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VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(ITA - 2005 - 1FASE)TEXTO 2A Universidade s o come

Português | Interpretação de texto | figuras de linguagem | figuras de palavras | metáfora
Português | Interpretação de texto | noção de texto | fatores linguísticos e pragmáticos | fatores semânticos e linguísticos da textualidade
ITA 2005ITA PortuguêsTurma ITA-IME

(ITA - 2005 - 1ª FASE)

TEXTO 2

A Universidade é só o começo

Na última década, a universidade viveu uma espécie de milagre da multiplicação dos diplomas. O número de graduados cresceu de 225 mil no final dos anos 80 para 325 mil no levantamento mais recente do Ministério da Educação em 2000. 

A entrada no mercado de trabalho desse contingente, porém, não vem sendo propriamente triunfal como uma festa de formatura. Engenheiros e educadores, professores e administradores, escritores e sobretudo empresários têm sussurrado uma frase nos ouvidos dessas centenas de milhares de novos graduados: “O diploma está nu”.

Passaporte   tranqüilo para o emprego na década de 80, o certificado superior vem sendo exigido com cada vez mais vistos.

Considerado um dos principais pensadores da educação no país, o economista Cláudio de Moura Castro sintetiza a relação atual do diploma com o mercado de trabalho em uma frase: “Ele é necessário, mas não suficiente”. O raciocínio é simples. Com o aumento do número de graduados no mercado, quem não tem um certificado já começa em desvantagem.  

Conselheiro-chefe de educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento durante anos, ele compara o sem-diploma a alguém “em um mato sem cachorro no qual os outros usam armas automáticas e você um tacape”. Por outro lado, o economista-educador diz que ter um fuzil, seja lá qual for, não garante tanta vantagem assim nessa floresta.  

Para Robert Wong, o diagnóstico é semelhante. Só muda a metáfora. Principal executivo na América do Sul da Korn/Ferry International, maior empresa de recrutamento de altos executivos do mundo, ele equipara a SISTEMA DE ENSINO acadêmica com a potência do motor de um carro.

Equilibrados demais acessórios, igualado o preço, o motor pode desempatar a escolha do consumidor. “Tudo sendo igual, a escolaridade faz a diferença.”

Mas assim como Moura Castro, o head hunter defende a idéia de que um motor turbinado não abre automaticamente as portas do mercado. Wong conta que no mesmo dia da entrevista à Folha [Jornal Folha de S. Paulo] trabalhava na seleção de um executivo para uma multinacional na qual um dos principais candidatos não tinha experiência acadêmica. “É um self-made man.”

Brasileiro nascido na China, Wong observa que é em países como esses, chamados “em desenvolvimento”, que existem mais condições hoje para o sucesso de profissionais como esses, de perfil empreendedor. (...)

(Cassiano Elek Machado. A universidade é só o começo. Folha de S. Paulo, 27/07/2002. Disponível na Internet: http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse. Data de acesso: 24/08/2004)

 

No texto 2, os especialistas que expressam suas opiniões usam de algumas metáforas. Assinale a opção em que o termo metafórico não corresponde ao elemento que ele substitui.

A

tacape / diploma universitário

B

fuzil / diploma universitário

C

floresta / mercado de trabalho

D

potência do motor / diploma universitário

E

carro / candidato a um emprego