(Ufu 2006) Leia o fragmento de Sérgio Sant'anna, extraído da narrativa "Uma carta".
"E o que realmente importaria, então, não seria o destinatário, nem mesmo a autora, mas a construção utópica, o gozo do corpo na razão, a carta em sua autonomia."
Parta do trecho apresentado para marcar a alternativa INCORRETA.
O importante não é a autora da carta nem o destinatário, mas a forma de prolongar, de reviver os momentos de quando as personagens estiveram juntas.
A carta escrita pela personagem é uma resposta à correspondência anterior do amado, em que ele encerra o romance entre os dois.
A carta é uma maneira de burlar o estatuto fugaz do encontro, de fazê-lo perdurar à revelia do outro e, ao mesmo tempo, de torná-lo real.
O teor da carta baseia-se no vazio deixado pela ausência física da personagem masculina que passara alguns momentos na pequena cidade.