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VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(UFPR - 2015- 2 FASE)Boaventura de Souza Santos, s

(UFPR - 2015 - 2ª FASE)

Boaventura de Souza Santos, sociólogo contemporâneo, afirma, sobre as novas formas de participação social, que, apesar de mutuamente constituídos, capitalismo e colonialismo não se confundem. “O capitalismo pode desenvolver-se sem o colonialismo, enquanto relação política, como se verificou historicamente, mas não o pode fazer sem o colonialismo enquanto relação social, que podemos designar por colonialidade do poder e do saber. O conjunto de trocas extremamente desiguais assenta-se na privação da humanidade da parte mais fraca, como condição para a sobre-explorar ou para a excluir como descartável. O capitalismo, enquanto formação social, não tem de sobre-explorar todos os trabalhadores e por definição não pode excluir e descartar todas as populações, mas, por outro lado, não pode existir sem populações sobre-exploradas e sem populações descartáveis”. Também afirma: “Entendo por pós-colonialismo um conjunto de correntes teóricas e analíticas, com forte implantação nos estudos culturais, mas hoje presentes em todas as ciências sociais, que têm em comum darem primazia teórica e política às relações desiguais entre o Norte e o Sul na explicação ou na compreensão do mundo contemporâneo. Tais relações foram constituídas historicamente pelo colonialismo, e o fim do colonialismo enquanto relação política não acarretou o fim do colonialismo enquanto relação social, enquanto mentalidade e forma de sociabilidade autoritária e discriminatória. Para esta corrente, é problemático saber até que ponto vivemos em sociedades pós-coloniais”.

 

Com base na definição de pós-colonialismo apresentada por Boaventura de Souza Santos, discorra sobre as relações atuais entre capitalismo e colonialismo