(PUC-PR -2010) No sistema tico do filsofo medieval Santo Toms de Aquino, a Prudncia aparece como uma das virtudes principais. Sobre ela, pode-se afirmar: I. A Prudncia, para o autor, est ligada capacidade de tomar a deciso certa no momento exato e no significa apenas cautela ou cuidado antes da ao, conforme se pensa em nossos dias. II. Nesse sentido, a Prudncia est ligada a uma certa sabedoria prtica, envolvendo uma anlise correta da realidade atravs da razo. III. A Prudncia est ligada capacidade de bem deliberar, ou seja, seu objeto atingir a verdade da vida prtica (uma sabedoria prtica), a fim de bem guiar as aes humanas. IV. A Prudncia a principal das trs virtudes cardeais e deve reg-las. Est(o) correta(s):
(PUC-PR - 2010) A respeito da noo de homem (portanto, da antropologia filosfica) presente nesta obra de Rousseau (Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens), CORRETO afirmar que: I. Para o autor, o homem nasce puro e permanece bom na medida em que segue a natureza. II. A sociedade contribui para o crescimento do ser humano, porque potencializa nele as virtudes naturais, contribuindo para que ele se torne ainda mais virtuoso. III. A sociedade perverte o ser humano e, se o dever lhe parece uma imposio externa, justamente porque sua bondade natural foi pervertida pela sociedade. IV. A perverso da natureza humana advm do surgimento da propriedade privada e dos interesses privados em geral, os quais contribuem para que o homem se torne egosta, mentiroso e destrutivo.
(PUC-PR 2010) A obra de Jean-Jacques Rousseau, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, tem como questo central discutir se a desigualdade entre os homens civilizados tem uma origem (e, portanto, uma legitimidade) natural. Quanto concluso do autor, que se apresenta como tese principal da obra, CORRETO afirmar que: I. A desigualdade social no tem nenhuma legitimidade natural. II. A desigualdade natural legitima a desigualdade social, j que os mais fortes se apropriaram legitimamente dos bens da natureza a seu favor. III. A desigualdade econmica e social surge da propriedade privada, que corrompe os costumes e cria uma falsa associao poltica. IV. A desigualdade seria parte do estado de natureza do ser humano e constituiria legitimamente a sua essncia.
(PUC - PR 2010) Em Vigiar e Punir, obra do filsofo francs Michel Foucault, podemos ler: Duas imagens, portanto, da disciplina. Num extremo, a disciplina-bloco, a instituio fechada, estabelecida margem, e toda voltada para funes negativas: fazer parar o mal, romper as comunicaes, suspender o tempo. No outro extremo, com o panoptismo, temos a disciplinamecanismo: um dispositivo funcional que deve melhorar o exerccio do poder tornando-o mais rpido, mais leve, mais eficaz, um desenho das coeres sutis para uma sociedade que est por vir. O movimento que vai de um projeto ao outro, de um esquema da disciplina de exceo ao de uma vigilncia generalizada, repousa sobre uma transformao histrica: a extenso progressiva dos dispositivos de disciplina ao longo dos sculos XVII e XVIII, sua multiplicao atravs de todo o corpo social, a formao do que se poderia chamar grosso modo a sociedade disciplinar. (Vigiar e Punir, Terceira parte, Disciplina, p. 172). Levando em conta essa passagem, CORRETO afirmar que: I. Para o autor, h apenas uma forma de exerccio do poder: trata-se daquela representada pelos modelos fechados do poder central que usa o suplcio do corpo como forma de represso dos delitos. II. A partir dos sculos XVII e XVIII, verifica-se o crescimento de um modelo de exerccio da disciplina que usa como parmetro os mesmos moldes dos regimes absolutistas, ou seja, a punio direta sobre os corpos como forma de restituio do poder central. III. A sociedade disciplinar nasce da tentativa de forjar um mecanismo mais eficaz contra os delitos. IV. O panoptismo poderia ser entendido como um novo mecanismo de poder no qual se privilegiam a vigilncia e o controle sobre os indivduos. Trata-se do sistema de vigilncia da sociedade disciplinar.
(PUC-PR -2010) Aristteles afirma, na sua tica a Nicmaco, que todas as nossas aes visam a um fim e esse fim o seu bem, ou seja, aquilo a que todas as coisas tendem. De acordo com a posio do autor sobre esse tema, seria correto afirmar que: I. Todas as aes humanas visam a um fim, mas existe um fim supremo, que Aristteles chama de sumo bem ou bem supremo. II. Assim como todos os fins so objeto de estudo das cincias em geral, o sumo bem exige uma cincia (ou arte) tambm ela suprema, j que conhecer esse fim extremamente til, pelo fato de ele ter grande influncia sobre a vida humana. III. Para Aristteles a Poltica que deve ser considerada essa arte mestra, j que ela estuda o sumo bem, do qual todos os bens menores dependem. IV. Aristteles acha que o fim da vida humana a conquista da felicidade e ela est associada posse de riquezas e honras, alm de um acesso ilimitado aos prazeres.