(UFPR - 2023)
Pintar um rosto como “objeto” não é despojá-lo do que “traz pensado”. “Acho que o pintor o interpreta”, diz Cézanne, “o pintor não é imbecil”. Mas esta interpretação não deve ser pensada separadamente da visão. “[Ao] pintar todos os pequenos azuis e todos os pequenos marrons, [ele faz] olhar como ele olha... Ao diabo se duvidarem como, casando um verde matizado com um vermelho, entristece-se uma boca ou faz-se sorrir uma face”.
(MERLEAU-PONTY, Maurice. A dúvida de Cézanne. São Paulo: Abril Cultural, 1975. p. 118. Coleção Os Pensadores.)
De acordo com essa passagem e com o ensaio de que foi retirada, é correto afirmar que cabe ao pintor:
reproduzir os objetos tais como realmente são.
refletir na pintura seu estado psicológico.
usar arbitrariamente as cores com as quais compõe os objetos.
representar os objetos segundo regras estabelecidas de composição.
reproduzir os objetos tal como os vê.