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Questões de Filosofia - UFPR | Gabarito e resoluções

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Questão 64
2019Filosofia

(UFPR - 2019- 1 FASE) Em determinado momento do dilogo de Hpias Menor, de Plato, Scrates declara que encontrou dificuldade para responder pergunta qual o critrio para reconheceres o que belo e o que feio?. De acordo com Plato, a dificuldade est em que:

Questão 65
2019Filosofia

(UFPR - 2019- 1 FASE) Para os filsofos contratualistas, o Estado pensado como tendo por origem um contrato entre os indivduos. Segundo Thomas Hobbes, como se cada homem dissesse a cada homem: autorizo e transfiro o meu direito de me governar a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condio de transferires para ele o teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as suas aes. (HOBBES, T. Leviat, cap. 17, In: MARAL, J. CABARRO, M.; FANTIN, M. E. (org.)Antologia de textos filosficos, Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 365.) A partir do enunciado, correto afirmar que Hobbes recorre ideia do contrato com o fim de:

Questão 66
2019Filosofia

(UFPR - 2019- 1 FASE) Nas primeiras linhas das Meditaes Metafsicas, Descartes declara que recebera muitas falsas opinies por verdadeiras e que aquilo que fundou sobre princpios mal assegurados devia ser muito duvidoso e incerto. (DESCARTES, R. Meditaes Metafsicas, In: MARAL, J. CABARRO, M.; FANTIN, M. E. (org.) Antologia de textos filosficos, Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 153.) A fim de dar bom fundamento ao conhecimento cientfico, Descartes entende que preciso:

Questão 67
2019Filosofia

(UFPR - 2019- 1 FASE) De acordo com Tales de Mileto, a gua origem e matriz de todas as coisas. Essa maneira de reduzir a multiplicidade das coisas a um nico elemento foi considerada uma das primeiras expresses da Filosofia, porque:

Questão 68
2019FilosofiaSociologia

(UFPR - 2019- 1 FASE) Eis como ainda no incio do sculo XVII se descrevia a figura ideal do soldado. O soldado antes de tudo algum que se reconhece de longe; que leva os sinais naturais de seu vigor e coragem, as marcas tambm de seu orgulho: seu corpo o braso de sua fora e de sua valentia. [...] Na segunda metade do sculo XVIII, o soldado tornou-se algo que se fabrica; de uma massa informe, de um corpo inapto, fez-se a mquina de que se precisa; corrigiram-se aos poucos as posturas; lentamente uma coao calculada percorre cada parte do corpo, se assenhoreia dele, dobra o conjunto, torna-o perpetuamente disponvel e se prolonga, em silncio, no automatismo dos hbitos. (FOUCAULT, Michel. Os corpos dceis. In: FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrpolis: Vozes, 1999, p. 162.) Levando em conta essa passagem e a obra em que est inserida, correto afirmar que, para Michel Foucault, instituies como escolas, quartis, hospitais e prises so exemplos de espaos em que, a partir do sculo XVIII, os indivduos:

Questão 81
2019FilosofiaSociologia

(UFPR - 2019- 1 FASE) Considere a passagem abaixo: A substituio do reino do dever ser, que marca a filosofia anterior, pelo reino do ser, da realidade, leva Maquiavel a se perguntar: como fazer reinar a ordem, como instaurar um Estado estvel? O problema central de sua anlise poltica descobrir como pode ser resolvido o inevitvel ciclo de estabilidade e caos. Ao formular e buscar resolver esta questo, Maquiavel provoca uma ruptura com o saber repetido pelos sculos. Trata-se de uma indagao radical e de uma nova articulao sobre o pensar e fazer poltica, que pe fim ideia de uma ordem natural eterna. A ordem, produto necessrio da poltica, no natural, nem a materializao de uma vontade extraterrena, e tampouco resulta do jogo de dados do acaso. Ao contrrio, a ordem tem um imperativo: deve ser construda pelos homens para se evitar o caos e a barbrie, e, uma vez alcanada, ela no ser definitiva, pois h sempre, em germe, o seu trabalho em negativo, isto , a ameaa de que seja desfeita. (SADEK, Maria Tereza. Nicolau Maquiavel: o cidado sem fortuna, o intelectual de virt. In: WEFFORT, Francisco (org.). Clssicos da poltica, vol. 01. So Paulo: tica, 2001. p. 17-18.) Considerando o argumento de Maria Tereza Sadek, em seu texto intitulado Nicolau Maquiavel: o cidado sem fortuna, o intelectual de virt, correto afirmar:

