(UERJ 2019)
“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”. A célebre frase que abre o segundo volume de O segundo sexo, de 1949, sintetiza as teses apresentadas por Simone de Beauvoir nas mais de 900 páginas de um estudo fascinante sobre a condição feminina. Beauvoir admite que as diferenças biológicas desempenham algum papel na construção da inferioridade feminina, mas defende que a importância social dada a essas diferenças é muito mais determinante para a opressão. Ser mulher não é nascer com determinado sexo, mas, principalmente, ser classificada de uma forma negativa pela sociedade. É ser educada, desde o nascimento, a ser frágil, passiva, dependente, apagada, delicada, discreta, submissa e invisível.
MIRIAN GOLDENBERG
Adaptado de www1.folha.uol.com.br, 10/03/2019.
As reflexões de Simone de Beauvoir na obra O segundo sexo continuam presentes nos debates atuais referentes ao feminismo e às condições de vida das mulheres, em diversas sociedades.
De acordo com o texto de Mirian Goldenberg, a abordagem realizada por Simone de Beauvoir valoriza princípios do seguinte tipo:
étnico-raciais
político-religiosos
histórico-culturais
econômico-científicos