(FUVEST 2010) Um mundo por imagens A imaginação simbólica é sempre um fator de equilíbrio. O símbolo é concebido como uma síntese equilibradora, por meio da qual a alma dos indivíduos oferece soluções apaziguadoras aos problemas. Gilbert Durand. Ao invés de nos relacionarmos diretamente com a realidade, dependemos cada vez mais de uma vasta gama de informações, que nos alcançam com mais poder, facilidade e rapidez. É como se ficássemos suspensos entre a realidade da vida diária e sua representação. Tânia Pellegrini. Adaptado. Na civilização em que se vive hoje, constroem-se imagens, as mais diversas, sobre os mais variados aspectos; constroem-se imagens, por exemplo, sobre pessoas, fatos, livros, instituições e situações. No cotidiano, é comum substituir-se o real imediato por essas imagens. Dentre as possibilidades de construção de imagens enumeradas acima, em negrito, escolha apenas uma, como tema de seu texto, e redija uma dissertação em prosa, lançando mão de argumentos e informações que deem consistência a seu ponto de vista. Instruções: – A redação deve obedecer à norma padrão da língua portuguesa. – Escreva, no mínimo, 20 e, no máximo, 30 linhas, com letra legível. – Dê um título a sua redação.
(FUVEST - 2009 - 2 fase - Redao) Fronteira substantivo feminino Parte extrema de uma rea, regio etc., a parte limtrofe de um espao em relao a outro. Ex.: Havia patrulhas em toda a f. O marco, a raia, a linha divisria entre duas reas, regies, estados, pases etc. Ex.: O rio servia de f. entre as duas fazendas. Derivao: por extenso de sentido. o fim, o termo, o limite, especialmente do espao. Ex.: Para a cincia, o cu no tem f. Derivao: sentido figurado. o limite, o fim de algo de cunho abstrato.Ex.: Havia chegado f. da decncia. Fonte: Dicionrio Houaiss da Lngua Portuguesa. Adaptado. As fronteiras geogrficas so passveis de contnua mobilidade, dependendo dos movimentos sociais e polticos de um ou mais grupos de pessoas. Alm do significado geogrfico, fsico, o termo fronteira utilizado tambm em sentido figurado, especialmente, quando se refere a diferentes campos do conhecimento. Assim, existem fronteiras psicolgicas, fronteiras do pensamento, da cincia, da linguagem etc. Com base nas idias sugeridas acima, escolha uma ou at duas delas, como tema, e redija uma dissertao em prosa, utilizando informaes e argumentos que dem consistncia a seu ponto de vista. Instrues: - Lembre-se de que a situao de produo de seu texto requer o uso da modalidade escrita culta da lngua portuguesa. - D um ttulo para sua redao, que dever ter entre 20 e 30 linhas.
(FUVEST 2008) Tendo em conta as sugestões desses textos abaixo, além de outras informações que julgue relevantes, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema Reflexões e notícias sobre o mundo digital.
(FUVEST - 2007 - 2 fase - REDAO) REDAO Em primeiro lugar (...), pode-se realmente viver a vida sem conhecer a felicidade de encontrar num amigo os mesmos sentimentos? Que haver de mais doce que poder falar a algum como falarias a ti mesmo? De que nos valeria a felicidade se no tivssemos quem com ela se alegrasse tanto quanto ns prprios? Bem difcil te seria suportar adversidades sem um companheiro que as sofresse mais ainda. (...) Os que suprimem a amizade da vida parecem-me privar o mundo do sol: os deuses imortais nada nos deram de melhor, nem de mais agradvel. Ccero, Da amizade. Aprecio no mais alto grau a resposta daquele jovem soldado, a quem Ciro perguntava quanto queria pelo cavalo com o qual acabara de ganhar uma corrida, e se o trocaria por um reino: Seguramente no, senhor, e no entanto eu o daria de bom grado se com isso obtivesse a amizade de um homem que eu considerasse digno de ser meu amigo. E estava certo ao dizer se, pois se encontramos facilmente homens aptos a travar conosco relaes superficiais, o mesmo no acontece quando procuramos uma intimidade sem reservas. Nesse caso, preciso que tudo seja lmpido e oferea completa segurana. Montaigne, Da amizade (adaptado). Amigo coisa pra se guardar, Debaixo de sete chaves, Dentro do corao... Assim falava a cano Que na Amrica ouvi... Mas quem cantava chorou, Ao ver seu amigo partir... Mas quem ficou, No pensamento voou, Com seu canto que o outro lembrou. (...) Fernando Brant / Milton Nascimento, Cano da Amrica. E sei que a poesia est para a prosa Assim como o amor est para a amizade. E quem h de negar que esta lhe superior? (...) Caetano Veloso, Lngua. Considere os textos e a instruo abaixo: INSTRUO: A amizade tem sido objeto de reflexes e elogios de pensadores e artistas de todas as pocas. Os trechos sobre esse tema, aqui reproduzidos, pertencem a um pensador da Antigidade Clssica (Ccero), a um pensador do sculo XVI (Montaigne) e a compositores da msica popular brasileira contempornea. Voc considera adequadas as ideias neles expressas? Elas so atuais, isto , voc julga que elas tm validade no mundo de hoje? O que sua prpria experincia lhe diz sobre esse assunto? Tendo em conta tais questes, alm de outras que voc julgue pertinentes, redija uma DISSERTAO EM PROSA, argumentando de modo a expor seu ponto de vista sobre o assunto.
