(ITA - 2023 - 1ª FASE)
Em relação à linguagem de Os ratos, de Dyonélio Machado, é correto afirmar que ela
respeita completamente a norma culta, como no seguinte exemplo: “Passando um mercadinho — é um pequeno escritório: uma porta e uma janela. Ao lado da porta, uma placa quadrada, de ferro esmaltado. Eles entram. — Me chame o seu Fernandes — diz o Duque para um menino que se acha sentado à escrivaninha.” (p. 86).
é ágil e rápida, adequada ao ritmo intenso da narrativa, como no seguinte exemplo: “Entrando pouco a pouco na calma outra vez. Raciocinante. É conveniente comprar fichas. Com quinze mil réis em fichas já tem margem pra muito jogo. Encaminha-se para o guichê. Volta com uma pilha de rodelas na mão.” (p. 63).
desrespeita a norma culta e ainda é lenta e entediante, como no seguinte exemplo: “Ouve-se um baque, lá fora. Eles levantam a cabeça, atentos. — É o portãozinho. — Deixa que eu vou fechar — e Naziazeno se ergue vivamente. — Bota o casaco. — Não precisa. — E sai.” (p. 113).
embora apresente elementos de oralidade, não é totalmente coloquial, distinguindo a palavra do narrador e das personagens, como no seguinte exemplo: “Não enxerga o Duque nos lugares habituais... E, entretanto, é a ‘hora dele’.” (p. 30).
jamais apresenta uso de discurso direto. Por exemplo: “Ele se senta. Dirige-lhes duas ou três palavras. — O Naziazeno tem um grande aperto hoje — informa-lhe Alcides.”