(IME - 2011/2012 - 2ª FASE)
Texto II
Inércia: a Primeira Lei de Newton
As leis de Newton tratam da relação entre força e movimento. A primeira pergunta que elas procuram responder é: “O que acontece com o movimento de um corpo livre da ação de qualquer força?”
Podemos responder a essa pergunta em duas partes. A primeira trata do efeito da inexistência de forças sobre o corpo parado ou em repouso. A resposta é quase óbvia: se nenhuma força atua sobre o corpo em repouso, ele continua em repouso. A segunda parte trata do efeito da inexistência de forças sobre o corpo em movimento. A resposta, embora simples, já não é óbvia: se nenhuma força atua sobre o corpo em movimento, ele continua em movimento. Mas que tipo de movimento? Como não há força atuando sobre o corpo, a sua velocidade não aumenta, nem diminui, nem muda de direção. Portanto o único movimento possível do corpo na ausência de qualquer força atuando sobre ele é o movimento retilíneo uniforme.
A primeira lei de Newton reúne ambas as respostas num só enunciado: um corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme se nenhuma força atuar sobre ele. Em outras palavras, a Primeira Lei de Newton afirma que, na ausência de forças, todo corpo fica como está: parado se estiver parado, em movimento se estiver em movimento (retilíneo uniforme). Daí essa lei ser chamada de Princípio da Inércia.
O que significa inércia?
Inércia, na linguagem cotidiana, significa falta de ação, de atividade, indolência, preguiça ou coisa semelhante. Por essa razão, costuma-se associar inércia a repouso, o que não corresponde exatamente ao sentido que a Física dá ao termo. O significado físico de inércia é mais abrangente: inércia é “ficar como está”, ou em repouso ou em movimento. Devido à propriedade do corpo de “ficar como está” depender de sua massa, a inércia pode ser entendida como sinônimo de massa.
GASPAR, Alberto. Física: Mecânica. 1. ed. São Paulo: Ática, 2001. p. 114-115. (adaptado)
Texto III
Paciência
Composição : Lenine e Dudu Falcão
(1) Mesmo quando tudo pede
(2) Um pouco mais de calma
(3) Até quando o corpo pede
(4) Um pouco mais de alma
(5) A vida não para...
(6) Enquanto o tempo
(7) Acelera e pede pressa
(8) Eu me recuso, faço hora
(9) Vou na valsa
(10) A vida tão rara...
(11) Enquanto todo mundo
(12) Espera a cura do mal
(13) E a loucura finge
(14) Que isso tudo é normal
(15) Eu finjo ter paciência...
(16) O mundo vai girando
(17) Cada vez mais veloz
(18) A gente espera do mundo
(19) E o mundo espera de nós
(20) Um pouco mais de paciência...
(21) Será que é tempo
(22) Que lhe falta para perceber?
(23) Será que temos esse tempo
(24) Para perder?
(25) E quem quer saber?
(26) A vida é tão rara
(27) Tão rara...
(28) Mesmo quando tudo pede
(29) Um pouco mais de calma
(30) Até quando o corpo pede
(31) Um pouco mais de alma
(32) Eu sei, a vida não para
(33) A vida não para, não...
(34) Será que é tempo
(35) Que lhe falta para perceber?
(36) Será que temos esse tempo
(37) Para perder?
(38) E quem quer saber?
(39) A vida é tão rara
(40) Tão rara...
(41) Mesmo quando tudo pede
(42) Um pouco mais de calma
(43) Até quando o corpo pede
(44) Um pouco mais de alma
(45) Eu sei, a vida não para
(46) A vida não para...
(47) A vida não para...
Disponível em:<http://www.vagalume.com.br/lenine/paciencia.html> Acesso em 01 jun 11
Quanto aos textos II e III é possível depreender que
o eu lírico, no texto III, faz um questionamento sobre a continuidade da vida que vai ao encontro do conceito acadêmico de inércia apresentado no texto II.
só é possível relacionar as percepções do eu lírico ao conceito popular de inércia apresentado no texto II, já que se trata de uma canção.
os dois textos tratam de assuntos que não guardam semelhança alguma.
o movimento de que trata o eu lírico no texto III não enfatiza o raciocínio físico que predomina no texto II.
os dois textos buscam resposta para um questionamento científico.