Questão 1
2018Filosofia

(UFPR - 2018 - 2 FASE) Outra coisa no fao seno andar por a persuadindo-vos, moos e velhos, a no cuidar aferradamente do corpo e das riquezas, como de melhorar o mais possvel a alma, dizendo-vos que dos haveres no vem a virtude para os homens, mas das virtudes vm os haveres e todos os outros bens particulares e pblicos. Se com esses discursos corrompo a mocidade, seriam nocivos esses preceitos; se algum afirmar que digo outras coisas e no essas, mente. Por tudo isso, atenienses, diria eu, quer atendais a nito, quer no, quer me dispenseis, quer no, no hei de fazer outra coisa, ainda que tenha de morrer muitas vezes. (PLATO. Defesa de Scrates. Trad. Jaime Bruna. Coleo Os Pensadores. Vol. II. So Paulo: Victor Civita, 1972, p. 21.) Com base no texto acima, responda: em que consiste a tarefa de Scrates? Ele est disposto a abandonar essa tarefa? Se est disposto ou no, como isso se evidencia no texto? Sob que condio os preceitos que Scrates prega seriam nocivos?

Questão 2
2018Filosofia

(UFPR - 2018 - 2 FASE) Logo, se acredito em demnios, estes ou so uma sorte de deuses e eu teria razo afirmando que ests propondo uma adivinha por brincadeira, dizendo que eu creio em deuses em vez de crer em deuses, pois que acredito em demnios ou so filhos de deuses, uma sorte de bastardos, nascidos de ninfas ou de outras mulheres a quem os atribui a tradio e que homem pode acreditar em filhos de deuses e no em deuses? Seria a mesma aberrao de quem acreditasse serem os machos filhos de guas e jumentos, sem crer em guas e jumentos. (PLATO. Defesa de Scrates. Trad. Jaime Bruna. Coleo Os Pensadores. Vol. II. So Paulo: Victor Civita, 1972, p. 19.) De qual acusao Scrates est se defendendo na passagem acima e em que sentido essa acusao poderia ser interpretada como uma adivinha, segundo Scrates?

Questão 3
2018Filosofia

(UFPR - 2018 - 2 FASE) to cmodo ser menor. Possuo um livro que faz as vezes de meu entendimento; um guru espiritual, que faz as vezes de minha conscincia; um mdico, que decide por mim a dieta etc.; assim no preciso eu mesmo dispender nenhum esforo. No preciso necessariamente pensar, se posso apenas pagar; outros se incumbiro por mim dessa aborrecida ocupao. (KANT, I. Resposta questo: O que esclarecimento? Trad. Vinicius de Figueiredo. In: MARAL, J.; CABARRO, M.; FANTIN, M. E. (Orgs.). Antologia de Textos Filosficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 407.) Na passagem citada acima, Kant apresenta alguns exemplos para sua tese de que o homem, mesmo j sendo adulto, prefere muitas vezes permanecer na menoridade. Considerando essa tese, discorra sobre a diferena entre menoridade e esclarecimento, em Kant, e explique em que sentido o homem pode ser considerado culpado por no atingir o esclarecimento.

Questão 4
2018Filosofia

(UFPR - 2018 - 2 FASE) O cidado no pode recusar-se a arcar com os impostos que lhe so cobrados; uma censura impertinente de tais taxas, na ocasio em que deve pag-las, pode at mesmo ser punida como um escndalo [...]. Apesar disso, o mesmo indivduo no age contra o dever de um cidado, quando, na condio de instrudo, exprime publicamente seus pensamentos contra a impropriedade ou mesmo injustia de tais imposies. (KANT, I. Resposta questo: O que esclarecimento? Trad. Vinicius de Figueiredo. In: MARAL, J.; CABARRO, M.; FANTIN, M. E. (Orgs.). Antologia de Textos Filosficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 410.) Como fica claro na passagem acima, para Kant os homens no poderiam agir segundo o prprio entendimento quando se trata de cumprir as leis. Construa uma argumentao mostrando em que sentido essa afirmao no constitui uma contradio em relao defesa que o filsofo faz, no conjunto do texto, de um uso autnomo do entendimento.

Questão 5
2018Filosofia

(UFPR - 2018 - 2 FASE) [...] A disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, corpos dceis. A disciplina aumenta as foras do corpo (em termos econmicos de utilidade) e diminui essas mesmas foras (em termos polticos de obedincia). Em uma palavra: ela dissocia o poder do corpo; faz dele por um lado uma aptido, uma capacidade que ela procura aumentar; e inverte por outro lado a energia, a potncia que poderia resultar disso, e faz dela uma relao de sujeio estrita. (FOUCAULT, M. Os corpos dceis. In: FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Trad. Ligia M. P. Vassalo. 5. ed. Petrpolis: Vozes, 1987, p. 127.) Com base na passagem acima e tendo em vista a totalidade do texto do qual ela foi extrada, como podemos definir o conceito de Foucault de corpos dceis e qual o papel da disciplina na produo desses corpos?

Questão 6
2018Filosofia

(UFPR - 2018 - 2 FASE) No se trata de fazer aqui a histria das diversas instituies disciplinares, no que podem ter cada uma de singular. Mas de localizar apenas numa srie de exemplos algumas das tcnicas essenciais que, de uma a outra, se generalizaram mais facilmente. Tcnicas sempre minuciosas, muitas vezes ntimas, mas que tm sua importncia: porque definem um certo modo de investimento poltico e detalhado do corpo, uma nova microfsica do poder. (FOUCAULT, Michel. Os corpos dceis. In: FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Trad. Ligia M. P. Vassalo. 5. ed. Petrpolis: Vozes, 1987, p. 128.) Com base no excerto acima e tambm no conjunto do texto estudado, como podemos definir a ideia de microfsica do poder? Cite trs exemplos de instituies disciplinares nas quais possvel identificar esse modo de exerccio de poder.

Questão 7
2018Filosofia

(UFPR - 2018 - 2 FASE) Considerando os trs textos estudado, poderamos dizer que Scrates seria o modelo do homem esclarecido, no sentido de Kant, ou do homem disciplinado, no sentido de Foucault? Justifique sua resposta com dois argumentos.

Questão 73
2018Filosofia

(UFPR - 2018 - 1 FASE) Em um texto chamado Resposta questo: o que esclarecimento?, Kant afirma que o esclarecimento a sada do homem da menoridade. Afirma tambm que a menoridade a incapacidade de servir-se do prprio entendimento sem direo alheia e que o homem o culpado por esta incapacidade, quando sua causa resulta na falta, no do entendimento, mas de resoluo e coragem para fazer uso dele sem a direo de outra pessoa. (KANT, Resposta questo: O que esclarecimento? In: MARAL, J.; CABARRO, M.; FANTIN, M. E. (Org.). Antologia de Textos Filosficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 407.) Por sua vez, Foucault afirma: Houve, durante a poca clssica, uma descoberta do corpo como objeto e alvo do poder. Encontraramos facilmente sinais dessa grande ateno dedicada ento ao corpo ao corpo que se manipula, se modela, se treina, que obedece, responde, se torna hbil ou cujas foras se multiplicam [...], referindo-se a um corpo (homem) que se torna ao mesmo tempo analisvel e manipulvel. (FOUCAULT, Michel. Os corpos dceis. In: FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Trad. Ligia M. Pond Vassalo. 5. ed. Petrpolis: Vozes, 1987, p. 125.). Com base nos dois textos e no pensamento desses filsofos, considere as afirmativas abaixo: 1. O Esclarecimento seria uma espcie de menoridade intelectual e corresponderia afirmao da religio como ponto de partida para o homem tomar suas principais decises. 2. Enquanto Kant se preocupa em avaliar o quanto os indivduos so responsveis por se deixarem dirigir por outros, Foucault trata de mostrar os modos como a sociedade torna o homem manipulvel. 3. Tanto Kant quanto Foucault se questionam pelo nvel de autonomia do homem, ambos, porm, a partir de abordagens diferentes e chegando a concluses diferentes. 4. Fica claro no texto de Foucault que a idade clssica favorece o autoconhecimento e a autonomia de pensamento. Assinale a alternativa correta.

Questão 74
2018Filosofia

(UFPR - 2018 - 1 FASE) Quando soube daquele orculo, pus-me a refletir assim: Que querer dizer o Deus? Que sentido oculto ps na resposta? Eu c no tenho conscincia de ser nem muito sbio nem pouco; que querer ele ento significar declarando-me o mais sbio? Naturalmente no est mentindo, porque isso lhe impossvel. Por longo tempo fiquei nessa incerteza sobre o sentido; por fim, muito contra meu gosto, decidi-me por uma investigao, que passo a expor. (PLATÃO. Defesa de Scrates. Trad. Jaime Bruna. Coleo Os Pensadores. Vol. II. So Paulo: Victor Civita, 1972, p. 14.) O texto acima pode ser tomado como um exemplo para ilustrar o modo como se estabelece, entre os gregos, a passagem do mito para a filosofia. Essa passagem caracterizada

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