(UFU - 2017 - 1 FASE) Leia com ateno o texto a seguir. o fim do mundo O sobrevivencialismo, a prtica de se preparar para o colapso da civilizao, em geral, evoca certa imagem: o ermito com seu chapu de papel-alumnio, o histrico com o estoque de feijo, o catastrofista religioso. Contudo, nos ltimos anos, a prtica se expandiu para localidades mais abastadas, estabelecendo-se no Vale do Silcio e em Nova Iorque, entre executivos de tecnologia e gestores de hedge fund e seus pares da rea econmica. Como a preocupao com o apocalipse veio a florescer no Vale do Silcio, um lugar conhecido pela prdiga confiana em sua capacidade de mudar o mundo para melhor? Em grupos privados de Facebook, sobrevivencialistas ricos trocam dicas sobre mscaras de gs, bunkers e locais protegidos dos efeitos da mudana climtica. Um diretor de uma empresa de investimentos, membro de um desses grupos, me disse: Tenho sempre um helicptero com o tanque cheio, e um bunker com sistema de filtragem de ar. Seus preparativos provavelmente o posicionam num ponto extremo em relao aos colegas, disse, mas acrescentou: Muitos amigos meus aderiram a armas, motos e moedas de ouro. Hoje em dia esse lance no mais to raro. Esses impulsos no so to contraditrios quanto parecem. Roy Bahat, diretor do Bloomberg Beta, uma empresa de capital de risco baseada em So Francisco, acredita que a rea da tecnologia costuma recompensar a capacidade de imaginar futuros radicalmente diferentes. Quando voc faz isso, bem comum levar as coisas ao extremos o que conduz s utopias e distopias, disse. Isso tanto pode inspirar um otimismo radical como o do movimento criognico, que defende o congelamento de corpos aps a morte, na esperana de que a cincia um dia consiga reviv-los como cenrios sombrios. Tim Chang, diretor-geral que j est de mala feita, disse: Meu atual estado de esprito oscila entre o otimismo e o puro terror. Uma pesquisa encomendada pelo National Geographic constatou que 40% dos americanos acreditam que investir na armazenagem de mantimentos ou na construo de um abrigo nuclear era melhor que contratar um plano de aposentadoria privado. Na internet, as discusses dos sobrevivencialistas vo do coloquial (Guia de Preparao para Mes em Caso de Agitao Civil) ao soturno (como comer um pinheiro para sobreviver). OSNOS, Evan. o fim do mundo. Revista Piau, 127, abril de 2017. (Texto adaptado) A partir da leitura do texto, redija um RELATO, em primeira pessoa, imaginando sua vida como sobrevivente, no Brasil, aps uma grande catstrofe que levou o mundo, tal como voc o conheceu, a seu fim. Relate, ainda, como voc teria conseguido sobreviver.
(UFU - 2016 - 2 FASE) Leia o texto a seguir. Em 2012, cerca de 62 milhes de toneladas de resduos slidos foram produzidos no Brasil. Segundo dados do Ministrio do Meio Ambiente, apenas 2% desse material retorna cadeia produtiva. Os resduos que no so reciclados acabam em lixes (17,8%), aterros controlados (24,2%) e aterros sanitrios (58%). O no reaproveitamento dos resduos slidos custa ao pas R$ 8 bilhes por ano. Segundo relatrio da Ellen MacArthur Foundation organizao sem fins lucrativos que estuda e estimula a adoo da economia circular , 65 bilhes de toneladas de matria-prima foram inseridas no sistema produtivo do mundo todo em 2010. Projees do instituto indicam que, at 2020, a quantidade ter subido para 82 bilhes de toneladas por ano. Disponvel em: http://www.altosestudos.com.br/?p=52902. Acesso em: 2 fev. 2016 (fragmento). A Fundao Ellen MacArthur tem por objetivo promover o que se chama de economia circular, modelo pelo qual se tentam aproveitar todos os insumos utilizados na fabricao de um produto, sem produzir lixo. A diferena para a reciclagem tradicional que, pelo mtodo de Ellen, no existe em ltima instncia desperdcio (mesmo que a reciclagem possa ser incorporada ao processo). A organizao passou a popularizar a economia circular, hoje adotada por gigantes da iniciativa privada como o Google e a Unilever. Alm disso, a Fundao Ellen MacArthur passou a incentivar a adoo da economia circular em empresas, universidades, governos e ONGs. A organizao prega que o que hoje consideramos lixo , na verdade, fonte de matria-prima para novos produtos e, logo, uma oportunidade de negcios e de produzir de maneira sustentvel. Ellen procura convencer companhias, em especial as do setor privado, a resgatar insumos de fabricao e reaver produtos para reaproveitar resduos, em vez de jog-los em lixes e aterros. So vrias as maneiras de fazer com que o (antes) lixo vire algo til: repar-lo para que volte ao mercado, com preo reduzido; resgatar partes para que sejam utilizadas em novos itens, ou para o reparo de outros produtos; ou, como ltimo recurso, reciclar materiais como plstico e vidro. Indo alm da oportunidade de negcios, claro que a economia circular tambm faz bem ao planeta - e combina com os recentes anseios ambientalistas. A economia linear ainda dominante porque se tem a impresso de que ela mais barata que a circular. Enquanto essa viso no mudar, continuaremos a perder disse VEJA o ingls Paul Ekins, professor de energia e ambiente da University College London e especialista no tema. O desafio popularizar a ideia de que nada precisa ser descartado, concluiu. DONATELLI, Luiza. Veja, 27 de janeiro de 2016 (adaptado). Com base nos textos, redija um EDITORIAL, explorando o conceito de economia circular e destacando a importncia de o Brasil adotar prticas de polticas pblicas que visem busca do desperdcio zero.
