(Ufsm 2014) Sujinho e saudável Pesquisas confirmam que não se deve levar a extremos os cuidados com a higiene das crianças, sob pena de expô-las a alergias e infecções. Uma série de pesquisas feitas desde o fim dos anos 80 leva os cientistas a acreditarem que [...] o exagero do esforço de manter as crianças afastadas das 10bactérias com que 8elas 1se deparam no 6seu dia a dia pode minar as resistências do organismo e abrir caminho para as 11doenças 9que 2se quer evitar. A mais recente dessas pesquisas, desenvolvida pela Universidade da Califórnia e divulgada há três semanas, conclui que as bactérias Staphylococcus epidermidis, presentes na superfície da pele humana, agem sobre as células da epiderme para bloquear os processos inflamatórios. Essa ação evita que pequenos ferimentos infeccionem. Ocorre que essas bactérias são destruídas por desinfetantes, 5detergentes e sabões. A secretária gaúcha Andreia Garcia acredita que as mães de hoje são excessivamente preocupadas com a higiene das crianças. 7Seu filho Guilherme, de 4 anos, adora andar descalço e brincar na terra até ficar encardido, mas nunca leva bronca. Acho que um pouco de vitamina S, 3de Sujeira, reforça as defesas do organismo, ela diz. A pesquisa americana confirma a teoria batizada pelos cientistas de hipótese da higiene. Segundo ela, até os 5 anos de idade, quando o sistema imunológico da criança está em fase de amadurecimento, o contato com bactérias traz dois benefícios: prepara o corpo contra alergias e previne doenças autoimunes. [...]. Nosso organismo precisa treinar a tolerância aos agentes externos, diz o imunologista Victor Nudelman, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. A técnica em radiologia Marília Mercer, de Londrina, atribui à saúde dos filhos Mateus, 4de 10 anos, e Gabriel, de 2, à liberdade que têm para brincar na terra. Deixo as crianças livres. Se elas caem ou ingerem algo que não devem, não me desespero, ela diz. BUTTI, Nathália. Sujinho e saudável. Veja, Saúde, 16 dez. 2009. p. 122-123 Com relação à estrutura frasal e a recursos coesivos presentes no texto, assinale verdadeira (V) ou falsa (F) nas afirmações a seguir: ( ) No subtítulo, a substituição de las por lhes é adequada sob o ponto de vista da norma-padrão, haja vista a bitransitividade do verbo expor. ( ) Em seu dia a dia (ref. 6) e Seu filho (ref. 7), os termos sublinhados retomam o mesmo referente no texto. ( ) Os elementos elas (ref. 8) e que (ref. 9) referem-se, respectivamente, a bactérias (ref. 10) e doenças (ref. 11).
(Ufsm 2014) A literatura romântica é conhecida por representar as doenças da alma. O poeta romântico não tenta controlar, esconder seus sentimentos, como fazia o poeta clássico. Ao contrário, ele confessa seus conflitos mais íntimos. Por isso, predominam no Romantismo o desespero, a aflição, a instabilidade, a sensação de desamparo que leva a maioria dos poetas a pensar na morte, como acontece no fragmento do poema Mocidade e morte, de Castro Alves: E eu sei que vou morrer... dentro em meu peito Um mal terrível me devora a vida: Triste Ahasverus*, que no fim da estrada, Só tem por braços uma cruz erguida. Sou o cipreste, quinda mesmo flórido, Sombra de morte no ramal encerra! Vivo - que vaga sobre o chão da morte, Morto - entre os vivos a vagar na terra. *Ahasverus: Jesus ter-lhe-ia amaldiçoado, condenando-o a vagar pelo mundo sem nunca morrer. Qual o estado sentimental do sujeito lírico nessa estrofe?
