(ITA - 2009 - 1ª FASE)
[1] A vegetação do cerrado é influenciada pelas características do solo e do clima, bem como pela freqüência de incêndios. O excesso de alumínio provoca uma alta acidez no solo, o que diminui a disponibilidade de nutrientes e o torna tóxico para plantas não adaptadas. A hipótese do escleromorfismo oligotrófico defende que a elevada toxicidade do solo e a baixa fertilidade das plantas levariam ao nanismo e à [5] tortuosidade da vegetação.
Além disso, a variação do clima nas diferentes estações (sazonalidade) tem efeito sobre a quantidade de nutrientes e o nível tóxico do solo. Com baixa umidade, a toxicidade se eleva e a disponibilidade de nutrientes diminui, influenciando o crescimento das plantas.
Já outra hipótese propõe que o formato tortuoso das árvores do cerrado se deve à ocorrência de [10] incêndios. Após a passagem do fogo, as folhas e gemas (aglomerados de células que dão origem a novos galhos) sofrem necrose e morrem. As gemas que ficam nas extremidades dos galhos são substituídas por gemas internas, que nascem em outros locais, quebrando a linearidade do crescimento.
Quando a freqüência de incêndios é muito elevada, a parte aérea (galhos e folhas) do vegetal pode não se desenvolver e ele se torna uma planta anã. Pode-se dizer, então, que a combinação entre sazonalidade, [15] deficiência nutricional dos solos e ocorrência de incêndios determina as características da vegetação do cerrado. (André Stella e Isabel Figueiredo. Ciência hoje, março/2008, adaptado.)
*os números entre colchetes indicam as linhas do texto original.
Abaixo são apresentadas três das acepções da palavra “hipótese”, extraídas do Dicionário Houaiss eletrônico 5.0, CD-ROM:
Substantivo feminino
I. suposição, conjectura, pela qual a imaginação antecipa o conhecimento, com o fim de explicar ou prever a possível realização de um fato e deduzir-lhe as conseqüências; pressuposição, presunção
II. proposição (ou conjunto de proposições) antecipada provisoriamente como explicação de fatos, fenômenos naturais, e que deve ser ulteriormente verificada pela dedução ou pela experiência; conjectura
III. aquilo que se toma como dados de um problema (ou como enunciações) a partir do qual se parte para demonstrar um teorema.
A palavra “hipótese”, usada duas vezes no texto (linhas 3 e 9), corresponde apenas à(s) acepção(ões)
I.
I e II.
II.
II e III.
III.