(UFPR - 2022- 1ª fase)
Segundo Hannah Arendt, "para os gregos, forçar alguém mediante violência, ordenar ao invés de persuadir, eram modos pré-políticos de lidar com as pessoas, típicos da vida fora da polis, característicos do lar e da vida em família, na qual o chefe da casa imperava com poderes incontestes e despóticos”.
(ARENDT, Hannah. A Condição Humana. Trad. Celso Lafer. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997, p. 36.)
Considerando a passagem acima e a obra de que foi extraída, segundo H. Arendt, para os gregos antigos:
a família era considerada um tipo inferior de associação política.
não havia igualdade política, posto que havia dominação no âmbito familiar.
as mulheres, apesar de dominadas no âmbito familiar, eram livres para participar da esfera pública.
a comunidade política (a polis) deveria persuadir o chefe de família a abdicar de seus poderes despóticos.
a comunidade doméstica (a família) e a comunidade política (a polis) eram entendidas como formas de associação fundamentalmente distintas.