(UFU - 2004) Em O ente e a essncia, Toms de Aquino argumenta sobre a existncia de Deus, refutando teses de outras doutrinas da filosofia escolstica. Com este propsito ele escreveu: Tampouco inevitvel que, se afirmarmos que Deus exclusivamente ser ou existncia, caiamos no erro daqueles que disseram que Deus aquele ser universal, em virtude do qual todas as coisas existem formalmente. Com efeito, este ser que Deus de tal condio, que nada se lhe pode adicionar. (...) Por este motivo afirma-se no comentrio nona proposio do livro Sobre as Causas, que a individuao da causa primeira, a qual puro ser, ocorre por causa da sua bondade. Assim como o ser comum em seu intelecto no inclui nenhuma adio, da mesma forma no inclui no seu intelecto qualquer preciso de adio, pois, se isto acontecesse, nada poderia ser compreendido como ser, se nele algo pudesse ser acrescentado. AQUINO, Toms. O ente e a essncia. Trad. de Luiz Joo Barana. So Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 15. Coleo Os Pensadores. Toms de Aquino est seguro de que nada se pode acrescentar a Deus, porque
(Ufu - 2004) Leia com ateno o texto abaixo em que o autor comenta e cita Santo Agostinho, e, em seguida, responda as questes apresentadas. Deus cria as coisas a partir de modelos imutveis e eternos, que so as idias divinas. Essas idias ou razes no existem em um mundo parte, como afirmava Plato, mas na prpria mente ou sabedoria divina, conforme o testemunho da Bblia. Que a mesma sabedoria divina, por quem foram criadas todas as coisas, conhecia aquelas primeiras, divinas, imutveis e eternas razes de todas as coisas antes de serem criadas, a Sagrada Escritura d este testemunho: No princpio era o Verbo e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas pelo Verbo e sem Ele nada foi feito. Quem seria to nscio a ponto de afirmar que Deus criou as coisas sem conhec-las? E se as conheceu, onde as conheceu seno em si mesmo, junto a quem estava o Verbo pelo qual tudo foi feito? (Santo Agostinho, Sobre oGnese, V, 29). COSTA, Jos Silveira da. A FilosofiaCrist. IN: RESENDE, Antnio. Curso de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar/SEAF, 1986, P. 78, captulo 4. A) Explique a relao, sugerida neste texto, entre a teoria das Idias de Plato e o pensamento de Agostinho. B) Explique como Agostinho usa essa teoria para explicar o conhecimento humano, na sua conhecida Doutrina da Iluminao Divina.
(UFU - 2004) Leia o texto abaixo. Podemos, por conseguinte, dividir todas as percepes do esprito em duas classes ou espcies, que se distinguem por seus diferentes graus de fora e vivacidade. As menos fortes e menos vivas so geralmente denominadas pensamentos ou idias. A outra espcie () pelo termo impresso, [pelo qual] entendo, pois, todas as percepes mais vivas, quando ouvimos, vemos, sentimos, amamos, odiamos, desejamos ou queremos. E as impresses diferenciam-se das idias, que so as percepes menos vivas, das quais temos conscincia, quando refletimos sobre quaisquer das sensaes ou dos movimentos acima mencionados. HUME, D. Investigao acerca do entendimento humano. Trad. de Joo Paulo Gomes Monteiro. So Paulo: Nova Cultural, p. 69-70. (Os Pensadores) Para Hume, podemos afirmar que o conhecimento deve ser entendido como
(UFU - 2004) Uma das tendncias fundamentais de pensamento da Idade Mdia a Escolstica. A Escolstica caracteriza-se por vrios elementos tais como: