deve supor que um ponto de vista mais recente mais eficiente do que um anterior. Cada aspecto surge na sua altura prpria, que no pode ser antecipada nem prolongada; e, todavia, o seu significado no est perdido porque o significado que uma obra assume para uma gerao posterior o resultado de uma srie completa de interpretaes anteriores. Arnold Hauser,Teorias da arte. Adaptado. No trecho Numa palavra, qualquer gnero de arte que, de fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte moderna (L. 5-6), as expresses sublinhadas podem ser substitudas, sem prejuzo do sentido do texto, respectivamente, por
(FUVEST - 2018 - 1 FASE) TEXTOS PARA A QUESTO: Este ltimo captulo todo de negativas. No alcancei acelebridade do emplasto, no fui ministro, no fui califa, no conheci o casamento. Verdade que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de no comprar o po com o suor do meu rosto. Mais; no padeci a morte de dona Plcida, nem a semidemncia do Quincas Borba. Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginar que no houve mngua nem sobra, e, conseguintemente, que sa quite com a vida. E imaginar mal; porque ao chegar a este outro lado do mistrio, achei-me com um pequeno saldo, que a derradeira negativa deste captulo de negativas: - No tive filhos, no transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa misria. Machado de Assis, Memrias pstumas de Brs Cubas. No sei por que at hoje todo o mundo diz que tinha pena dos escravos. Eu no penso assim. Acho que se fosse obrigada a trabalhar o dia inteiro no seria infeliz. Ser obrigada a ficar toa que seria castigo para mim. Mame s vezes diz que ela at deseja que eu fique preguiosa; a minha esperteza que a amofina. Eu ento respondo: Se eu fosse preguiosa no sei o que seria da senhora, meu pai e meus irmos, sem uma empregada em casa. Helena Morley, Minha vida de menina. So caractersticas dos narradores Brs Cubas e Helena, respectivamente,
(FUVEST - 2018 - 1 FASE) TEXTOS PARA A QUESTO: Este ltimo captulo todo de negativas. No alcancei acelebridade do emplasto, no fui ministro, no fui califa, no conheci o casamento. Verdade que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de no comprar o po com o suor do meu rosto. Mais; no padeci a morte de dona Plcida, nem a semidemncia do Quincas Borba. Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginar que no houve mngua nem sobra, e, conseguintemente, que sa quite com a vida. E imaginar mal; porque ao chegar a este outro lado do mistrio, achei-me com um pequeno saldo, que a derradeira negativa deste captulo de negativas: - No tive filhos, no transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa misria. Machado de Assis,Memrias pstumas de Brs Cubas. No sei por que at hoje todo o mundo diz que tinha pena dos escravos. Eu no penso assim. Acho que se fosse obrigada a trabalhar o dia inteiro no seria infeliz. Ser obrigada a ficar toa que seria castigo para mim. Mame s vezes diz que ela at deseja que eu fique preguiosa; a minha esperteza que a amofina. Eu ento respondo: Se eu fosse preguiosa no sei o que seria da senhora, meu pai e meus irmos, sem uma empregada em casa. Helena Morley,Minha vida de menina. Nos dois textos, obtm-se nfase por meio do emprego de um mesmo recurso expressivo, como se pode verificar nos seguintes trechos: