(UFPR - 2023) Pintar um rosto como objeto no despoj-lo do que traz pensado. Acho que o pintor o interpreta, diz Czanne, o pintor no imbecil. Mas esta interpretao no deve ser pensada separadamente da viso. [Ao] pintar todos os pequenos azuis e todos os pequenos marrons, [ele faz] olhar como ele olha... Ao diabo se duvidarem como, casando um verde matizado com um vermelho, entristece-se uma boca ou faz-se sorrir uma face. (MERLEAU-PONTY, Maurice. A dvida de Czanne. So Paulo: Abril Cultural, 1975. p. 118. Coleo Os Pensadores.) De acordo com essa passagem e com o ensaio de que foi retirada, correto afirmar que cabe ao pintor:
(UFPR - 2023) As afirmaes a seguir so de Hylas e foram todas retiradas do Dilogo entre Hylas e Philonous, de George Berkeley. Qual delas mostra que Hylas finalmente admitiu o idealismo defendido por seu interlocutor, Philonous? (BERKELEY, George. Trs dilogos entre Hylas e Philonous. Curitiba: UFPR. SCHLA, 2012, p. 29, 73, 37, 63 e 51, respectivamente.)
(UFPR - 2023) Os homens supem comumente que todas as coisas da natureza agem, como eles mesmos, em considerao de um fim, e at chegam a ter por certo que o prprio Deus dirige todas as coisas para determinado fim, pois dizem que Deus fez todas as coisas em considerao do homem, e que criou o homem para que lhe prestasse culto. (ESPINOSA, B. tica. So Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro I. Apndice. p. 117. Coleo Os Pensadores.) Nesta passagem, Espinosa:
(UFPR - 2023) [As] experincias comuns resultantes do lugar social que ocupam impedem que a populao negra acesse certos espaos. [] Quando falamos de direito existncia digna, voz, estamos falando de locus [lugar] social, de como este lugar imposto dificulta a possibilidade de transcendncia. Absolutamente no tem a ver com uma viso essencialista de que somente o negro pode falar de racismo, por exemplo. (RIBEIRO, Djamila. O que lugar de fala? Belo Horizonte: Editora Letramento, 2017. p. 64.) De acordo com a passagem acima e com a obra de que foi retirada, locus social o lugar:
(UFPR - 2022- 2 fase) Consideremos Roma. Apesar de no ter tido um legislador como Licurgo que, desde o princpio, ordenasse a repblica de tal modo que pudesse viver por longo tempo livre, foram tantos os acidentes que nela surgiram por causa da desunio que havia entre a plebe e o senado que aquilo que no fez um ordenador foi feito pelo acaso. MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a primeira dcada de Tito Livio. In: MARAL, J. (org.). Antologia de textos filosficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 429. Considerando a passagem acima e a obra de que foi retirada, enuncie trs ensinamentos polticos que Maquiavel retira de suas consideraes sobre Roma.
(UFPR - 2022- 2 fase) Tive o cuidado, onde quer que me desse ocasio, de remover os prejuzos que poderiam estorvar a aceitao de minhas demonstraes. [] Todos os prejuzos que me cumprem indicar dependem de um s, a saber: os homens supem comumente que todas as coisas da natureza agem, como eles mesmos, em considerao de um fim, e at chegam a ter por certo que o prprio Deus dirige todas as coisas para determinado fim, pois dizem que Deus fez todas as coisas em considerao do homem, e que criou o homem para que lhe prestasse culto. ESPINOSA, B. tica. So Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro I. Apndice. p. 122-123. Coleo Os Pensadores. Considerando a passagem acima e a obra de que foi retirada, responda: a) O que , de acordo com Espinosa, um prejuzo? b) Qual prejuzo o autor se prope a combater e por que importante combater esse prejuzo?
(UFPR - 2022- 2 fase) Jamais houve algum ordenador de leis extraordinrias em povo algum que no recorresse a Deus, porque, de outro modo, no teriam sido aceitas. MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a primeira dcada de Tito Livio. In: MARAL, J. (org.). Antologia de textos filosficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 442. D-se o caso de ser tido por herege e mpio, e como tal proclamado pelos que o vulgo venera como intrpretes da Natureza e dos deuses, quem quer que indague as verdadeiras causas do maravilhoso e se aplique a compreender como sbio os fenmenos da Natureza em vez de ficar pasmado como um tolo. ESPINOSA, B. tica. So Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro I. Apndice. p. 126-127. Coleo Os Pensadores. Considerando as passagens acima e as obras de que foram retiradas, compare as observaes feitas por Maquiavel e Espinosa acerca da religio, apontando no que elas divergem e no que elas convergem.
(UFPR - 2022- 2 fase) Segundo Djamila Ribeiro, o fato de uma pessoa negra dizer que no sentiu racismo no faz com que, por conta de sua localizao social, ela no tenha tido menos oportunidades e direitos. RIBEIRO, Djamila. O que : lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017. p. 64. O que a autora entende por localizao social? Relacione o conceito de localizao social ao conceito de lugar de fala (que d ttulo obra em que consta a afirmao acima citada).
(UFPR - 2022- 2 fase) No sculo XVI, Maquiavel escreveu que toda cidade deve ter modos prprios por meio dos quais o povo possa desafogar sua ambio. MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a Primeira dcada de Tito Livio. In: MARAL, J. (org.). Antologia de textos filosficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 437. No sculo XXI, Djamila Ribeiro escreve que o espao virtual tem sido um espao de disputas de narrativas; pessoas de grupo historicamente discriminados encontram a um lugar de existir, seja na criao de pginas, sites, seja em canais de vdeos, blogs. RIBEIRO, Djamila. O que : lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017. p. 49. Aproxime as duas afirmaes, mostrando o que h de similar entre elas.
(UFPR - 2022- 2 fase) As pesquisas de Czanne na perspectiva descobrem por sua fidelidade aos fenmenos o que a psicologia recente deveria formular. A perspectiva vivida, a de nossa percepo, no a perspectiva geomtrica ou fotogrfica: na percepo, os objetos prximos parecem menores, os distantes maiores, o que no sucede numa fotografia, como se v no cinema quando um trem se aproxima e cresce muito mais depressa que um trem real nas mesmas condies. MERLEAU-PONTY, Maurice. A dvida de Czanne. So Paulo: Abril Cultural, 1975. p. 117. Coleo Os Pensadores. Considerando a passagem acima e o ensaio de que foi retirada, explique a seguinte observao de Merleau-Ponty acerca da pintura de Czanne: sua pintura seria um paradoxo: procurar a realidade sem abandonar as sensaes (Idem, p. 306).
(UFPR - 2022- 2 fase) Philonous Agora pense, examine essas ideias e me diga se h algo nelas que possa existir sem a mente ou se voc pode conceber algo semelhante a elas existindo sem a mente. Hylas Pensando bem, para mim impossvel conceber ou entender como algo que no uma ideia pode ser semelhante a ela. E ainda mais evidente que nenhuma ideia pode existir sem a mente. Philonous Desse modo, voc forado pelos seus prprios princpios a rejeitar a realidade das coisas sensveis, tendo em vista que elas significavam uma existncia absoluta exterior mente. Em outras palavras, voc completamente ctico! Assim, provei meu ponto: mostrar que seus princpios levam ao ceticismo. BERKELEY, George. Trs dilogos entre Hylas e Philonous. Curitiba: UFPR. SCHLA, 2012. p. 85. Considerando a passagem acima e a obra de que foi retirada, qual alternativa Philonous oferece ao ceticismo que, segundo ele, decorre da crena de que algo possa existir independentemente da mente?
(UFPR - 2022- 1 fase) H em toda repblica dois humores diversos, quais sejam, aquele do povo e aquele dos grandes, () todas as leis que so feitas em favor da liberdade nascem desta desunio. (MAQUIAVEL. Discursos sobre a Primeira dcada de Tito Livio. Seleo de textos, traduo e notas Carlo Gabriel Kzsam Pancera. In: MARAL, J. (org.) Antologia de textos filosficos, SEED, 2009, p. 432.) De acordo com a passagem acima e com a obra de que foi extrada, correto afirmar que, segundo Maquiavel:
(UFPR - 2022- 1 fase) Ampliando suas investigaes para alm de suas capacidades, e deixando seus pensamentos vagarem em profundezas, a tal ponto de lhes faltar apoio seguro para o p, no de admirar que os homens levantem questes e multipliquem disputas acerca de assuntos insolveis, servindo apenas para prolongar e aumentar suas dvidas, e para confirm-los ao fim num perfeito ceticismo. (LOCKE. Ensaio acerca do entendimento humano. Trad. Anoar Aiex. Coleo Os Pensadores, vol. XVIII. So Paulo: Victor Civita, 1973, introduo, p. 147.) Considerando a passagem acima e a obra de que foi extrada, segundo Locke, os homens tornam-se cticos porque:
(UFPR - 2022- 1 fase) Segundo Hannah Arendt, para os gregos, forar algum mediante violncia, ordenar ao invs de persuadir, eram modos pr-polticos de lidar com as pessoas, tpicos da vida fora da polis, caractersticos do lar e da vida em famlia, na qual o chefe da casa imperava com poderes incontestes e despticos. (ARENDT, Hannah. A Condio Humana. Trad. Celso Lafer. Rio de Janeiro: Forense Universitria, 1997, p. 36.) Considerando a passagem acima e a obra de que foi extrada, segundo H. Arendt, para os gregos antigos:
(UFPR - 2022- 1 fase) No dilogo Hpias Maior, de Plato, Scrates declara: Recentemente, algum me ps em grande apuro, numa discusso em que eu rejeitava determinadas coisas como feias e elogiava outras por serem belas, havendo me perguntado em tom sarcstico, o interlocutor: qual o critrio, Scrates, para reconheceres o que belo e o que feio? Vejamos, poders dizer-me o que seja o belo?. Considerando a passagem acima e a obra de que foi extrada, correto afirmar que, de acordo com Scrates: