(ITA - 2016 - 1 FASE) No Texto 2, h predominncia do tom
(ITA - 2016 - 1 FASE) Conforme a norma padro da Lngua Portuguesa, o emprego de vrgulas opcional em
(ITA - 2016 - 1 FASE) O emprego das aspas em inteligncia (linha 10) e talento (linha 11) tem a funo de I. realar ironicamente essas palavras. II. retomar uma explicao dada anteriormente. III. destacar que essas palavras no so peculiares ao estilo do autor. Est(o) correta(s) apenas:
(ITA - 2016 - 1 FASE) Sobre Memrias pstumas de Brs Cubas, de Machado de Assis, INCORRETO afirmar que o protagonista
(ITA - 2016 - 1 FASE) Acerca das personagens femininas de O cortio, de Alusio Azevedo, podemos dizer que
(ITA - 2016 - 1 FASE) O poema abaixo de Jos Paulo Paes: Buclica O campons sem terra Detm a charrua E pensa em colheitas Que nunca sero suas (Em:Um por todos poesia reunida. So Paulo: Brasiliense, 1986) O texto apresenta
(ITA - 2016 - 1 FASE) No romance So Bernardo, de Graciliano Ramos, o desenlace trgico decorre sobretudo
(ITA - 2016 - 1 FASE) O poema a baixo de Ivan Junqueira. O texto, Flor amarela Atrs daquela montanha tem uma flor amarela; dentro da flor amarela, o menino que voc era. Porm, se atrs daquela montanha no houver a tal flor amarela o importante acreditar que por trs de outra montanha tem uma flor amarela com o menino que voc era guardado dentro dela. (Em:Poemas reunidos. Rio de Janeiro: Record, 1999) I. na 1 estrofe, trata da infncia por meio de metforas construdas com elementos naturais (montanha e flor amarela). II. na 2 estrofe, por meio da conjuno porm, rompe com a representao metafrica presente na 1 estrofe. III. na sequncia da 1 para a 2 estrofe, faz com que as metforas apontem mais para a interioridade do sujeito que para a exterioridade da natureza. Est(o) correta(s) apenas
(ITA - 2016 - 1 FASE) A adivinha um gnero da oralidade popular que formula construes como: O que , o que : tem escamas mas no peixe, tem coroa mas no rei? O abacaxi!. Ela consiste num jogo enigmtico de perguntas que, por conter dualidades e oposies, leva o ouvinte a pensar. Considerando essa definio, leia o poema abaixo de Orides Fontela. Adivinha O que impalpvel mas pesa o que sem rosto mas fere o que invissvel mas di. (Em:Teia. So Paulo: Gerao Editorial, 1996) Considere as seguintes afirmaes: I. O poema mantm alguns traos formais da adivinha popular. II. Como a adivinha popular, a do poema possui uma nica resposta, que um elemento concreto. III. A adivinha do poema uma reinveno da adivinha popular. Est(o) correta(s) apenas:
Texto 1 Vou confessar um pecado: s vezes, fao mal dades. Mas no fao por mal. Fao o que faziam os mestres zen com seus koans. Koans eram ras teiras que os mestres passavam no pensamento dos discpulos. Eles sabiam que s se aprende o novo quando as certezas velhas caem. E acontece que eu gosto de passar rasteiras em certezas de jovens e de velhos ... Pois o que eu fao o seguinte. L esto os jovens nos semforos, de cabeas raspadas e caras pintadas, na maior alegria, celebrando o fato de haverem passado no vestibular. Esto pedindo dinheiro para a festa! Eu paro o carro, abro a janela e na maior seriedade digo: No vou dar dinheiro. Mas vou dar um conselho. Sou professor emrito da Unicamp. O conselho este: salvem-se enquanto tempo!. A o sinal fica verde e eu continuo. Mas que desmancha-prazeres voc !, vocs me diro. verdade. Desmancha-prazeres. Prazeres ino - centes baseados no engano. Porque aquela alegria toda se deve precisamente a isto: eles esto enganados. Esto alegres porque acreditam que a uni - versidade a chave do mundo. Acabaram de chegar ao ltimo patamar. As celebraes tm o mesmo sentido que os eventos iniciticos nas culturas ditas primitivas, as provas a que tm de se submeter os jovens que passaram pela puberdade. Passadas as provas e os seus sofrimentos, os jovens deixaram de ser crianas. Agora so adultos, com todos os seus direitos e deveres. Podem assentar-se na roda dos homens. Assim como os nossos jovens agora podem dizer: Deixei o cursinho. Estou na universidade. Houve um tempo em que as celebraes eram justas. Isso foi h muito tempo, quando eu era jovem. Naqueles tempos, um diploma universitrio era garantia de trabalho. Os pais se davam como pron - tos para morrer quando uma destas coisas acontecia: 1) a filha se casava. Isso garantia o seu sustento pelo resto da vida; 2) a filha tirava o diploma de nor - malista. Isso garantiria o seu sustento caso no casas - se; 3) o filho entrava para o Banco do Brasil; 4) o filho tirava diploma. O diploma era mais que garantia de emprego. Era um atestado de nobreza. Quem tirava diploma no precisava trabalhar com as mos, como os mecnicos, pedreiros e carpinteiros, que tinham mos rudes e sujas. Para provar para todo mundo que no trabalhavam com as mos, os diplomados tratavam de pr no dedo um anel com pedra colorida. Havia pedras para todas as profisses: mdicos, advogados, msicos, en - genheiros. At os bispos tinham suas pedras. (Ah! Ia me esquecendo: os pais tambm se davam como prontos para morrer quando o filho entrava para o seminrio para ser padre aos 45 anos seria bispo ou para o exrcito para ser oficial aos 45 anos seria general.) Essa iluso continua a morar na cabea dos pais e introduzida na cabea dos filhos desde pequenos. Profisso honrosa profisso que tem diploma universitrio. Profisso rendosa a que tem diploma universitrio. Cria-se, ento, a fantasia de que as nicas opes de profisso so aquelas oferecidas pelas universidades. Quando se pergunta a um jovem O que que voc vai fazer?, o sentido dessa pergunta Quando voc for preencher os formulrios do vestibular, qual das opes oferecidas voc vai escolher?. E as op - es no oferecidas? Haver alternativas de trabalho que no se encontram nos formulrios de vestibular? Como todos os pais querem que seus filhos entrem na universidade e (quase) todos os jovens querem entrar na universidade, configura-se um mercado imenso, mas imenso mesmo, de pessoas desejosas de diplomas e prontas a pagar o preo. Enquanto houver jovens que no passam nos vestibulares das univer - sidades do Estado, haver mercado para a criao de universidades particulares. um bom negcio. Alegria na entrada. Tristeza ao sair. Forma-se, ento, a multido de jovens com diploma na mo, mas que no conseguem arranjar emprego. Por uma razo aritmtica: o nmero de diplomados muitas vezes maior que o nmero de empregos. J sugeri que os jovens que entram na universidade deveriam aprender, junto com o curso nobre que frequentam, um ofcio: marceneiro, mecnico, co - zinhei ro, jardineiro, tcnico de computador, eletri cista, encanador, descupinizador, motorista de trator ... O rol de ofcios possveis imenso. Pena que, nas escolas, as crianas e os jovens no sejam informados sobre essas alternativas, por vezes mais felizes e mais rendosas. Tive um amigo professor que foi guindado, contra a sua vontade, posio de reitor de um grande colgio americano no interior de Minas. Ele odiava essa posio porque era obrigado a fazer discursos. E ele tremia de medo de fazer discursos. Um dia ele desapareceu sem explicaes. Voltou com a famlia para o seu pas, os Estados Unidos. Tempos depois, encontrei um amigo comum e perguntei: Como vai o Fulano?. Respondeu-me: Felicssimo. moto - rista de um caminho gigantesco que cruza o pas!. (Rubem Alves. Diploma no soluo, Folha de S.Paulo, 25/05/2004.) Texto 2 Com o declnio da velha lavoura e a quase concomitante ascenso dos centros urbanos, preci - pitada grandemente pela vinda, em 1808, da Corte Portuguesa e depois pela Independncia, os senho - rios rurais principiam a perder muito de sua posio privilegiada e singular. Outras ocupaes reclamam agora igual eminncia, ocupaes nitidamente citadinas, como a atividade poltica, a burocracia, as profisses liberais. bem compreensvel que semelhantes ocupaes venham a caber, em primeiro lugar, gente principal do pas, toda ela constituda de lavradores e donos de engenhos. E que, transportada de sbito para as cidades, essa gente carregue consigo a mentalidade, os preconceitos e, tanto quanto possvel, o teor de vida que tinham sido atributos especficos de sua primitiva condio. No parece absurdo relacionar a tal circunstncia um trao constante de nossa vida social: a posio suprema que nela detm, de ordinrio, certas qualidades de imaginao e inteligncia, em prejuzo das manifestaes do esprito prtico ou positivo. O prestgio universal do talento, com o timbre particular que recebe essa palavra nas regies, sobretudo, onde deixou vinco mais forte a lavoura colonial e escravocrata, como o so eminentemente as do Nordeste do Brasil, provm sem dvida do maior decoro que parece conferir a qualquer indivduo o simples exerccio da inteligncia, em contraste com as atividades que requerem algum esforo fsico . O trabalho mental, que no suja as mos e no fatiga o corpo, pode constituir, com efeito, ocupao em todos os sentidos digna de antigos senhores de escravos e dos seus herdeiros. No significa foro - samente, neste caso, amor ao pensamento especulativo, a verdade que, embora presumindo o contrrio, dedicamos, de modo geral, pouca estima s especulaes intelectuais mas amor frase sonora, ao verbo espontneo e abundante, erudio ostentosa, expresso rara. E que para bem corres - ponder ao papel que, mesmo sem o saber, lhe con - ferimos, inteligncia h de ser ornamento e prenda, no instrumento de conhecimento e de ao. Numa sociedade como a nossa, em que certas virtudes senhoriais ainda merecem largo crdito, as qualidades do esprito substituem, no raro, os ttulos honorficos, e alguns dos seus distintivos materiais, como o anel de grau e a carta de bacharel, podem equivaler a autnticos brases de nobreza. Alis, o exerccio dessas qualidades que ocupam a inteligncia sem ocupar os braos, tinha sido expressamente considerado, j em outras pocas, como pertinente aos homens nobres e livres, de onde, segundo parece, o nome de liberais dado a determinadas artes, em oposio s mecnicas que pertencem s classes servis. (Srgio Buarque de Holanda. Razes do Brasil. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984, p. 50-51) INSTRUES PARA REDAO Com base no contedo dos textos de Rubem Alves e Srgio Buarque de Holanda, extraia o tema da redao. Sobre ele redija uma dissertao em prosa, na folha a ela destinada, argumentando em favor de um ponto de vista. No copie, nem parafraseie os textos desta prova. Os dados das tabelas abaixo podem auxiliar na construo de sua argumentao. A redao deve ser feita com caneta azul ou preta. Na avaliao de sua redao, sero considerados: a) clareza e consistncia dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o tema; b) coeso e coerncia do texto; e c) domnio do portugus padro. Ateno: A Banca Examinadora aceitar qualquer posicionamento ideolgico do candidato. Nas duas tabelas abaixo, so apresentados os valores mdios de salrios mensais de seis profisses. Para o exerccio das trs primeiras, necessrio ter formao universitria, enquanto para as trs seguintes, a formao pode ser tcnica ou adquirida pela experincia de trabalho, como o caso de diversas profisses manuais no Brasil. Os dados so de 2005 e esto em moedas locais. Observaes: H variaes nos valores mdios dos salrios, dependendo: (a) da especialidade, no caso de mdicos e dentistas; (b) do empregador, se pblico ou privado; (c) da cidade ou regio de cada pas. Os impostos so em mdia, pois h variaes nos descontos, dependendo do estado civil do empregado, do nmero de filhos e suas respectivas idades, dentre outros fatores conforme o pas.
(ITA - 2016 - 1 FASE) O efeito de humor da tirinha abaixo se deve