Texto 1 O trabalho no uma essncia atemporal do homem. Ele uma inveno histrica e, como tal, pode ser transformado e mesmo desaparecer. Adaptado de A.Simes Texto 2 H algumas dcadas, pensava-se que o progresso tcnico e o aumento da capacidade de produo permitiriam que o trabalho ficasse razoavelmente fora de moda e a humanidade tivesse mais tempo para si mesma. Na verdade, o que se passa hoje que uma parte da humanidade est se matando de tanto trabalhar, enquanto a outra parte est morrendo por falta de emprego. M.A. Marques Texto 3 O trabalho de arte um processo. Resulta de uma vida. Em 1501, Michelangelo retorna de viagem a Florena e concentra seu trabalho artstico em um grande bloco de mrmore abandonado. Quatro anos mais tarde fica pronta a escultura David. Adaptado de site da Internet INSTRUO: Os trs textos acima apresentam diferentes vises de trabalho. O primeiro procura conceituar essa atividade e prever seu futuro. O segundo trata de suas condies no mundo contemporneo e o ltimo, ilustrado pela famosa escultura de Michelangelo, refere-se ao trabalho de artista. Relacione esses trs textos e com base nas ideias neles contidas, alm de outras que julgue relevantes, redija uma DISSERTAO EM PROSA, argumentando sobre o que leu acima e tambm sobre os outros pontos que voc tenha considerado pertinentes.
(FUVEST 2006) Um homem precisa viajar. Por sua conta, no por meio de histrias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e ps, para entender o que seu. Para um dia plantar as suas prprias rvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para conhecer o calor. E o oposto. Sentir a distncia e o desabrigo para estar bem sob o prprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que no conhece para quebrar essa arrogncia que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e no simplesmente como ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que no vimos, quando deveramos ser alunos, e simplesmente ir ver. Amyr Klink, Mar sem fim. A repetio de precisa viajar acentua, no contexto, o valor daquelas experincias que
(FUVEST - 2005 - 1 FASE)Considere a foto e os textos abaixo: Catraca invisvel ocupa lugar de esttua Sem que ningum saiba como e muito menos o por qu uma catraca enferrujada foi colocada em cima de um pedestal no largo do Arouche (centro de So Paulo). o monumento catraca invisvel, informa uma placa preta com moldura e letras douradas, colocada abaixo do objeto, onde ainda se l: Programa para a descatracalizao da vida, Julho de 2004. (Foto ao lado) (Adaptado de Folha de S. Paulo, 04 de setembro de 2004) [Catraca = borboleta: dispositivo geralmente formado por trs ou quatro barras ou alas giratrias, que impede a passagem de mais de uma pessoa de cada vez, instalado na entrada e/ou sada de nibus, estaes, estdios etc. para ordenar e controlar o movimento de pessoas, cont-las etc.] Grupo assume autoria da catraca invisvel Um grupo artstico chamado Contra Fil assumiu a responsabilidade pela colocao de uma catraca enferrujada no largo do Arouche (regio central). A interveno elevou a catraca ao status de monumento descatracalizao da vida e fez parte de um programa apresentado no Sesc da Avenida Paulista, paralelamente ao Frum das Cidades. No site do Sesc, o grupo afirma que a catraca representa um objeto de controle biopoltico do capital e do governo sobre os cidados. (Adaptado de Folha de S. Paulo, 09 de setembro de 2004) Em site sobre o assunto, assim foi explicado o projeto do grupo Contra Fil: O Contra Fil desenvolveu o PROGRAMA PARA A DESCATRACALIZAO DA PRPRIA VIDA. A catraca representa um signo revelador do controle biopoltico, atravs de foras visveis e/ou invisveis. Por quantas catracas passamos diariamente? Por quantas no passamos, apesar de termos a sensao de passar? (http://lists.indymedia.org/pipemail/cmi-brasil-video/2004-july/0726-ct.html) INSTRUO. Como voc pde verificar, observando o noticirio da imprensa e o texto da Internet aqui reproduzidos, a catraca que apareceu em uma praa de So Paulo era, na verdade, um Monumento catraca invisvel, ali instalado pelo grupo artstico Contra Fil, como parte de seu Programa para a descatracalizao da vida. Tudo indica, portanto, que o grupo responsvel por este programa acredita que h um excesso de controles, dos mais variados tipos, que se exercem sobre os corpos e as mentes das pessoas, submetendo-as a constantes limitaes e constrangimentos. Tendo em vista as motivaes do grupo, voc julga que o programa por ele desenvolvido se justifica? Considerando essa questo, alm de outras que voc ache pertinentes, redija uma DISSERTAO EM PROSA, argumentando de modo a apresentar seu ponto de vista sobre o assunto.
(FUVEST - 2004 - Redao) Nos trs textos abaixo, manifestam-se diferentes concepes do tempo; o autor de cada um deles expe uma determinada relao com a passagem do tempo. Leia-os com ateno: Texto I Mais do que nunca a histria atualmente revista ou inventada por gente que no deseja o passado real, mas somente um passado que sirva a seus objetivos. (...) Os negcios da humanidade so hoje conduzidos especialmente por tecnocratas, resolvedores de problemas, para quem a histria quase irrelevante; por isso, ela passou a ser mais importante para nosso entendimento do mundo do que anteriormente. (Eric Hobsbawm, Tempos interessantes: uma vida no sculo XX) Texto II O que existe o dia-a-dia. Ningum vai me dizer que o que aconteceu no passado tem alguma coisa a ver com o presente, muito menos com o futuro. Tudo hoje, tudo j. Quem no se liga na velocidade moderna, quem no acompanha as mudanas, as descobertas, as conquistas de cada dia, fica parado no tempo, no entende nada do que est acontecendo. (Herberto Linhares, depoimento) Texto III No se afobe, no, Que nada pra j, O amor no tem pressa, Ele pode esperar em silncio Num fundo de armrio, Na posta-restante, Milnios, milnios No ar ... E quem sabe, ento, O Rio ser Alguma cidade submersa. Os escafandristas viro Explorar sua casa, Seu quarto, suas coisas, Sua alma, desvos ... Sbios em vo Tentaro decifrar O eco de antigas palavras, Fragmentos de cartas, poemas, Mentiras, retratos, Vestgios de estranha civilizao. No se afobe, no, Que nada pra j, Amores sero sempre amveis. Futuros amantes qui Se amaro, sem saber, Com o amor que eu um dia Deixei pra voc. (Chico Buarque, Futuros amantes) Redija uma DISSERTAO EM PROSA, na qual voc apontar, sucintamente, as diferentes concepes do tempo, presentes nos trs textos, e argumentar em favor da concepo do tempo com a qual voc mais se identifica.
(FUVEST - 2003 - REDAO) Leia atentamente os trs textos abaixo. Texto I Est no dicionrio Houaiss: auto-estima s.f. qualidade de quem se valoriza, se contenta com seu modo de ser e demonstra, conseqentemente, confiana em seus atos e julgamentos. A definio do dicionrio parece limitar-se ao mbito do indivduo, mas a palavra autoestima j h algum tempo associada a uma necessidade coletiva. Por exemplo: ns, brasileiros, precisamos fortalecer nossa auto-estima. Neste caso, a satisfao com nosso modo de ser, como povo, nos levaria confiana em nossos atos e julgamentos. Mas talvez seja o caso de perguntar: no so os nossos atos e julgamentos que acabam por fortalecer ou enfraquecer nossa autoestima, como indivduos ou como povo? Texto II Esto num poema de Drummond, da dcada de vinte, os versos: E a gente viajando na ptria sente saudades da ptria. (...) Aqui ao menos a gente sabe que tudo uma canalha s. Texto III Est num artigo do jornalista Zuenir Ventura, de dois anos atrs: De um pas em crise e cheio de mazelas, onde, segundo o IBGE, quase um quarto da populao ganha R$ 4 por dia, o que se esperaria? Que fosse a morada de um povo infeliz, ctico e pessimista, no? No. Por incrvel que parea, no. Os brasileiros no s consideram seu pas um lugar bom e timo para viver, como esto otimistas em relao a seu futuro e acreditam que ele se transformar numa superpotncia econmica em cinco anos. Pelo menos essa a concluso de um levantamento sobre a utopia brasileira realizado pelo Datafolha. Com o apoio dos trs textos apresentados, escreva uma dissertao em prosa, na qual voc dever discutir manifestaes concretas de afirmao ou de negao da auto-estima entre os brasileiros. Apresente argumentos que dem sustentao ao ponto de vista que voc adotou.
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) Observao: No Vestibular de 1999, a FUVEST props aos candidatos que avaliassem a atual gerao de jovens, isto , a gerao de que eles prprios faziam parte. Desta vez, muda-se a perspectiva e prope-se aos candidatos que avaliem a gerao precedente: a de seus formadores. Assim, o tema para este ano : Como voc avalia os responsveis por sua formao, ou seja, seus pais e familiares, professores, orientadores religiosos, lderes polticos, intelectuais, autoridades etc.? Visando ao desenvolvimento do tema, voc poder, se quiser, refletir sobre as seguintes questes: quais foram os principais responsveis por sua formao? Quais so as caractersticas mais marcantes que apresentam? Voc julga que eles assumiram, de fato, sua funo de formadores? Em que aspectos a formao que lhe proporcionaram foi satisfatria ou insatisfatria? Voc poder, ainda, identificar os valores que so realmente importantes para eles, opinando sobre esses valores. Poder, tambm, considerar se eles so, em si mesmos, pessoas ntegras e felizes e se, assim, constituem bons modelos de vida. Considerando aspectos como os acima sugeridos ou, ainda, escolhendo outros que voc julgue mais importantes para tratar do tema, redija, com sinceridade e plena liberdade de opinio, uma DISSERTAO EM PROSA, em linguagem adequada situao, procurando argumentar com pertinncia e coerncia.
REDAO Um dia sim, outro tambm. Duas bombas, susticas nazistas e muitas mensagens pregando a tolerncia zero a negros, judeus, homossexuais e nordestinos marcaram a Semana da Ptria em So Paulo. O primeiro petardo foi direcionado na segunda-feira 4, para o coordenador da Anistia Internacional. Tratava-se de uma bomba caseira, postada numa agncia dos Correios de Pinheiros com endereo certo: a casa do coordenador. Uma hora e meia depois, foi a vez de o secretrio de Segurana e de os presidentes das comisses Municipal e Estadual de Direitos Humanos receberem cartas ameaadoras. Assinando Ns os skinheads (cabea raspada), os autores abusaram da linguagem chula, do dio e da intolerncia. Vamos destruir todos os viados, pretos e nordestinos, prometeram. Eles asseguravam tambm j terem escolhido os representantes daqueles que no se enquadram no que chamam de raa pura para receberem alguns presentinhos. Como prometeram, era s o comeo. No dia seguinte, tera-feira 5, o mesmo grupo mandou outra bomba, dessa vez para a associao da Parada do Orgulho Gay. (Isto , 08/09/2000) Desde ento [os anos 80], o poder racista alastrou-se por todo o mundo numa torrente de excessos sanguinolentos. Tambm na Alemanha, imigrantes e refugiados foram mortos friamente por maltas de radicais de direita em atentados incendirios. At hoje, a esfera pblica minimiza tais crimes como obra de uns poucos jovens desclassificados. Na verdade, porm, o poder racista solta nas ruas o prenncio de uma reviravolta nas condies atmosfricas mundiais. (Robert Kurz) Um dos eventos realizados no final de abril deste ano no Chile foi uma conferncia internacional secreta de militantes extremistas de direita e organizaes neonazistas planejada e divulgada pela Internet. Foram convidados a participar do Primeiro Encontro Ideolgico Internacional de Nacionalismo e Socialismo representantes do Brasil, Uruguai, Argentina, Venezuela e Estados Unidos. (Isto , 08/09/2000) (...) Nos ltimos anos, grupos neonazistas tm se multiplicado. Tanto nos Estados Unidos e na Europa quanto aqui parece existir uma relao entre o desemprego estrutural do sistema capitalista e a ascenso desses grupos de inspirao neonazista. (Pgina da Internet) Toda proclamao contra o fascismo que se abstenha de tocar nas relaes sociais de que ele resulta como uma necessidade natural, desprovida de sinceridade. (Bertolt Brecht) Considerar algum como culpado, porque pertence a uma coletividade qual ele no escolheu pertencer, no caracterstica prpria s do racismo. Todo nacionalismo mais intenso, e at mesmo qualquer bairrismo, consideram sempre os outros (certos outros) como culpados por serem o que so, por pertencerem a uma coletividade qual no escolheram pertencer. (...) (Cornelius Castoriadis) A violncia a base da educao de cada um. (Resposta de um cidado annimo entrevistado pela TV sobre as razes da violncia) Estes textos (adaptados das fontes citadas) apresentam notcias sobre o crescimento do neonazismo e do neofascismo e, tambm, alguns pontos de vista sobre o sentido desse fenmeno. Com base nesses textos e em outras informaes e reflexes que julgue adequadas, redija uma DISSERTAO EM PROSA, procurando argumentar de modo claro e consistente.