(ITA - 2013 - 1ª FASE)
Eu e o sertão
Patativa do Assaré
Sertão, arguém te cantô
Eu sempre tenho cantado
E ainda cantando tô,
Pruquê, meu torrão amado,
Munto te prezo, te quero
E vejo qui os teus mistero
Ninguém sabe decifrá
A tua beleza é tanta,
Qui o poeta canta, canta
E inda fica o que cantá.
[...]
(Cante lá que eu canto cá. Petrópolis: Vozes, 1982)
O segmento do poema acima apresenta
um testemunho de quem conhece o ambiente retratado.
humor e ironia numa linguagem simples típica do sertanejo.
uma descrição detalhada do espaço.
a percepção do poeta de que seu canto é a melhor das interpretações.
perceptível distanciamento entre o poeta e o objeto do seu canto.