(UFSM-RS-2014) Partes da obra de José de Alencar e de Gonçalves Dias contribuem para criar uma imagem do indígena brasileiro, da sua relação com o colonizador português e das consequências dessa relação. Tal imagem, no entanto, nem sempre é clara e única, permitindo diferentes interpretações. Sendo assim, todas as interpretações a seguir são plausíveis, EXCETO:
(UFSM - 2014) Viva melhor com menos sal A humanidade parece ter um problema recorrente com o uso do sal [...]. O historiador britnico Felipe Fernandez-Arnesto, da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, diz que, desde que os primeiros humanos deixaram de ser nmades, houve um crescimento explosivo do uso do sal. A ingesto diria aumentou cinco ou seis vezes desde o perodo paleoltico com enorme acelerao nas ltimas dcadas. A American Heart Association, que rene os cardiologistas americanos, estima que mudanas no estilo de vida provocaram aumento de 50% no consumo de sal desde os anos 1970. Em boa medida, graas 1ao consumo de comida industrializada. A culpa pelo abuso do sal no deve, porm, ser atribuda somente 2 indstria. A maior responsabilidade cabe ao nosso paladar. Os especialistas acreditam que a natureza gravou em nosso crebro circuitos que condicionam a gostar de sal e procurar por ele em razo do sdio essencial que contm. A indstria, assim como a arte gastronmica, responde 3ao desejo humano. provvel que o sal seja to apreciado porque tem a capacidade de ativar o sistema de recompensa do nosso crebro, diz o neurofisiologista brasileiro Ivan de Arajo, afiliado Universidade Yale, nos Estados Unidos. Isso significa que sal nos deixa felizes [...]. Com base nas repercusses negativas na sade pblica, muitos mdicos tm falado em epidemia salgada e promovido um movimento similar 4quele que antecedeu as restries impostas ao tabaco e ao lcool. Desde 2002, a Organizao Mundial da Sade (OMS) faz campanhas para chamar a ateno sobre o excesso de sal. O movimento que defende as restries ao sal j chegou 5ao Brasil. Na segunda quinzena de junho, reuniram-se em Braslia representantes do meio acadmico, da indstria de alimentos, tcnicos do Ministrio da Sade, da Agricultura e da Anvisa, agncia federal que regulamenta a venda de comida industrializada e remdios. Como meta, discutiu-se passar, emdez anos, de 12 gramas per capita de sal por dia para os 5 gramas recomendados pela OMS. Essa mudana ajudaria a baixar em 10% a presso arterial dos brasileiros. Seria 1,5 milho de pessoas livres de medicao para hipertenso, diz a nefrologista Frida Plavnik, representante da Sociedade Brasileira de Hipertenso na reunio. Segundo ela, haveria queda de 15% nas mortes causadas por derrames e de 10% naquelas ocasionadas por infarto. Fonte: poca. Seo Sade Bem-estar. 26 jul. 2010. p. 89-94. (adaptado) Assinale a alternativa em que a substituio proposta mantm o sentido no texto e est de acordo com a norma-padro.
(UFSM/RS - 2014) A Carta de Pero Vaz de Caminha o primeiro relato sobre a terra que viria aser chamada de Brasil. Ali, percebe-se no apenas a curiosidade do europeu pelo nativo, mastambm seu pasmo diante da exuberncia da natureza da nova terra, que, hoje em dia, j seencontra degradada em muitos dos locais avistados por Caminha. Tendo isso em vista, leia o fragmento a seguir. Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, at outraponta que contra o norte vem, de que ns deste ponto temos vista, ser tamanha que havernela bem vinte ou vinte e cinco lguas por costa. Tem, ao longo do mar, em algumas partes,grandes barreiras, algumas vermelhas, outras brancas; e a terra por cima toda ch e muitocheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta tudo praia redonda, muito ch e muitoformosa. Pelo serto nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque a estender dolhos nopodamos ver seno terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela at agora no pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma demetal ou ferro; nem o vimos. Porm a terra em si de muito bons ares, assim frios etemperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achvamoscomo os de l.As guas so muitas e infindas. E em tal maneira graciosa que, querendo aproveit-la, tudo dar nela, por causa das guas que tem. CASTRO, Slvio (org.). A Carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: LPM, 2003, p. 115-6. Esse fragmento apresenta-se como um texto: