Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
MEDICINAITA - IMEENEMENTRAR
Logo do Facebook   Logo do Instagram   Logo do Youtube

Conquiste sua aprovação na metade do tempo!

No Kuadro, você aprende a estudar com eficiência e conquista sua aprovação muito mais rápido. Aqui você aprende pelo menos 2x mais rápido e conquista sua aprovação na metade do tempo que você demoraria estudando de forma convencional.

Questões de Redação - UFU | Gabarito e resoluções

1-15 de 36chevron right center
Questão 1
2022Redação

(UFU - 2022) ORIENTAO GERAL Leia com ateno todas as instrues. A) Voc encontrar duas situaes para fazer sua redao. Leia as situaes propostas at o fim e escolha a proposta com a qual voc tenha maior afinidade. B) Aps a escolha de um dos gneros, assinale a opo no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedea s normas do gnero. C) Se for o caso, d um ttulo para sua redao. Esse ttulo dever deixar claro o aspecto da situao escolhida que voc pretende abordar. D) Se a estrutura do gnero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOS ou JOSEFA. Em hiptese alguma, escreva seu nome, pseudnimo, apelido, etc. na folha de prova. E) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. F) No copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redao. Texto 1 O nmero de crianas e adultos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) cresce a cada dia. E no Brasil o diagnstico vem sendo feito precocemente, o que permite o incio do tratamento, garantindo melhores resultados. Inclusive, uma conquista recente se deu pela Lei n 13.977/20, que institui a carteira nacional do autista. E com o documento, a populao autista ter prioridade em atendimento em servios pblicos e privados. Inclusive, a Lei leva o nome de Romeo Mion, em homenagem ao filho do apresentador Marcos Mion, embaixador da causa. Sabemos que, por mais que se fale a respeito desse transtorno, os caminhos para a melhora do quadro ainda so turbulentos. Porm, com o tratamento adequado, as chances de autonomia do paciente so expressivas, e os resultados proporcionam uma melhor qualidade de vida. Nesse sentido, mdicos pediatras do Brasil e mundo afora tm prescrito o tratamento ABA Applied Behavior Analysis, que atualmente um dos modelos de terapia mais popular no tratamento do autismo, segundo revela a comunidade internacional Autism Speaks. Sua eficcia vem sendo reconhecida internacionalmente, revelando muitos progressos, em especial, em crianas, conforme comprovam estudos cientficos. O tratamento pelo mtodo ABA realizado por meio de uma equipe multidisciplinar composta por diversas terapias (Psicopedagogia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional) que ao longo do tempo proporcionam uma melhor qualidade de vida e um desenvolvimento saudvel criana. Todavia, muitos pais se veem impossibilitados de proporcionar esse tratamento aos seus filhos, pois trata-se de tratamento de alto custo, e as operadoras de planos de sade, por meio de coparticipaes, tm atribudo ao titular do plano um pagamento parcial do tratamento. [...] sabido que a cobrana de coparticipao nos contratos de plano de sade permitida por Lei, todavia, referida cobrana no pode atingir quantia elevada, de modo a criar limitao excessiva fruio dos servios de assistncia sade de seus cooperados, como tem ocorrido com diversas crianas neste pas. [...] FRASSON, Mariana Cristina Galhardo. Disponvel em: https://www.conjur.com.br/2022-mar-05/mariana-frasson-planos-saude-versusautistas#:~:text=De%20acordo%20com%20o%20referido,o%20tratamento%20prescrito%20%5B6%5D. Acesso em 23 maio 2022. (Fragmento adaptado) Texto 2 Atualmente, so diversas as famlias que procuram a Justia para que os tratamentos de seus filhos tenham cobertura por parte dos convnios. Em Porto Alegre, protestos vm sendo realizados em frente ao Tribunal de Justia, com participao da associao Mes e Pais pela Democracia, que apoia essa luta. [...] Fundadora do Projeto Social Angelina Luz, Erika Rocha, me de autista, relata como as dificuldades financeiras afetam diretamente o tratamento de sua filha e de tantas outras famlias acompanhadas pelo projeto. Em sua maioria so mes solos, que ficam anos em filas espera de tratamento para seus filhos, porque nem tm plano de sade, sobrevivendo com BPC [Benefcio de Prestao Continuada]. A terapia para autistas carssima, por isso h alto ndice de mes atpicas em depresso, lamenta. Ela relata o caso de uma criana autista que, recentemente, ficou convivendo por 12 dias com o corpo da me aps ela morrer em casa, em Minas Gerais. grande a solido e o desamparo familiar; uma me veio a bito e o filho autista ficou 12 dias com ela morta. E ningum deu falta, ningum foi procurar. Essa a realidade da maioria. No temos rede de apoio nenhuma, s vezes, nem familiar, afirma. FOGLIATTO, Dbora. Disponvel em: http://www.al.rs.gov.br/agenciadenoticias/destaque/tabid/855/IdMateria/328487/Default.aspx. Acesso em: 23 mai. 2022. (Fragmento adaptado) Supondo-se que voc tenha convvio familiar com uma criana com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que teve seu tratamento interrompido em funo dos altos valores cobrados pela operadora de sade no sistema de coparticipao, redija uma carta de reclamao Agncia Nacional de Sade (ANS), questionando a postura da operadora de sade que viola o direito constitucional vida e sade dos usurios.

Questão 2
2022Redação

(UFU - 2022) ORIENTAO GERAL Leia com ateno todas as instrues. A) Voc encontrar duas situaes para fazer sua redao. Leia as situaes propostas at o fim e escolha a proposta com a qual voc tenha maior afinidade. B) Aps a escolha de um dos gneros, assinale a opo no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedea s normas do gnero. C) Se for o caso, d um ttulo para sua redao. Esse ttulo dever deixar claro o aspecto da situao escolhida que voc pretende abordar. D) Se a estrutura do gnero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOS ou JOSEFA. Em hiptese alguma, escreva seu nome, pseudnimo, apelido, etc. na folha de prova. E) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. F) No copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redao. Texto 1 O metaverso um universo em realidade virtual que busca simular o mundo real e a sociedade global como um todo. Por meio deste mundo tridimensional, os usurios podem criar um avatar e viver a sua vida como se fosse realidade, com uma interao social quase igual que se tem atualmente. Tal como o mundo expandido com o metaverso, o mercado de trabalho igualmente ampliado, possibilitando no s que certas profisses possam ser adaptadas para a realidade fsico-virtual, mas tambm que surjam uma srie de novas outras. No Brasil, cerca de 5 milhes de brasileiros acessaram ou acessam o metaverso, segundo dados do Kantar Ibope Media, incluindo uma gama de empresrios e empreendedores tentando estabelecer seus negcios em uma proposta inovadora, como um grande mercado consumidor que deseja explorar os novos horizontes desta realidade. O ambicioso projeto de Zuckerberg prope trazer para o mundo virtual diversos elementos essenciais para a vida em sociedade, como educao, comrcio, lazer, turismo, negcios e at mesmo a medicina. VIEIRA, Artur. Disponvel em: https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/trabalho-e-formacao/2022/05/5006999-em-francaexpansao-metaverso-e-a-mais-nova-aposta-do-mercado.html. Acesso em: 23 maio 2022. (Fragmento) Texto 2 O termo metaverso no novo. Ele surgiu h dez anos com a obra de Neal Stephenson chamada Snow Crash, que sincroniza realidade e fico atravs de um jogo, em que um entregador de pizza na vida real um samurai no universo virtual chamado metaverso. O livro de fico cientfica foi o ponto de partida para o surgimento de diversos jogos como Second Life, Roblox, Fortnite e Minecraft, nos quais jogadores podem criar vidas paralelas em um ambiente virtual. [...] Solues de tecnologia, como realidade virtual e simuladores em 3D, so exemplos mais simples de aplicao. Os entusiastas dizem que o metaverso afetar as mais variadas reas de nossas vidas. Segundo especialistas, a medicina um dos segmentos com grande potencial para o uso das novas tecnologias e vrias possibilidades esto sendo desenvolvidas, como: cirurgias distncia, cursos em que os alunos no precisam de corpos reais para aprendizado, roupas que podem avaliar situaes corporais como a temperatura e nvel de transpirao. J no universo corporativo, o uso do metaverso vai desde reunies interativas (real com virtual) at treinamentos especializados realizados distncia e de maneira totalmente virtual o que diminuiria e muito os custos de uma empresa. MACHADO, Simone. Disponvel em: https://www.uol.com.br/tilt/faq/metaverso-o-que-e-como-entrar-e-mais.htm. Acesso em: 23 maio 2022. (Fragmento adaptado) Com base nos textos apresentados, o metaverso ser o futuro da humanidade? Posicione-se sobre essa indagao, redigindo um texto de opinio com a apresentao de argumentos que validem sua perspectiva.

Questão 1
2021Redação

(UFU - 2021) Texto 1 Biodireito o ramo do Direito Pblico que se associa biotica, estudando as relaes jurdicas entre o direito e os avanos tecnolgicos conectados medicina e biotecnologia, com peculiaridades relacionadas ao corpo e dignidade da pessoa humana. Especialmente no artigo 5 inciso IX da Constituio Federal de 1988, que proclama a liberdade da atividade cientfica como um dos direitos fundamentais, sem deixar de penalizar qualquer ato perigoso (impercia) na relao mdico-paciente e impercia do cientista, levando em conta questes conflitantes como aborto, eutansia,suicdio assistido, inseminao artificial, transplante de rgos, Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e clonagem teraputica e cientfica. Tecnologias futursticas que prometem aumentar a fora e a inteligncia das pessoas, como a edio gentica, o implante de chips no crebro ou o sangue artificial, geram mais preocupao do que entusiasmo entre norte-americanos, mostra pesquisa divulgada. Realizado pelo instituto Pew Research Center, o levantamento ouviu mais de 4,7 mil adultos americanos. Quando perguntados sobre edio de genes, que poderia reduzir o risco de doenas graves em bebs, 68% se disseram muito ou um pouco preocupados. A perspectiva de implantes cerebrais que poderiam aumentar a inteligncia e a concentrao tambm gera preocupao em 69% das pessoas, assim como o potencial do sangue sinttico, que poderia melhorar a velocidade, a fora e a resistncia (63%). Metade dos entrevistados se disse entusiasmada com cada uma dessas inovaes. O desenvolvimento das tecnologias biomdicas est se acelerando rapidamente, levantando novos debates sociais sobre como iremos utilizar essas tecnologias e quais usos so apropriados, disse o autor principal do estudo, Cary Funk, diretor associado de pesquisa do Pew Research Center. Este estudo sugere que os americanos so bastante cautelosos em relao ao uso de tecnologias emergentes que empurram as capacidades humanas para alm do que foi possvel antes. Cerca de um tero dos entrevistados disseram que gostariam de melhorias dos seus crebros e do seu sangue. Os americanos esto divididos se em algum momento vo tirar proveito da edio gentica para prevenir doenas em bebs: 48% dizem que sim; 50% dizem que no. Muitas pessoas disseram temer que tais aperfeioamentos aumentem o abismo entre os que tm condies financeiras e os que no tm. E ao menos sete em cada dez disseram que essas tecnologias provavelmente se tornariam disponveis antes de serem totalmente compreendidas. A pesquisa tambm revelou que os americanos que se descrevem como religiosos so menos propensos a abraar estas tecnologias. Seis em cada dez ou mais dos altamente comprometidos com a religio consideram que estas melhorias potenciais interferem na natureza, cruzando uma linha que no deveria ser cruzada (edio gentica, 64%; implantes de chips no crebro, 65%; e sangue sinttico, 60%), afirma o relatrio. Por outro lado, a maioria das pessoas com baixo compromisso religioso diz que cada uma dessas melhorias no difere de outras maneiras pelas quais os seres humanos tentam melhorar a si mesmos Disponvel em: https://hugodemouraadv.jusbrasil.com.br/noticias/366578043/as-tecnologias-que-aumentam-potencial-humano-e-as-implicacoes-no-biodireito Acesso em: 25 maio 2021. (Fragmento) Texto 2 Biotica, um neologismo construdo a partir das palavras de origem grega, bios (vida) e ethos (relativo tica), e o estudo interdisciplinar entre biologia, medicina e tica, que investiga todas as condies necessrias para uma administrao responsvel do profissional de sade em relao vida humana em geral e da dignidade da pessoa humana em particular. Esta cincia relacionada ao biodireito, portanto, estuda a responsabilidade moral de cientistas e bacharis em medicina na pesquisa mdica e de biotecnologias e suas aplicaes sem causar dano a ningum. Na dcada de 1970 o termo relacionado com o objetivo de deslocar a discusso acerca dos novos problemas impostos pelo desenvolvimento tecnolgico, de um vis mais tecnicista para um caminho mais pautado pelo humanismo, superando a dicotomia entre os fatos explicveis pela cincia e os valores estudveis pela tica. A biossegurana, gentica em seres humanos, alm das velhas controvrsias morais como aborto e eutansia, requisitavam novas abordagens e respostas ousadas da parte de uma cincia transdisciplinar e dinmica por definio. As teses dessa rea comearam a consolidar-se aps a tragdia do holocausto da Segunda Guerra Mundial, quando o mundo ocidental, chocado com as prticas abusivas de mdicos nazistas em nome da cincia, criou um cdigo para limitar os estudos relacionados. Surge a tambm a ideia que a cincia no mais importante que o homem. Em outubro de 2005, a Conferncia Geral da UNESCO adotou a Declarao Universal sobre Biotica e Direitos Humanos, que consolida os princpios fundamentais da biotica e visa definir e promover um quadro tico normativo comum que possa a ser utilizado para a formulao e implementao de legislaes nacionais. Disponvel em: https://rledo.jusbrasil.com.br/artigos/459380316/biodireito Acesso em: 8 jul. 2011. Com base nos textos, redija uma carta de solicitao ao representante do Ministrio da Justia, solicitando-lhe informaes sobre a posio do Brasil em relao s tecnologias que aumentam o potencial humano e apresentando argumentos favorveis ao uso dessas tecnologias.

Questão 1
2021Redação

(UFU - 2021 - MEDICINA) Texto 1 A Educao Domiciliar (ou homeschooling), prtica das crianas e jovens serem educadas em casa, por suas famlias, e no em instituies formais (escolas), vem avanando na Cmara dos Deputados.[...] A opo de educar as crianas sob a responsabilidade da famlia defendida atualmente por quem afirma que direito dos pais escolherem a Educao para seus filhos. Entre os defensores, esto aqueles que veem essa prtica como protetora de supostas ideologias transmitidas em sala de aula e de possveis violncias escolares. A legalidade dessa prtica varia muito de pas para pas. H pases que permitem a prtica sob regulao (como Austrlia, Canad, Estados Unidos, Inglaterra e Frana) e pases que a probem (como Alemanha, Argentina, Coreia do Sul, Holanda e Uruguai). No entanto, importante olhar para a questo sob o prisma da realidade brasileira. J no Brasil, em 2018, o Supremo Tribunal Federal declarou que a Educao Domiciliar no permitida no Brasil. O entendimento da maioria foi que essa prtica no inconstitucional, mas prevaleceu o entendimento de que a Educao Domiciliar proibida dado que no existe uma lei que regulamente a prtica. Caso exista regulamentao, para ser considerada constitucional, a lei dever prever tambm o acompanhamento dos rendimentos dos alunos educados em casa, por meio de avaliaes pedaggicas, sob responsabilidade das secretarias de Educao. [...] Trata-se de uma medida voltada para pouqussimas famlias (0,04% dos estudantes brasileiros no ensino regular, segundo estimativa da Associao Nacional de Ensino Domiciliar). Os nmeros vm aumentando nos ltimos anos e a regulamentao da matria poder criar estmulos adicionais para sua adoo. Ainda assim, significa um percentual modesto quando comparado aos milhes de alunos na Educao Bsica que precisam urgentemente de melhorias na qualidade do ensino, principalmente com a pandemia e que tambm sero afetados pela regulamentao da Educao Domiciliar, dado que muitos especialistas defendem que h riscos de legalizar a prtica.[...] Regulamentar a prtica de Educao Domiciliar no afeta apenas os atuais adeptos da prtica, mas tambm os milhes de estudantes que hoje no o fazem, especialmente os mais vulnerveis. O risco regulamentar a Educao Domiciliar para um pequeno grupo e a prtica abrir espao para comportamentos de risco na famlia, como abandono escolar, violncia domstica e exposio s mais diversas situaes de privao e estresse txico que hoje so diretamente enfrentadas pelas escolas. Esse elemento ainda mais preocupante considerando o aparato do Estado para monitorar e regular os processos relacionados Educao Domiciliar. O monitoramento das atividades escolares j muitas vezes frgil quando as crianas e jovens fazem parte da vida escolar e tende a ser ainda mais complexo e arriscado em uma dinmica de Educao Domiciliar. A ideia do homeschooling parte do pressuposto de que a Educao escolar se limita ao ensino do que est no currculo, com avaliao peridica em momentos especficos da trajetria curricular. Ignora-se, assim, que a Educao escolar vai muito alm disso, como sugere o Parecer 34/2000 da Cmara de Educao Bsica do Conselho Nacional de Educao(CEB/CNE), que deixa evidente a importncia da socializao com outras crianas e jovens e a exposio ao diverso e ao contraditrio como aspectos fundamentais de seu desenvolvimento. A escola o melhor ambiente para que isso acontea. Vale lembrar que a Constituio estabelece que a Educao no tem apenas funo tcnica e, portanto, deve ser tratada de forma mais sistmica incluindo elementos fundamentais como formao para a cidadania, compartilhamento de valores comuns e pluralismo de ideias.[...] Disponvel em: https://todospelaeducacao.org.br/noticias/homeschooling-um-debate-fora-de-tempo/ Acesso em: 07. jul. 2021. (Fragmento) Texto 2 [..] A Declarao Universal dos Direitos Humanos destaca em seu artigo 26, 3, que os pais tm prioridade de direito na escolha do gnero de educao a ser ministrada aos filhos. Por outro lado, vivemos em um Estado democrtico de Direito, institudo pela Constituio Federal e sustentado pela forma do direito em especial a Carta Magna ; pelo seu contedo humano, principalmente no que tange defesa da liberdade; pela separao e harmonia de Poderes e por um governo representativo, exercido com o povo e para o povo. [...] Se analisarmos a questo sob o prisma antropolgico, a famlia precede a sociedade e o Estado, que a protege tambm tendo em vista a continuidade do cuidado e da educao aps a gerao, sendo os pais os protagonistas naturais da tarefa, e, em geral, os mais empenhados no superior interesse da criana. Nesse sentido, importante destacar que no se pode legislar para o todo, com base em excees, que devem ser objeto de medidas apropriadas. Se em algum lugar identificou-se um abuso no que tange modalidade, no se pode generalizar o fato, negando o direito. Ressaltamos ainda que, para um real exerccio da liberdade, em termos filosficos e jurdicos, parte-se da premissa de que ningum pode ser impedido de fazer o bem. Ora, assumir a educao dos filhos com esforo e responsabilidade, no parece, prima facie, um mal. Por outro lado, s se poder saber se realmente a educao domiciliar nociva se dermos a oportunidade para que se comprove. Por fim, sociologicamente, o fato evidente. O que importa que, dentro do leque do pluralismo de concepes pedaggicas previsto nos artigos 206 e 209 de nossa Constituio, respeitemos efetivamente a liberdade, para poder nos beneficiarmos tambm, de toda a riqueza que lhe inerente. SILVA MARTINS, Angela Vidal Gandra da Disponvel em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/05/ainda-sobre-homeschooling.shtml Acesso em: 14 maio 2021. (Fragmento) Supondo-se que voc integre a comisso de educadores de uma escola de sua cidade e considerando o texto acima, redija uma carta aberta a ser publicada no jornal de sua cidade, posicionando-se a respeito do direito de pais decidirem que seus filhos sejam educados no prprio lar.

Questão 2
2021Redação

(UFU - 2021 - MEDICINA) Texto 1 Foi exatamente em fins do sculo XVIII e incios do sculo XIX que nasceu o interesse pelo folclore. Foram os estudiosos como os irmos Grimm que ao pesquisar sobre a poesia tradicional alem chegaram a descobrir que a cultura popular se opunha a cultura erudita cultivada pelas elites e pelas instituies oficiais. obrir que a cultura popular se opunha a cultura erudita cultivada pelas elites e pelas instituies oficiais. Em 1846 nasceu como neologismo o termo folclore (folklore = folk e lore que em ingls significam respectivamente povo e saber). Unificados, os dois termos passaram a significar o saber tradicional de um povo, e a ser utilizado no que concerne as tradies, os costumes e as supersties populares. Criado em 1965, atravs de um decreto federal, o Dia do Folclore comemorado no Brasil nesta data de 22 de agosto. O folclore brasileiro o conjunto de realizaes que fazem parte da cultura popular brasileira. Dentro dessa definio, podem ser includos os contos, lendas, canes, ritmos, msicas, festas populares, jarges, literatura etc. Estudos na rea do folclore brasileiro comearam timidamente no sculo XIX e consolidaram-se no sculo seguinte. Extremamente rico, nosso folclore possui influncias da cultura europeia, africana e indgena um resultado da diversidade cultural aqui existente. Isso sem falar nos personagens folclricos, como o SaciPerer, Curupira, Boitat, Iara, entre outros. O folclore brasileiro enquanto rea de estudo s ganhou fora no Brasil a partir do sculo XX, mas as razes dessa pesquisa em nosso pas remontam ao sculo XIX. Isso foi possvel graas influncia do Romantismo, corrente artstica e literria que teve grande importncia no Brasil. Essa corrente esteve associada com movimentos nacionalistas e procurava ressaltar elementos da cultura nacional. Essa ideia foi reforada com o Modernismo, corrente artstica e literria que esteve em evidncia, no Brasil, no comeo do sculo XX. O movimento modernista tinha ideais ufanistas e idealizava o interior do Brasil como local da verdadeira brasilidade. O estudo do folclore passou a ser visto como uma forma de valorizar a cultura nacional. No sculo XIX, autores como Amadeu Amaral e Slvio Romero tiveram importante papel na consolidao desse estudo. No comeo do sculo XX, outros nomes, como os de Mrio de Andrade e Arthur Ramos, ganharam notoriedade nesse campo do conhecimento. A importncia de Mrio de Andrade no fortalecimento dos estudos sobre o folclore brasileiro foi reforada na dcada de 1930, quando ele esteve frente do Departamento de Cultura do Estado de So Paulo. Os estudos desenvolvidos comearam a aproximar o estudo do folclore com campos das cincias humanas e sociais. Na dcada de 1940, a Unesco, entidade vinculada ONU, recomendou o estudo e preservao do folclore nacional, e isso teve grande influncia no Brasil, resultando na criao da Comisso Nacional de Folclore, em 1947. O crescimento do estudo do folclore levou organizao do I Congresso Brasileiro de Folclore, no Rio de Janeiro, em 1951. e, no Rio de Janeiro, em 1951. Por meio desse congresso, foi debatido o que era folclore e o que deveria ser considerado como parte do folclore brasileiro. O documento emitido por esse congresso ficou conhecido como Carta do Folclore Brasileiro e norteou os debates e os estudos sobre folclore durante as dcadas seguintes. De acordo com esse documento, ficou estabelecido que o estudo do folclore era parte das cincias antropolgicas e culturais. Alm disso, definiu-se o folclore como as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradio popular e que os elementos que formam o folclore (chamados de fato folclrico) possuam algumas caractersticas, como aceitao coletiva e origem popular. Em 1958, durante o governo de Juscelino Kubitschek, foi criada a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro (CDFB) por meio do Ministrio da Educao e Cultura. O objetivo dessa campanha, obviamente, era garantir a preservao do acervo folclrico brasileiro. A dcada de 1960 contou com a Revista do Folclore Brasileiro como grande difusora dos estudos realizados na rea. O golpe militar de 1964 acabou sendo um banho de gua fria no crescimento dos estudos sobre o folclore do Brasil. Institucionalmente, as aes e estudos realizados nessa rea pela CDFB foram interrompidos pela ditadura e s foram retomados a partir de 1976. A partir da dcada de 1990, os estudos sobre folclore ganharam novo flego no Brasil. Um grande marco foi o VIII Congresso Brasileiro de Folclore, que aconteceu em Salvador, em 1995. Baseando-se na Carta do Folclore Brasileiro, de 1951, esse congresso emitiu um novo documento com atualizaes importantes. Desde ento ficou definido que folclore o conjunto das criaes culturais de uma comunidade, baseado nas suas tradies expressas individual ou coletivamente, representativo de sua identidade social.Outra determinao importante foram as garantias de preservao do patrimnio folclrico dadas pela Constituio de 1988, em seus artigos 215 e 216. Utilizando como base a definio dada no VIII Congresso Brasileiro de Folclore, de 1995, podemos afirmar que o folclore brasileiro resultado das criaes culturais de uma comunidade, sendo assim, podemos incluir dentro do folclore no somente os contos e histrias de personagens folclricos, como tambm os ritmos musicais, as danas, as festas populares, as brincadeiras etc. Disponvel em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/folclore-brasileiro.htm Acesso em: 07. jul. 2021.(Adaptado) Texto 2 A srie brasileira Cidade Invisvel, que acaba de ter anunciada sua segunda temporada na Netflix, aborda com licena potica o folclore brasileiro. A trama chegou lista de contedos mais assistidos da plataforma por pelo menos um dia em mais de 40 pases incluindo o Brasil. Criada por Carlos Saldanha, conhecido pelas franquias animadas A Era do Gelo e Rio, alm de O Touro Ferdinando, indicado ao Oscar de Melhor Animao, a trama transporta os seres e criaturas mticos aos tempos atuais.[...] Han Vaisman, gerente de contedo de sries originais brasileiras da Netflix, conta que Cidade Invisvel nasceu de um desejo de resgatar personagens do nosso folclore. Ela comemora a boa repercusso. So histrias que fazem parte da memria afetiva dos brasileiros, mas que ainda no haviam sido abordadas com uma viso contempornea. Ao mesmo tempo em que estamos celebrando o retorno positivo, reconhecemos que temos um compromisso ainda maior em fazer com que mais pessoas se vejam representadas nessa segunda temporada, afirma.[...] Criada em 2003 aps um incmodo com a expanso das celebraes do Halloween no Brasil, a Sosaci (Sociedade dos Observadores de Saci) tem como intuito valorizar o que h de melhor na cultura brasileira. Com sede em So Luiz do Paraitinga (a 181 km de So Paulo), o projeto tem como proposta estudar e defender as brasilidades populares, dentre elas o folclore. Um dos fundadores, Mouzar Benedito, 74. Alm de Mouzar, h 1.100 entusiastas do folclore e da cultura nacional difundindo esses ensinamentos ao redor do pas. So pessoas filiadas ao projeto. Comeamos a fazer muitas palestras em escolas. Fizemos filme sobre o tema e publicamos um monte de livros. Nossos principais lemas so a defesa e estudo da cultura brasileira, refora Mouzar que festeja que o Dia do Saci comemorado em 31 de outubro, mesma data da festa norte-americana do Dia das Bruxas. O fundador completa: Fazer atividades, falar dos mitos e das lendas propagar a nossa histria. E sinto que temos resultado quando isso feito logo na infncia. So formas de ativismo da defesa da nossa cultura, conclui. VOLPATO, Leonardo Disponvel em: https://f5.folha.uol.com.br/viva-bem/2021/03/de-saci-a-cuca-pais-e-professores-mantem-folclore-vivo-para-asnovas-geracoes.shtml Acesso em: 19 maio 2021. (Fragmento adaptado) Utilizando os dois textos, redija um resumo, focando a importncia do folclore e a valorizao desse gnero de cultura de origem popular como forma de identidade de uma nao.

Questão 2
2021Redação

(UFU - 2021) Texto 1 O que Songdo, na Coria do Sul, e Copenhagen, na Dinamarca, tm em comum? Ambas so consideradas cidades inteligentes (smart cities). A coreana, por exemplo, consegue gerir sensores de trfego, reprogramar semforos e acompanhar o sistema pneumtico de gesto de resduos. E a europeia capaz de oferecer as condies necessrias para que metade de sua populao use bicicletas para ir ao trabalho, contribuindo para uma reduo de 2 milhes de toneladas de CO2 ao ano. Para uma cidade ser considerada realmente inteligente preciso ter viso holstica e uma gesto integrada e interdependente de todos os recursos envolvidos (ativos, informaes, dados, imagens), concentrada em Centros Integrados de Comando e Controle (CICC), ambientes altamente crticos que unem infraestrutura e tecnologias adequadas para sustentar e auxiliar a operao, acessar e compartilhar, em tempo real, informaes, alm de planejar e executar qualquer misso de forma eficiente. No basta apenas usar solues sistmicas integradas, como o caso de Blockchain e Internet das Coisas (IoT). Deve-se pensar, antes de tudo, na preparao da infraestrutura. Se analisarmos a fundo, a maioria dos prefeitos estimulada com ofertas verticais para resolver problemas de uma rea especfica, como trnsito, sade, segurana, mobilidade. Muitos aplicam uma nica soluo vertical e acreditam que a cidade inteligente quando, na verdade, apenas monitorada e reativa. Ou seja, no est capacitada gesto. Isso porque, quando falamos em smart cities, a abordagem deve ser horizontal para que todas as disciplinas funcionem de forma eficiente. E a integrao de todas elas se faz com uma infraestrutura planejada e organizada, pensada para o bem comum. Por isso mesmo, as cidades inteligentes no se resumem apenas ao uso tecnologias. preciso buscar o sistema mais adequado para essa gesto integrada e, por incrvel que parea, nem sempre o mais tecnolgico o melhor indicado. Vale um estudo caso a caso para equiparar funcionalidade e resultado, porque os municpios, por mais semelhante que sejam, no tero infraestruturas iguais. Disponvel em: https://mundogeo.com/2018/03/20/opiniao-cidades-inteligentes-uma-questao-de-infraestrutura/ Acesso em: 7. jul. 2021. Texto 2 Existem tecnologias-chave que fazem as cidades inteligentes funcionarem. Aqui esto as seis principais: 1. Energia inteligente Os edifcios residenciais e comerciais em cidades inteligentes so mais eficientes, usam menos energia e seu uso analisado atravs da coleta de dados. As comunicaes digitais e a iluminao LED, atravs da eficincia energtica, esto revolucionando a infraestrutura urbana j existente, transformando-as em caminhos de informaes com capacidade de coletar e compartilhar dados e oferecer novos insights com potencial de impulsionas as cidades inteligentes. 2. Transporte inteligente As cidades inteligentes suportam transporte multimodal, semforos e estacionamento inteligente. Ao tornar essas estruturas de cidade mais inteligente, as pessoas gastam menos tempo procurando vagas e circulando os quarteires da cidade. J os semforos tm cmeras que monitoram o fluxo de trfego para que ele se reflita nos sinais de trnsito. 3. Dados inteligentes A enorme quantidade de dados coletados pelas cidades inteligentes deve ser analisada rapidamente para torn-la til. Portais de dados abertos so uma opo que algumas cidades escolheram para publicar informaes da cidade de forma online, para que qualquer pessoa possa acess-los e usar a anlise preditiva para avaliar padres futuros. 4. Infraestrutura inteligente As cidades podero se planejar melhor com a capacidade de analisar grandes quantidades de dados. Isso permitir manuteno proativa e melhor planejamento para demanda futura. Ser capaz de testar a quantidade de chumbo presente na gua em tempo real, quando os dados mostram que um problema est surgindo, pode prevenir problemas de sade pblica, por exemplo. 5. Mobilidade inteligente A mobilidade se refere tanto inovao quanto aos dados que trafegam pela tecnologia. A capacidade de entrar e sair de muitos sistemas municipais e privados essencial para que possamos realizar a promessa de cidades inteligentes. 6. Dispositivos inteligentes de IoT. Em uma cidade inteligente, as informaes sero cada vez mais obtidas diretamente de sensores que coletam e compartilham informaes teis. Com esses dados, sistemas urbanos complexos podero ser gerenciados em tempo real. Cada uma dessas tecnologias trabalha em conjunto para tornar uma cidade cada vez mais inteligente. Disponvel em: https://www.binarionet.com.br/as-6-tecnologias-que-impulsionam-as-cidades-inteligentes/ gclid=EAIaIQobChMIuerFlJXR8QIVFRLnCh2LgAAWEAMYASAAEgKEJfD_BwE Acesso em: 7. jul. 2021. Supondo-se que voc integre o grupo de editorialistas de um jornal de circulao nacional e considerando-se os textos apresentados, redija um editorial, defendendo a implantao de cidades inteligentes como opo vivel para a soluo de problemas sociais

Questão 1
2020Redação

(UFU - 2020) Pessoas poderosas que movem mundos e fundos para tentar driblar a prpria mortalidade no so exatamente novidade que o digam os leitores da Epopeia de Gilgmesh, conjunto de textos mesopotmicos datados de 2000 a.C., que narram, entre outras coisas, a busca do rei Gilgmesh pelo segredo da vida eterna. Gilgmesh, bvio, no entendia de biologia molecular, nem tinha os bilhes de dlares do Vale do Silcio do sculo 21 sua disposio. Com efeito, os equivalentes modernos dos monarcas da Mesopotmia figuras como Sergey Brin, um dos fundadores do Google; Peter Thiel, que ajudou a criar o PayPal; Jeff Bezos, da Amazon; e Larry Ellison, da Oracle resolveram apostar, ao longo desta dcada, que a combinao de biotecnologia de ponta com capital de risco bilionrio ser capaz de operar maravilhas na guerra ao envelhecimento e morte. Embora disponham de volumosos investimentos, as pesquisas na rea ainda esto longe de alcanar maturidade, em especial no que diz respeito a aplicaes teraputicas em seres humanos. H hoje maior compreenso acerca dos mecanismos moleculares que conduzem ao envelhecimento de clulas, tecidos e organismos inteiros, todavia no se pode afirmar que alguma interveno medicamentosa individual teria impacto considervel sobre a longevidade do Homo sapiens. Por isso, a estratgia dos que querem testar intervenes antienvelhecimento projetar testes clnicos voltados para problemas especficos, mas focado em resultados sistmicos da aplicao. Se o medicamento voltado para a preveno de doenas cardiovasculares, digamos, tambm diminuir o risco de diabetes e de demncia nos pacientes ao longo dos anos, seria um sinal de que ele est no caminho certo. De qualquer modo, as metas mais ambiciosas do Vale do Silcio estender indefinidamente a longevidade humana muito provavelmente vo exigir bem mais do que o uso de uns poucos medicamentos. Considerando a mirade de causas biolgicas que conduzem ao envelhecimento, ser necessrio ao mesmo tempo corrigir danos no DNA, reciclar protenas malformadas, eliminar clulas senescentes e substituir tecidos e rgos que passaram do prazo de validade, com ajuda de clulas-tronco (capazes de dar origem a todos os tecidos do organismo). Ou seja, o resultado almejado depende de que muitas coisas deem certo ao mesmo tempo e ainda cedo para dizer se acertar todos esses ponteiros no acarretaria efeitos indesejveis, difceis de prever hoje. Muito provavelmente ser algo gradual, que vai acontecer ao longo das prximas dcadas ou sculos, diz o geneticista da USP. Conforme for se consolidando a viso de que o envelhecimento uma forma de doena, e a sociedade destinar recursos para enfrentar o problema, como j est acontecendo, no me parece impossvel que ele seja evitado ou, no mnimo, reduzido a nveis muito baixos. O clich no poderia ser mais apropriado: quem viver ver. LOPES, Reinaldo Jos Disponvel em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2019/08/bilionarios-americanos-buscam-na-biomedicina-a-formula-da-imortalidade.shtml Acesso em: 07 abr. 2020. Redija um texto de opinio, posicionando-se sobre a possibilidade de se estender indefinidamente a longevidade humana.

Questão 2
2020Redação

(UFU - 2020) A LGPD (Lei Geral de Proteo de Dados - Lei n 13.709/2018) a legislao brasileira que regula a atividade sobre o uso de dados pessoais, de colaboradores e de terceiros, por todos os tipos de organizaes que operam em territrio brasileiro, trazendo sanes severas aos que no estiverem cumprindo suas determinaes. Essa Lei traz regras para disciplinar a forma como os dados pessoais dos indivduos podem ser armazenados por empresas ou mesmo por outras pessoas fsicas. O objetivo da Lei proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. Disponvel em: https://sergiopontes.jusbrasil.com.br/artigos/614642198/o-que-fala-a-lei-geral-de-protecao dadospessoais#:~:text=A%20Lei%20n%C2%BA%2013.709%2F2018,mesmo%20por%20outras%20pessoas%20f%C3%ADsicas. Acesso em: 26 out. 2020. (Adaptado) No incio de julho deste ano, a educadora Nelci de Carvalho comeou a sentir fortes dores de cabea. Ela sabia que precisava ir ao mdico, mas passar por uma consulta presencial era algo impensvel por ser do grupo de risco e por conta da quarentena imposta pela pandemia do novo coronavrus. A soluo foi buscar ajuda por meio da tecnologia. Nelci, que mora em So Paulo, ligou para o seu convnio mdico e foi orientada a agendar uma teleconsulta. Foi atendida por uma mdica de Curitiba, a mais de 410 quilmetros de distncia de sua casa, que acessou pelo sistema todos os seus dados: desde exames mdicos anteriores at nmeros do CPF e RG, endereo e nmero do celular. O diagnstico foi rpido e certeiro: sinusite. [...] No mercado online do crime (a chamada deep web), um conjunto completo de informaes mdicas de um norte-americano pode valer US$ 1.000. Os dados sobre a sade de um paciente contm diversas informaes, como nmero de RG e de CPF, nome completo, data de nascimento, nome dos pais, endereo. So dados que acompanham a pessoa por longo tempo e no podem ser trocados. Quando um criminoso se apodera dessas informaes, pode us-las para fraudes por perodos prolongados. Se o histrico mdico indicar situaes delicadas (como uma doena sexualmente transmissvel ou uma condio terminal do paciente), o paciente pode, inclusive, ser chantageado. Disponvel em: https://estudio.folha.uol.com.br/mastercard/2020/10/servicos-de-saude-e-dados-de-pacientes-precisam-deprotecao-extra.shtml Acesso em: 26 out. 2020. (Fragmento) Redija uma carta aberta aos mdicos do Sistema nico de Sade-SUS, alertando-os sobre os riscos de ataques cibernticos decorrentes do fornecimento de dados de pacientes e conscientizando-os sobre a Lei Geral de Proteo de Dados(LGPD), que entrou em vigor no dia 18 de setembro de 2020 no Brasil e que prev multa para as empresas que no se prevenirem contra esses ataques.

Questão 1
2019Redação

(UFU - 2019 - 2 FASE) ORIENTAO GERAL Leia com ateno todas as instrues. A) Voc encontrar trs situaes para fazer sua redao. Leia as situaes propostas at o fim e escolha a proposta com a qual voc tenha maior afinidade. B) Aps a escolha de um dos gneros, assinale a opo no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedea s normas do gnero. C) Se for o caso, d um ttulo para sua redao. Esse ttulo dever deixar claro o aspecto da situao escolhida que voc pretende abordar. D) Se a estrutura do gnero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOS ou JOSEFA. E) Em hiptese alguma, escreva seu nome, pseudnimo, apelido, etc. na folha de prova. F) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. G) No copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redao. ATENO: se voc no seguir as instrues da orientao geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redao ser penalizada. SITUAO A Na ltima semana, um brasileiro comum possivelmente gerou 1kg de lixo plstico. Um italiano gera a mesma quantidade em cinco dias e algum que mora na Indonsia, em dez. No Brasil, menos de 2% desse plstico ser reciclado. Os nmeros do plstico so enormes. Nos oceanos, h perto de 300 milhes de toneladas (o que equivale a cerca de 11 trilhes de garrafas plsticas de 500ml). E essa estimativa no leva em conta o lixo terrestre. Daqui a 11 anos, em 2030, o total de lixo plstico poder ter dobrado. Em 2016, 396 milhes de toneladas de plstico virgem foram produzidos cerca de 53kg por pessoa. Parte desses produtos se tornou lixo, especialmente, nos quatro maiores pases poluentes: Estados Unidos, China, ndia e Brasil. Considerando-se o mundo inteiro, cerca de 20% do plstico coletado para reciclagem, mas isso no significa que ele realmente ter esse destino honroso. A baixa qualidade de produtos feitos com o material reciclado, seu baixo valor de mercado e a possvel presena de contaminao atrapalham a expanso da atividade. No so incomuns as imagens de animais presos em sacolas e em garrafas ou mortos por ingesto de grandes quantidades de plstico, que pode demorar, dependendo do modo de descarte, mais de mil anos para se decompor. Outro exemplo fcil de observar a degradao de corais. Recentemente, uma nova preocupao surgiu: microplsticos, fibras microscpicas de plstico. Estudo recente mostrou presena deles em diversos locais do mundo. De dez amostras colhidas em So Paulo, por exemplo, somente uma no tinha plstico. Estudo semelhante foi feito com guas engarrafadas e o resultado seguiu a mesma linha, com 93% das amostras contaminadas com microplsticos. No h, at o momento, evidncias sobre os riscos associados ao consumo humano dessas fibras plsticas, mas alguns especialistas afirmam que existe a possibilidade de elas transferirem produtos qumicos quando consumidas. Disponvel em: WATANABE, Phillippe https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/03/brasil-e-um-dos-maiores- consumidores-de-plastico-mas-so-recicla-2-do-total.shtml. Acesso em 09 abr. 2019. (Adaptado) Redija uma carta de solicitao ao secretrio do Meio Ambiente de sua cidade, solicitando a criao de medidas a serem implantadas para descarte e para reciclagem de resduos plsticos.

Questão 2
2019Redação

(UFU - 2019 - 2 FASE) (UFU - 2019 - 2 FASE) ORIENTAO GERAL Leia com ateno todas as instrues. A) Voc encontrar trs situaes para fazer sua redao. Leia as situaes propostas at o fim e escolha a proposta com a qual voc tenha maior afinidade. B) Aps a escolha de um dos gneros, assinale a opo no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedea s normas do gnero. C) Se for o caso, d um ttulo para sua redao. Esse ttulo dever deixar claro o aspecto da situao escolhida que voc pretende abordar. D) Se a estrutura do gnero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOS ou JOSEFA. E) Em hiptese alguma, escreva seu nome, pseudnimo, apelido, etc. na folha de prova. F) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. G) No copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redao. ATENO: se voc no seguir as instrues da orientao geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redao ser penalizada. SITUAO B O hbito digital mais comum do mundo no fcil de se abandonar, mesmo depois de um surto de indignao moral sobre os riscos para a privacidade e as divises polticas que o Facebook criou, em meio a preocupaes sobre os efeitos do hbito sobre a sade emocional dos usurios. Ainda que 40% dos usurios do Facebook digam ter abandonado o uso do servio por perodos prolongados em algum momento, a plataforma digital continua a crescer. Mas o que acontece se voc de fato sair? Um novo estudo, o mais abrangente at agora, oferece uma previso. O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade Stanford e da Universidade de Nova York, ajuda a esclarecer o debate incessante sobre a influncia do Facebook no comportamento, no pensamento e nas atitudes polticas de seus usurios mensais ativos, que chegam a 2,3 bilhes em todo o planeta. O estudo foi postado recentemente no Social Science Research Network, um site aberto. Bem antes que irrompessem as notcias de que o Facebook compartilhava dados de seus usurios sem o consentimento deles, cientistas e usurios habituais j debatiam de que forma a plataforma havia mudado as experincias cotidianas. Quase 3.000 usurios aceitaram o convite e responderam a questionrios extensos sobre sua rotina diria, opinies polticas e estado de esprito em geral. Metade dos usurios, selecionados aleatoriamente, foram instrudos a desativar suas contas de Facebook por um ms, em troca de um pagamento. O valor a ser pago era um dos grandes interesses dos pesquisadores: quanto vale, em dinheiro, um ms de acesso a fotos, comentrios, grupos, amigos e newsfeeds do Facebook? Em mdia, cerca de US$ 100, o estudo constatou. No final do ms de estudo, as pessoas que deixaram a rede e o grupo de controle voltaram a responder a extensos questionrios que avaliavam as mudanas em seu estado de esprito, conscientizao poltica e paixo partidria, bem como o vai e vem de suas atividades cotidianas, online e offline, desde o comeo do experimento. Para as pessoas que ficaram fora da rede, abandonar o Facebook liberou cerca de uma hora por dia, em mdia, e mais do que o dobro disso para os usurios mais assduos. Eles tambm reportaram que passaram mais tempo offline, com amigos e parentes ou assistindo TV. O resultado mais notvel do estudo pode ser o de que a desativao do Facebook teve efeito positivo, ainda que modesto, quanto ao estado de esprito e satisfao com a vida entre os participantes. A constatao ajuda a rebater a suposio generalizada de que o uso habitual de mdia social causa perturbaes psicolgicas reais. Disponvel em: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2019/02/planeja-deixar-o-facebook-estudo- aponta-consequencias-da-desconexao.shtml. Acesso em 04 fev. 2019. (Adaptado) Redija um texto de opinio, questionando o estudo conduzido pelos pesquisadores da Universidade Stanford e da Universidade de Nova York sobre os efeitos do Facebook na vida dos indivduos e posicionando-se a respeito desse estudo.

Questão 3
2019Redação

(UFU - 2019 - 2 FASE) (UFU - 2019 - 2 FASE) ORIENTAO GERAL Leia com ateno todas as instrues. A) Voc encontrar trs situaes para fazer sua redao. Leia as situaes propostas at o fim e escolha a proposta com a qual voc tenha maior afinidade. B) Aps a escolha de um dos gneros, assinale a opo no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedea s normas do gnero. C) Se for o caso, d um ttulo para sua redao. Esse ttulo dever deixar claro o aspecto da situao escolhida que voc pretende abordar. D) Se a estrutura do gnero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOS ou JOSEFA. E) Em hiptese alguma, escreva seu nome, pseudnimo, apelido, etc. na folha de prova. F) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. G) No copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redao. ATENO: se voc no seguir as instrues da orientao geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redao ser penalizada. SITUAO C Faz mais de 20 anos que o mundo se espantou com o nascimento da ovelha Dolly, o primeiro mamfero clonado a partir de uma clula adulta. Na poca, a mdia explorou bastante o receio implcito na duplicao de seres vivos. A revista Time colocou duas ovelhas na capa com a manchete: Algum dia haver um clone seu?. Ao mesmo tempo, o filme Jurassic Park assustava o pblico com uma histria sobre tiranossauros e velociraptores clonados, que saem de controle e atacam os humanos, comendo advogados e apavorando criancinhas. Mas, ao longo dos anos, a clonagem foi sendo apagada da imaginao coletiva, que se ocupou de outras inovaes cientficas e tecnolgicas. Numa era de edio gentica, biologia sinttica e inteligncia artificial, o medo da clonagem chega a parecer inocente, lembrana de uma poca menos ansiosa. Mas a, em maro de 2018, a cantora e atriz americana Barbra Streisand fez uma revelao. Em uma entrevista, ela deixou escapar que suas cachorrinhas da raa coton de tulear, Miss Violet e Miss Scarlett, na verdade so clones de Samantha, uma cadela que ela amava muito e faleceu em 2017. As duas, ela explicou, haviam sido clonadas. A revelao gerou fria entre os defensores dos animais, e Streisand publicou um artigo no New York Times se explicando: Fiquei arrasada com a perda da Sammie, depois de 14 anos juntas, e queria manter uma parte dela viva, algo que veio de seu DNA. A moralidade da clonagem debatida h bastante tempo. Ns temos o direito de criar uma cpia de um ser vivo, especialmente considerando a dor e o sofrimento envolvidos no processo? Para produzir um nico clone, pode ser necessrio implantar mais de dez embries. A me que atua como barriga de aluguel tratada com hormnios que, a longo prazo, podem ser perigosos. E muitos dos fetos so abortados, nascem mortos ou deformados. Revista Superinteressante. Ed. 401, abril 2019, p. 22-23. (Fragmento) Redija um editorial a respeito do direito de se criar uma cpia de um ser vivo, especialmente considerando-se a dor e o sofrimento envolvidos nesse processo.

Questão 1
2018Redação

(UFU - 2018 - 2 FASE) ORIENTAO GERAL Leia com ateno todas as instrues. A) Voc encontrar trs situaes para fazer sua redao. Leia as situaes propostas at o fim e escolha a proposta com a qual voc tenha maior afinidade. B) Aps a escolha de um dos gneros, assinale a opo no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedea s normas do gnero. C) Se for o caso, d um ttulo para sua redao. Esse ttulo dever deixar claro o aspecto da situao escolhida que voc pretende abordar. D) Se a estrutura do gnero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOS ou JOSEFA. E) Em hiptese alguma, escreva seu nome, pseudnimo, apelido, etc. na folha de prova. F) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. G) No copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redao. SITUAO A Leia o texto abaixo. Num caf em Nova York, tentando se reerguer da ressaca do brunch, um homem e uma mulher de meia idade discutiam quem tinha antepassados h mais tempo em solo americano, listando parentes distantes na lista de bordo dos primeiros barcos europeus a atracar por essas terras centenas de anos atrs. Minha famlia comeou com a colnia da Virgnia, dizia Robert Slaughter, dono de um antiqurio, lembrando o lugar onde viveram John Smith e a ndia Pocahontas. Sou aquilo que pareo, um europeu ocidental, com um pouco de escandinavo e uma pitada de espanhol no meio. Ele e a nova amiga, como milhes de americanos em tempos de nacionalismo exacerbado, tinham na ponta da lngua um resumo cristalino de suas rvores genealgicas. No que tenham se tornado especialistas no assunto da noite para o dia, mas a febre em torno de testes caseiros de DNA que inundam o mercado no pas mais rico do mundo criou uma enorme legio de nerds geneticistas amadores. Em comerciais na TV, empresas como 23andMe, Ancestry e MyHeritage no cansam de contar as histrias de descoberta de seus clientes, um mais caricato do que o outro, do rapaz que descobriu ser mais escocs que alemo e trocou os suspensrios por um kilt mulher que passou a usar cocares quando soube de um antepassado indgena. H uma onda de pessoas querendo aprender mais sobre o seu passado, diz Rafi Mendelsohn, porta-voz da MyHeritage, empresa com 80 milhes de usurios no mundo, a maioria deles nos Estados Unidos, e 3 bilhes de rvores genealgicas j arquivadas em seu sistema online. Todas essas plataformas, que cobram em mdia R$ 300 pelo teste de DNA, operam da mesma forma. Quem quiser saber detalhes de sua composio gentica cospe num tubinho de ensaio, embrulha num saco plstico e manda pelo correio ao laboratrio - o resultado chega em semanas. [...] Emma Krenstler, uma jovem branca que cresceu ouvindo falar de seus antepassados alemes e italianos, tambm ficou chocada quando viu traos do norte da frica e do Oriente Mdio nos resultados do teste de DNA que ela fez. Isso abriu meus olhos para muitas outras possibilidades. Pensei que tudo que eu sabia at agora sobre mim mesma podia ser uma mentira, diz Krenstler. Fiquei to surpresa que passei a cavar mais fundo agora. Meus pais, meus tios e avs tambm esto todos fazendo esse mesmo exame. Enquanto ela descobriu origens insuspeitadas, o estudante de urbanismo Mikhi Woods teve certeza daquilo que j pensava sobre a sua composio tnica. Mesmo de olhos puxados, que despertavam perguntas de seus amigos sobre parentes orientais, ele dizia no ter dvidas sobre as suas razes africanas. Descobri que fao parte de alguma coisa e que tenho um passado, ele conta. Sou mais confiante em relao a tudo agora porque isso reforou minha identidade como um homem negro. Woods, Krenstler e Wederfoort estudam juntos na Universidade West Chester, na Pensilvnia. Eles todos, curiosos com suas origens tnicas, fizeram testes de DNA como voluntrios num projeto acadmico que tenta avaliar o impacto do conhecimento da prpria gentica sobre a construo de uma identidade social. Fiquei chocada quando vi tantos alunos formando filas para fazer os testes, conta Anita Foeman, a professora frente do estudo. Mas o fato que a proliferao desses exames est gerando novas discusses sobre raa e cultura. Muita gente mudou toda a narrativa sobre suas origens. Faz mais de uma dcada que Foeman comeou esse levantamento, mas o nmero de voluntrios e o volume de dados arquivados vm batendo recordes nos ltimos anos. [...] H um desejo cada vez maior de saber mais sobre as nossas origens. Esses testes viraram uma extenso do selfie, diz a professora. As pessoas querem novas maneiras de se enxergar, querem brincar mais com a identidade. Mas tambm querem atacar. Em tempos de supremacias dos brancos, violncia policial contra negros e discursos de dio cada vez mais explcitos, pesquisas sobre etnia acabaram virando uma ferramenta poltica, dando origem ao que ativistas chamam de genealogia da resistncia. Irritada com os ataques a imigrantes que ouvia de comentaristas e polticos ultraconservadores nos canais de notcias na televiso, a jornalista Jennifer Mendelsohn passou a pesquisar as rvores genealgicas dessas personalidades para mostrar que as famlias de muitas delas tambm vieram de outro lugar para tentar fazer a Amrica. [...] Se pessoas soubessem mais sobre a histria da imigrao neste pas, haveria mais compaixo, diz a jornalista. Ela completa: Esses testes de DNA e as rvores genealgicas, s vezes, revelam que as pessoas no so quem pensam que so e mostram que todos estamos conectados. MART, Silas - https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/04/avanco-do-nacionalismo-impulsiona-testes-deorigem-genetica-nos-eua.shtml Acesso em 23/04/18 (Adaptado) Suponha-se que voc esteja fazendo um curso avanado de Biologia em uma universidade e seu(sua) professor(a) esteja investigando como tema de pesquisa o impacto do conhecimento da prpria gentica sobre a construo de uma identidade social e que, para isso, precisa saber, inicialmente, o que as pessoas pensam sobre os testes genticos. Com base nessa situao, redija um texto de opinio, em que fique evidenciado a importncia ou no de se fazerem testes genticos.

Questão 2
2018Redação

(UFU - 2018 - 2 FASE) ORIENTAO GERAL Leia com ateno todas as instrues. A) Voc encontrar trs situaes para fazer sua redao. Leia as situaes propostas at o fim e escolha a proposta com a qual voc tenha maior afinidade. B) Aps a escolha de um dos gneros, assinale a opo no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedea s normas do gnero. C) Se for o caso, d um ttulo para sua redao. Esse ttulo dever deixar claro o aspecto da situao escolhida que voc pretende abordar. D) Se a estrutura do gnero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOS ou JOSEFA. E) Em hiptese alguma, escreva seu nome, pseudnimo, apelido, etc. na folha de prova. F) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. G) No copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redao. SITUAO B Leia o texto abaixo, extrado da revista Veja de 28 de fevereiro de 2018, de Giulia Vidale. No sculo xv, revelam os livros de histria, o papa Inocncio VIII, muito debilitado, teria recebido sangue de trs meninos de 10 anos de idade para ter sua vitalidade restaurada. A transfuso foi oral. O caso teve um desfecho trgico: todos os envolvidos morreram alguns dias depois do procedimento. O pontfice acatou a drstica soluo sob influncia do Deuteronmio, livro de Antigo Testamento, segundo o qual sangue vida. A rigor, a ideia do lquido vermelho como algo rejuvenescedor nunca abandonou o imaginrio da humanidade. Cortemos para 2018, no corao do Vale do Silcio, o reduto californiano das mentes mais cartesianas do planeta. Ali, quarentes, cinquentes e sessentes milionrios esto recorrendo a uma startup de biotecnologia para fazer como o papa Inocncio: receber sangue de jovens por meio de transfuso com o objetivo de recuperar a sensao de juventude. O procedimento oferecido por uma clnica privada que investiga os efeitos do plasma de jovens no combate a doenas do envelhecimento. Atrai homens e mulheres com mais de 35 anos dispostos a pagar 8000 dlares para receber o material. Como o estudo privado, sem participao de dinheiro pblico, no h empecilho tico para cobrar dos que desejam participar da experincia. Das 100 pessoas j atendidas, todas afirmaram se sentir com mais energia depois do procedimento, disse a Veja o mdico Jesse Karmazin, criador da Ambrosia, a empresa que oferece o servio. [...] O voluntrio recebe seis bolsas de sangue, quantidade equivalente a 1 litro e meio. A poro transfundida o plasmo, constitudo por gua, protenas e anticorpos. O material comprado pela startup do Vale do Silcio em bancos de sangue, que coletam o lquido de jovens de 16 a 25 anos. Mais de 100 marcadores sanguneos so avaliados pela empresa, mas a lgica da sensao de rejuvenescimento estaria o estudo ainda no tem concluses na reduo de nveis inflamatrios no sangue e na ao de substncias abundantes no corpo jovem. Entre as mais estudadas esto a protena GDF-11, associada ao crescimento e formao das veias, e a TIMP-2, envolvida na manuteno da estrutura celular e dos tecidos. Ao entrarem na corrente sangunea do organismo mais velho, produziriam os efeitos do rejuvenescimento. Entre animais, a ao rejuvenescedora do sangue jovem transfundido est consolidada. O primeiro trabalho data de 1956. Naquela experincia, setenta duplas de roedores, formadas por um bicho recm-nascido e um j em estado avanado na idade, compartilharam o mesmo fluxo sanguneo. O resultado impressionou a comunidade cientfica. Em 2008, pesquisadores da Universidade Stanford descobriram que os ratos envelhecidos que se submetiam ao procedimento adquiriram clulas no hipocampo, rea cerebral crucial para a memria e o aprendizado, uma das primeiras regies do crebro a se deteriorar com a idade. Diz a geneticista Lygia Pereira, chefe do Laboratrio Nacional de Clulas-Tronco Embrionrias da Universidade de So Paulo: H, sem dvida, um caminho entusiasmante, mas preciso fazer mais avaliaes para que os benefcios se comprovem reais tambm em seres humanos. Nove em cada dez experincias cientficas so feitas com ratos antes de ser aplicadas em humanos. Um dos motivos a semelhana gentica. Ainda assim, para efeito de comparao em uma das reas mais ricas em pesquisas clnicas, a oncologia, apenas 8% dos resultados com animais se comprovam em humanos. Alm da iniciativa da startup americana, um dos poucos trabalhos com o uso de sangue jovem em pessoas mais velhas, conduzido pela faculdade de medicina de Stanford, comeou a avaliar recentemente os efeitos da transfuso em portadores de Alzheimer, para medir o impacto das protenas no sistema cognitivo dos doentes. Tambm no h concluses ainda. Por mais seguro e controlado que seja o procedimento de transfuso, sempre haver riscos. No existe a possibilidade de um produto biolgico ser totalmente incuo, diz a hematologista Melca Barros, mdica da disciplina hematologia e hemoterapia da Universidade de So Paulo. O sangue um tecido vivo e, portanto, sua transfuso aumenta a probabilidade de alergia a componentes do material do doador e de infeces. O lquido jovem, repleto de fatores de crescimento, pode ainda deflagrar cnceres no receptor. So obstculos reais, mas nada que reduza o mpeto da turma californiana em busca da eterna juventude at que aparea a prxima aposta. Antes foram os coquetis de vitaminas, os alimentos com mega 3 e as injees de hormnios. VIDALE, G. Veja. 28 de fevereiro de 2018. O texto acima um exemplo do gnero reportagem, produzido no domnio de divulgao cientfica, com funo de apresentar, discutir, polemizar, divulgar um tema que seja de interesse de determinado pblico. Suponha-se que voc esteja em uma aula de produo textual e seu(sua) professor(a) deseja testar sua capacidade de resumir um texto, sem alterar o ponto de vista do autor. Levandose em considerao as caractersticas desse gnero textual e a reportagem, redija um resumo.

Questão 3
2018Redação

(UFU - 2018 - 2 FASE) ORIENTAO GERAL Leia com ateno todas as instrues. A) Voc encontrar trs situaes para fazer sua redao. Leia as situaes propostas at o fim e escolha a proposta com a qual voc tenha maior afinidade. B) Aps a escolha de um dos gneros, assinale a opo no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedea s normas do gnero. C) Se for o caso, d um ttulo para sua redao. Esse ttulo dever deixar claro o aspecto da situao escolhida que voc pretende abordar. D) Se a estrutura do gnero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOS ou JOSEFA. E) Em hiptese alguma, escreva seu nome, pseudnimo, apelido, etc. na folha de prova. F) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. G) No copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redao. SITUAO C A publicao da norma pela Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS) que vai regulamentar a partir do segundo semestre a cobrana de franquia dos usurios de planos de sade gerou crticas por parte de associaes e entidades de defesa dos direitos do consumidor. A regra est em fase final de anlise na agncia reguladora e deve ser publicada em junho, passando a valer no ms seguinte. Alm da modalidade de coparticipao em que o cliente arca com parte dos custos de procedimentos toda vez que usa plano de sade e j adotada por empresas as operadoras podero tambm vender planos com franquia. A opo das franquias, que ser ofertada por planos de sade, ter similaridade com o que praticado no mercado de seguro de veculos. O consumidor pagaria mensalidade, com direito a alguns procedimentos bsicos gratuitos, mas, se precisar de outros tipos de consultas, exames ou cirurgias no previstos pelo plano, teria de pagar do prprio bolso at atingir o valor da franquia. Um usurio que tem despesa mensal de R$ 500 por ms com plano de sade total de R$ 6 mil no ano no poderia gastar mais do que o valor total pago ao ano com gastos extras relativos franquia e coparticipao. A norma deve determinar tambm limite de pagamento mensal para os que aderirem aos planos com franquia. O cliente que gasta mensalmente R$ 500 com o plano, no poderia pagar mais que o dobro do valor, ou seja, R$ 1 mil por ms. Oficialmente, a ANS informa que ainda no foram estabelecidos percentuais e limites para coparticipao e franquia, mas alguns detalhes j foram comentados por empresas do setor. A ideia que a parte a ser paga pelo cliente ao longo do ano referente franquia e coparticipao no poder ultrapassar o valor que ele pagou por 12 meses de mensalidade do plano. A norma, hoje em anlise pela Procuradoria da ANS, deve ser editada em junho. A partir da, as empresas teriam entre 120 e 180 dias para adaptao. A proposta, no entanto, recusada por empresas e especialistas em defesa do consumidor. A ANS precisa definir de qual lado ela est. Porque parece que ela sempre busca o melhor para atender ao mercado e s operadoras de planos de sade. Criar franquias para o uso dos planos uma aberrao. No se pode comparar a sade com sistemas usados para gastos com automveis, em caso de acidentes. Acho que os consumidores no vo aderir a esses modelos e espero que a norma seja revista antes de entrar em vigor, afirma a mdica Ren Patriota, coordenadora da Associao de Defesa dos Usurios de Planos e Sistemas de Sade (Aduseps). Perda no bolso De acordo com a ANS, os planos com franquias podem ter reduo entre 20% e 30% no valor da mensalidade e podem ser interessantes para pessoas que usam pouco os planos. No entanto, no caso de algum gasto emergencial aparecer, o usurio pode ter que gastar do prprio bolso e a economia acaba saindo caro. Para Mario Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da USP e membro do conselho diretor do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a implementao dos modelos de coparticipao e a franquia podem trazer prejuzos para usurios que recorrem ao plano com mais frequncia, como idosos e aqueles que tm doenas crnicas ou graves. Essas opes (com franquia) acabam sendo vantajosas para quem no usa muito o convnio mdico, diz Scheffer. J o economista-chefe da Associao Brasileira de Planos de Sade (Abramge), Marcos Novais, destaca que estudos em pases que adotam as modalidades de contrato com franquia e coparticipao mostram que a mensalidade dos planos fica cerca de 30% mais barata e que a mudana cria mais opes para os consumidores brasileiros. Contudo, ele ressalta que as mudanas valero apenas para os novos contratos. A norma vai modernizar uma regra que j existe desde 1998. No se est criando nada. De l para c, a sociedade mudou muito. As regras, que ainda esto em discusso, no mudam em nada para os beneficirios que j tm seus planos hoje, s para os novos. E os planos que esto disponveis nas prateleiras vo continuar sem mudanas, explica Novais. Segundo a ANS, a publicao pretende estabelecer regras claras para franquia e coparticipao nos planos, que hoje respondem por 50% dos contratos dos cerca de 47 mil beneficirios do setor. O objetivo evitar disputas judiciais causadas pela falta de regulamentao sobre limite de cobranas e de um pacote mnimo de servios. FONSECA, Marcelo https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2018/04/19/internas_economia,952745/cobranca-de-franquiapelos-planos-de-saude-gera-resistencia.shtml A notcia sobre a nova portaria da Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS) para regulamentar a franquia em planos de sade tem gerado controvrsias. Para a ANS, essas cobranas melhoraro a utilizao dos planos. J as entidades de defesa dos consumidores apontam que as modalidades podero levar abusividade nas contrataes de novos planos. Considerando-se que uma medida dessa natureza tem impacto significativo na vida dos brasileiros e que a carta aberta representa uma importante ferramenta de participao poltica dos cidados, suponha-se que voc, depois de uma reunio com os membros de sua comunidade, seja escolhido para produzir um texto a ser veiculado em um jornal de circulao nacional, abordando o posicionamento do grupo a respeito da nova portaria. Com base nessa situao, redija uma carta aberta, em que fique evidenciado a posio de sua comunidade sobre a cobrana de franquias pelos planos de sade.

Questão
2017Redação

(UFU - 2017 - 1 FASE) Leia com ateno o texto a seguir. Medicina cientfica X medicalizao da vida Pessoas saudveis so pacientes que ainda no sabem que esto doentes, considera o doutor Knock na pea de Jules Romains, em que o personagem convence a todos os habitantes de uma cidade de que esto doentes. A comdia, de 1923, antecipa, de certo modo, uma das caractersticas de nosso tempo, a medicalizao progressiva de todos os aspectos da vida. Vivemos um momento privilegiado da histria, quando a medicina atingiu um nvel incomparvel de conhecimentos e recursos tecnolgicos. Com criatividade, a cincia conquistou terreno apropriando-se at mesmo de reas de vida durante sculos fora do alcance de qualquer interveno que no a religiosa como as doenas psiquitricas. Medicalizar consiste em passar a definir e tratar algo como problema mdico, ou seja, direcionar conhecimentos e recursos tcnicos da medicina para tratar algo que antes no era abrangido por essa rea. natural que, medida que a cincia avana, novas patologias sejam detectadas, como a depresso ou o autismo, e outras, reinterpretadas e descartadas, caso da histeria e da homossexualidade. Avanos tecnolgicos permitem no s diagnosticar melhor, mas diagnosticar mais, mesmo condies que no coloquem a vida em risco ou comprometam sua qualidade. O problema est precisamente na facilidade com que novas doenas podem ser criadas, quando situaes antes tidas como normais acabam patologizadas. Algumas de formas justificadas, outras, no. Claro que h boas e ms formas de medicalizao. Entre os casos positivos, podese citar a introduo da plula anticoncepcional, que permitiu uma revoluo sexual. Um exemplo negativo foi a demonizao do mau hlito no comeo do sculo XX, ao ser rebatizado como... halitose. Em virtude disso, uma notvel campanha publicitria estimulou a venda de uma nova necessidade, o antissptico bucal. Hoje a lista de doenas questionveis no para de crescer: de caractersticas pessoais estigmatizveis como calvcie, sndrome das pernas inquietas, timidez, sem falar nas caractersticas estticas, situaes de vida (tristeza, luto) e mesmo consequncias do envelhecimento. Parece, portanto, que estamos vivendo o apogeu da m medicalizao a chamada mercantilizao das doenas, como provam os absurdos nveis de consumo de frmacos como a ritalina (especialmente entre escolares, muitos sobrediagnosticados com TDAH) e antidepressivos. Remdio chiclete. QUILLFELDT, Jorge. Medicina cientfica X medicalizao da vida. Revista Scient American Brasil, ano 13, n155. (Texto adaptado) Com base nas ideias apresentadas no texto, redija uma CARTA ARGUMENTATIVA para o Ministro da Sade, criticando a criao de novas doenas e/ou a medicalizao de situaes antes tidas como normais. Em sua carta, voc, um cidado brasileiro, deve tambm cobrar providncias da rea de sade em relao a essas questes.

1-15 de 36chevron right center