(UFPR - 2013) No Brasil, desde 2011, tem havido diversas comemorações dos 150 anos da unificação italiana, relembrando os fortes laços culturais entre os dois países. Sobre a relação entre a unificação italiana e a imigração de italianos para as Américas, é correto afirmar:
A unificação italiana foi o resultado de uma série de revoltas populares, que culminaram em 1861 com a formação de uma república socialista sob a direção de Giuseppe Mazzini. A burguesia, que não concordava com o novo regime, emigrou para as Américas, levando capital suficiente para iniciar a industrialização em países como a Argentina, o Brasil e os Estados Unidos.
O processo da unificação italiana contou com a intensa participação do Império brasileiro, pois Dom Pedro II almejava estabelecer relações comerciais com os italianos. É notória a participação de Giuseppe Garibaldi na política brasileira do período imperial. Após a unificação, contudo, nem o Brasil nem os demais países aliados conseguiram levantar a Itália de uma profunda crise econômica, o que levou a uma grande leva emigratória para as Américas de 1880 a 1930.
A unificação italiana foi um processo iniciado no início do século XIX, que se concluiu em 1861, com uma monarquia constitucionalista, sob o comando de uma aliança entre burgueses e latifundiários, que afastou os setores populares do poder. Muitos italianos camponeses e trabalhadores saíram empobrecidos após a unificação, o que estimulou uma intensa emigração para as Américas entre 1880 e 1930, engrossando fileiras de trabalhadores agrícolas e operários.
A unificação italiana durou de 1861 a 1870, agregando estados independentes sob a dire ção do Reino de Piemonte-Sardenha. Porém, sua conclusão só foi possível após a unifica ção alemã, que marcou o fim da ingerência de Otto von Bismarck na política europeia. Após esse processo, o monarca instituído perseguiu duramente seus inimigos políticos, que emigraram para as Américas.