(UFU - 2016 - 2 FASE) Leia atentamente os textos a seguir. TEXTO I Dizer que o mundo conectado aproximou as pessoas j pode ser considerado um lugarcomum. Trata-se, no entanto, de um daqueles postulados que se tornam a cada dia mais vigorosos por um motivo simples: verdadeiro. Um estudo divulgado em fevereiro pelo Facebook calculou a partir de dados de seu 1,6 bilho de usurios que a distncia entre um indivduo e qualquer outro do planeta de apenas 3,5 graus de separao. quase metade do que apontavam pesquisas at a dcada passada, que alardeavam os famosos 6 graus de separao. Um dos efeitos dessa transformao o advento da economia de compartilhamento na qual o cliente e o vendedor sempre tm contato direto, normalmente por meio de um servio on-line, dispensando atravessadores. Se hoje possvel utilizar um aplicativo para avisar um motorista de que se quer contrat-lo, as cooperativas de txis deixam de ter peso. Se existe a oportunidade de acessar um servio de streaming que dispe de milhares de filmes, sries e afins, pelo pagamento de uma mensalidade, dilui-se o alcance das TVs a cabo. Em outras palavras, reduziu-se a distncia entre quem faz e quem quer adquirir o que foi feito. A mesma lgica tem sido burilada por startups as nascentes empresas de tecnologia para remodelar outro tradicional setor da velha economia: o de imveis. Nos anos 2010 surgiram servios que conectam proprietrios de casas e apartamentos com interessados em alug-los ou compr-los. O que muda? Podem-se dispensar as clssicas imobilirias e, em curto prazo, tambm os corretores. Veja, ed. 2467, ano 49, n 9, 2 de maro de 2016, p. 86 (fragmento adaptado). TEXTO II Com base nos textos, redija uma CARTA ARGUMENTATIVA, para ser enviada seo de cartas da revista, posicionando-se, a favor ou contra, a respeito da afirmativa a seguir. A tecnologia tem deixado vrias formas de negcio, como o imobilirio, mais transparentes, eficientes e baratas ao dar controle ao cliente e eliminar profissionais que s atuavam no meio de campo, burocratizando o processo, para depois resolver os problemas criados por eles mesmos.
(UFU - 2016 - 2 FASE) REDAO ORIENTAO GERAL Leia com ateno todas as instrues. - Se for o caso, d um ttulo para sua redao. Esse ttulo dever deixar claro o aspecto da situao que voc pretende abordar. - Se a estrutura do gnero exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOS ou JOSEFA. - Em hiptese alguma escreva seu nome, pseudnimo, apelido, etc. - Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. - No copie trechos dos textos motivadores. Leia o texto a seguir. O lado negro da internet das coisas Imagine a situao. Voc vai ao banheiro. Com pressa, sai sem lavar as mos. Ao tentar abrir a porta, nota que ela se trancou automaticamente, e um alarme soa. S ento voc entende: ou lava as mos, pressionando a alavanca na saboneteira, ou a porta no se abrir. Parece fico, mas produtos assim j existem. O Safegard Germ Alarm uma saboneteira que faz exatamente isso. Aciona um comando digital (como tocar um alarme ou trancar a porta) se percebe que voc est deixando o banheiro sem lavar as mos. Essa uma das facetas menos visveis da chamada internet das coisas: seu uso para controle social. Agora, objetos comuns iro se conectar rede. Geladeiras, ventiladores, ferros de passar, fechaduras, carros, cadeiras e at nossas camas ficaro cheios de sensores observando nosso comportamento. Essa tecnologia no neutra. Trar vises polticas embutidas. Em artigo no jornal The New York Times, o presidente do Google, Eric Schmidt, sugeriu a criao de corretores automticos para discursos de dio e assdio na internet. Nas interfaces de voz, esse tipo de corretor j praxe. Palavras de baixo calo ditas para assistentes virtuais so autocorrigidas e substitudas por caracteres grficos. E como ficam os corretores de comportamento? Um exemplo so as pulseiras conectadas para atividades fsicas, que incentivam exerccios e boa alimentao, combatendo o sedentarismo e a obesidade. Uma delas se chama Pavlok (o nome no poderia ser melhor) e d choques eltricos no usurio. Trs aplicativos vm de fbrica. Um se chama Wake Up, um despertador na base do choque. Outro tem o nome de Productive e monitora seus hbitos na rede, dando um choque quando voc se desvia do trabalho. H tambm o Fit, que acompanha sua alimentao e exerccios, punindo o usurio se ele fugir das suas metas. O lema da empresa : Pavlok no apenas monitora, mas transforma quem voc . Esse tipo de arranjo coloca sobre o indivduo todo o peso e responsabilidade por suas falhas. Isso nos leva a ignorar as causas mais profundas para vrias dessas questes, como pobreza, doenas ou ignorncia. Nas palavras do escritor Eugeny Morozov: A poltica deixa de ser uma aventura comum para se tornar um espetculo individualista destinado ao consumidor, no qual confiamos a busca de solues sociais para os aplicativos. Uma em cada trs pessoas que usam banheiros pblicos no lava as mos antes de sair. Pode acreditar: trancar a porta automaticamente, impedindo que saiam dali, no resolve o problema. Muitas tiranias surgem do desejo de fazer o bem. LEMOS, Roberto. Folha de S. Paulo, 14 de fevereiro de 2015, tec. Com base no texto e em seus conhecimentos sobre os avanos tecnolgicos, redija um TEXTO DE OPINIO, discorrendo sobre as mudanas que esses progressos acarretaram na rotina das pessoas, e posicionando-se a respeito das implicaes desses avanos na liberdade e na intimidade dos cidados.
(UFU - 2015 - 2aFASE) SITUAO B Leia atentamente os textos a seguir. De redes sociais a internet j est cheia, ento dois sujeitos (o programador Brian Moore e o diretor de criao Chris Baker) resolveram lanar um servio que se contrape lgica de que preciso sociabilizar com todo mundo. Eles lanaram uma anti-rede social que te ajuda a evitar as pessoas. Chamado Cloak, o aplicativo para smartphones monitora os checkins dos contatos da pessoa para que ela possa fugir deles quando estiver na rua. Disponvel em: www.acontecendoaqui.com.br/cloak-anti-rede-social-que-te-deixa-incognito-na-vidareal/. Acesso em 22 de fevereiro de 2015. Hoje sbado e sbado app. Nossa descoberta do dia: colocar-se no modo annimo e no cruzar as pessoas que voc quer ver. Imagine que voc ande na cidade, voc quer ficar quieto e no cruzar algumas pessoas, exes , colegas de trabalho, chefe, ou velhos amigos um pouco pegajosos. Para saber se eles esto nas redondezas, e se voc tem um iPhone, faa o login no Cloak! Como a capa de invisibilidade de Harry Potter (sim, porque Cloak em Ingls significa capa ), este aplicativo vai permitir que voc no cruze com as pessoas que no quer ver. Esse o princpio da rede antissocial bastante simples e original. Rede social, para voc no perder a sua calma Prtica: no necessrio que as outras tenham a mesma a aplicao Cloak para que ela funcione. Para localizar os contatos, Cloak se serve dos dados de geolocalizao recuperados do Foursquare e do Instagram. Ela, ento, indica a sua localizao em um mapa e permite que voc receba alertas. No futuro, os desenvolvedores da rede Cloak esto planejando incluir outras redes sociais para otimizar sua aplicao. Assim, o Facebook em breve ser uma parte dela, ao contrrio do Twitter onde mais difcil de recuperar a geolocalizao mesmo quando os usurios tenham ativado a opo. Bem, obviamente, Cloak tambm identifica as pessoas de que gostamos. No pode ser to antissocial assim no ? Disponvel em: http://pt.kioskea.net/news/23247-cloak-uma-rede-social-para-ficar-incognito. Acesso em 22 de fevereiro de 2015. Com base nos textos acima, redija um TEXTO DE OPINIO, posicionando-se sobre a necessidade ou no de o ser humano se sociabilizar com todo mundo.
(UFU-MG-2015) REDAÇÃO SITUAÇÃO A Leia as informações a seguir. - Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 44% das vítimas do tráfico são alvos de exploração sexual, 32% são aliciadas para exploração no trabalho e 25% sofrem com a combinação de ambos os tipos de exploração. Ainda segundo a OIT, pelo menos metade dessas vítimas de tráfico é menor de 18 anos. - As principais rotas do tráfico de brasileiras para os Países Baixos partem da região amazônica, com escala no Suriname, país que faz fronteira com os estados do Pará e Amapá. Um relatório da ONG Fórum da Amazônia Oriental revela que das 241 rotas de tráfico de seres humanos identificadas no Brasil, 76 passam pela região Norte. - As mulheres são o principal alvo do tráfico internacional de seres humanos. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, só na Europa, 500 mil mulheres sejam traficadas a cada ano. As brasileiras engrossam as estatísticas no velho continente e somam 75 mil, o equivalente a 15% das vítimas. - Dos brasileiros que cruzam o Atlântico vítimas do tráfico, 90% são do sexo feminino. Espanha, Holanda, Itália, Portugal, Suíça e França são os principais destinos das brasileiras, segundo as Nações Unidas. E elas chegam principalmente dos estados de Goiás, São Paulo, Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro. - Pobreza e falta de oportunidades são apontadas pela Organização Internacional para Migração (OIM) como um estímulo à expansão do tráfico de seres humanos no mundo. Desde 1994 combatendo as redes internacionais, a entidade já providenciou assistência a cerca de 15 mil vítimas do tráfico de pessoas e implementou 500 projetos de reinserção em 85 países. - O tráfico mundial de pessoas, que inclui, em sua maioria, crianças e adolescentes, movimenta 12 milhões de dólares, o equivalente a R$ 36,468 milhões por ano. É, portanto, o terceiro mercado criminoso do mundo, sendo superado apenas pelos tráficos de armas e drogas. Esses números foram destacados pela deputada Laura Carneiro. - Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a cada ano cerca de um milhão de crianças são exploradas sexualmente no mundo, pelo tráfico, pelo abuso sexual, pela prostituição e pornografia infantil, o que comprova a existência de uma indústria com o tráfico. Disponível em:http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2014-12/mulheressao-70-das-vitimas-de-trafico-de-pessoas-em-todo-o-mundo. Acesso em 22 de fevereiro de 2015. (adaptado) Os trechos I e II constituem inícios diferentes de editoriais. Leia-os atentamente. (I) Migrar e trabalhar. Quando esses verbos se conjugam da pior forma possível, acontece, ainda hoje, o chamado tráfico de seres humanos. Um relatório da Organização Internacional do Trabalho, publicado em 2005, estima em cerca de 2,5 milhões o número de pessoas traficadas em todo o mundo, 43% para exploração sexual, 32% para exploração econômica e 25% para os dois ao mesmo tempo. Disponível em: http://www2.uol.com.br/historiaviva/artigos/o_trafico_de_seres_humanos_hoje.html. Acesso: 13 de março de 2015 (fragmento). (II) A escravidão contemporânea é diferente daquela que existia até o final do século 19, quando o Estado garantia que comprar, vender e usar gente era uma atividade legal. Mas é tão perversa quanto, por roubar do ser humano sua liberdade e dignidade. Disponível em: http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Direitos-Humanos/Trabalho-escravo-noBrasil-de-hoje/5/1045. Acesso em 13 de março de 2015 (fragmento). Com base nas informações apresentadas, redija um EDITORIAL, dando sequência ao trecho (I) ou ao trecho (II). SITUAÇÃO B Leia atentamente os textos a seguir. De redes sociais a internet já está cheia, então dois sujeitos (o programador Brian Moore e o diretor de criação Chris Baker) resolveram lançar um serviço que se contrapõe à lógica de que é preciso sociabilizar com todo mundo. Eles lançaram uma anti-rede social que te ajuda a evitar as pessoas. Chamado Cloak, o aplicativo para smartphones monitora os checkins dos contatos da pessoa para que ela possa fugir deles quando estiver na rua. Disponível em: www.acontecendoaqui.com.br/cloak-anti-rede-social-que-te-deixa-incognitona-vida-real/. Acesso em 22 de fevereiro de 2015. Hoje é sábado e sábado é app. Nossa descoberta do dia: colocar-se no modo anônimo e não cruzar as pessoas que você quer ver. Imagine que você ande na cidade, você quer ficar quieto e não cruzar algumas pessoas, exes , colegas de trabalho, chefe, ou velhos amigos um pouco pegajosos. Para saber se eles estão nas redondezas, e se você tem um iPhone, faça o login no Cloak! Como a capa de invisibilidade de Harry Potter (sim, porque Cloak em Inglês significa capa ), este aplicativo vai permitir que você não cruze com as pessoas que não quer ver. Esse é o princípio da rede antissocial bastante simples e original. Rede social, para você não perder a sua calma Prática: não é necessário que as outras tenham a mesma a aplicação Cloak para que ela funcione. Para localizar os contatos, Cloak se serve dos dados de geolocalização recuperados do Foursquare e do Instagram. Ela, então, indica a sua localização em um mapa e permite que você receba alertas. No futuro, os desenvolvedores da rede Cloak estão planejando incluir outras redes sociais para otimizar sua aplicação. Assim, o Facebook em breve será uma parte dela, ao contrário do Twitter onde é mais difícil de recuperar a geolocalização mesmo quando os usuários tenham ativado a opção. Bem, obviamente, Cloak também identifica as pessoas de que gostamos. Não pode ser tão antissocial assim não é? Disponível em: http://pt.kioskea.net/news/23247-cloak-uma-rede-social-para-ficar-incognito. Acesso em 22 de fevereiro de 2015. Com base nos textos acima, redija um TEXTO DE OPINIÃO, posicionando-se sobre a necessidade ou não de o ser humano se sociabilizar com todo mundo. SITUAÇÃO C Considere os quadros a seguir. Com base no texto acima, redija uma CARTA ARGUMENTATIVA ao Ministro do Trabalho, sugerindo a criação de medidas que minimizem a situação dos trabalhadores que poderão ser substituídos por uma máquina.
(UFU - 2015 - 2aFASE) SITUAO A Leia as informaes a seguir. Segundo a Organizao Internacional do Trabalho (OIT), 44% das vtimas do trfico so alvos de explorao sexual, 32% so aliciadas para explorao no trabalho e 25% sofrem com a combinao de ambos os tipos de explorao. Ainda segundo a OIT, pelo menos metade dessas vtimas de trfico menor de 18 anos. As principais rotas do trfico de brasileiras para os Pases Baixos partem da regio amaznica, com escala no Suriname, pas que faz fronteira com os estados do Par e Amap. Um relatrio da ONG Frum da Amaznia Oriental revela que das 241 rotas de trfico de seres humanos identificadas no Brasil, 76 passam pela regio Norte. As mulheres so o principal alvo do trfico internacional de seres humanos. A Organizao das Naes Unidas (ONU) estima que, s na Europa, 500 mil mulheres sejam traficadas a cada ano. As brasileiras engrossam as estatsticas no velho continente e somam 75 mil, o equivalente a 15% das vtimas. Dos brasileiros que cruzam o Atlntico vtimas do trfico, 90% so do sexo feminino. Espanha, Holanda, Itlia, Portugal, Sua e Frana so os principais destinos das brasileiras, segundo as Naes Unidas. E elas chegam principalmente dos estados de Gois, So Paulo, Cear, Minas Gerais e Rio de Janeiro Pobreza e falta de oportunidades so apontadas pela Organizao Internacional para Migrao (OIM) como um estmulo expanso do trfico de seres humanos no mundo. Desde 1994 combatendo as redes internacionais, a entidade j providenciou assistncia a cerca de 15 mil vtimas do trfico de pessoas e implementou 500 projetos de reinsero em 85 pases. O trfico mundial de pessoas, que inclui, em sua maioria, crianas e adolescentes, movimenta 12 milhes de dlares, o equivalente a R$ 36,468 milhes por ano. , portanto, o terceiro mercado criminoso do mundo, sendo superado apenas pelos trficos de armas e drogas. Esses nmeros foram destacados pela deputada Laura Carneiro. Segundo a Organizao Internacional do Trabalho (OIT), a cada ano cerca de um milho de crianas so exploradas sexualmente no mundo, pelo trfico, pelo abuso sexual, pela prostituio e pornografia infantil, o que comprova a existncia de uma indstria com o trfico. Disponvel em:http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2014-12/mulheres-sao-70- das-vitimas-de-trafico-de-pessoas-em-todo-o-mundo. Acesso em 22 de fevereiro de 2015. (adaptado) Os trechos I e II constituem incios diferentes de editoriais. Leia-os atentamente. (I) Migrar e trabalhar. Quando esses verbos se conjugam da pior forma possvel, acontece, ainda hoje, o chamado trfico de seres humanos. Um relatrio da Organizao Internacional do Trabalho, publicado em 2005, estima em cerca de 2,5 milhes o nmero de pessoas traficadas em todo o mundo, 43% para explorao sexual, 32% para explorao econmica e 25% para os dois ao mesmo tempo. Disponvel em: http://www2.uol.com.br/historiaviva/artigos/o_trafico_de_seres_humanos_hoje.html. Acesso: 13 de maro de 2015 (fragmento) (II) A escravido contempornea diferente daquela que existia at o final do sculo 19, quando o Estado garantia que comprar, vender e usar gente era uma atividade legal. Mas to perversa quanto, por roubar do ser humano sua liberdade e dignidade. Disponvel em: . Acesso em 13 de maro de 2015 (fragmento). Disponvel em: http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Direitos-Humanos/Trabalho-escravo-noBrasil-de-hoje/5/1045. Acesso em 13 de maro de 2015 (fragmento). Com base nas informaes apresentadas, redija um EDITORIAL, dando sequncia ao trecho (I) ou ao trecho (II).
(UFU - 2015 - 2aFASE) SITUAO C Com base no texto acima, redija uma CARTA ARGUMENTATIVA ao Ministro do Trabalho, sugerindo a criao de medidas que minimizem a situao dos trabalhadores que podero ser substitudos por uma mquina.
(UFU-MG-2011) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior conhecimento. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os . Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. SITUAÇÃO A Leia as informações a seguir. Objetivo 7 de desenvolvimento do milênio O país reduziu o índice de desmatamento, o consumo de gases que provocam o buraco na camada de ozônio e aumentou sua eficiência energética com o maior uso de fontes renováveis de energia. Acesso à água potável deve ser universalizado, mas a meta de melhorar condições de moradia - saneamento básico vai depender dos investimentos realizados. Disponível em: http://www.pnud.org.br/odm/objetivo_7/. Com base nas informações acima, redija uma NOTÍCIA. SITUAÇÃO B Leia atentamente o texto a seguir. Há cem anos, apenas 10% da população mundial vivia em cidades. Atualmente, somos mais de 50%, e até 2050, seremos mais de 75%. A cidade é o lugar onde são feitas todas as trocas, dos grandes e pequenos negócios à interação social. É onde a cultura abrange e interliga nações de todo o planeta. Mas também é o lugar onde há um crescimento desmedido das favelas e do trabalho informal: estima-se que dois em cada três habitantes viva em favelas ou sub-habitações. E é também o palco de transformações dramáticas que fizeram emergir as megacidades do século XXI: as cidades com mais de 10 milhões de habitantes já concentram grande parte da população mundial. Em época de imperativa preocupação com o desenvolvimento sustentável, é de se destacar que 2/3 do consumo mundial de energia se dá nas cidades e aproximadamente 75% de todos os resíduos gerados ocorrem nas cidades. Portanto, falar em mudanças climáticas, aquecimento global e sustentabilidade é falar de cidades sustentáveis. As metrópoles são o grande desafio estratégico do planeta neste momento. Se elas adoecem, o planeta fica insustentável. No entanto, a experiência internacional de Barcelona a Portland, de Nova Iorque a Bogotá mostra que as metrópoles se reinventam. Se refazem. Por que as metrópoles contemporâneas compactas densas, vivas e diversificadas nas suas áreas centrais propiciam um maior desenvolvimento sustentável, concentrando tecnologia, novas oportunidades de crescimento, gerando inovação e conhecimento em seu território? Em junho de 2008, visitei Sir Peter Hall em sua casa no subúrbio de Londres. Um dos maiores estudiosos das cidades, ele costuma dizer que inovação urbana importa tanto quanto infraestrutura urbana. Ao ser questionado sobre os desafios complexos das megacidades que souberam se reinventar, falávamos dos diversos projetos urbanos em curso em Londres e da falta deles nas nossas grandes cidades, como São Paulo, ele lembrou-me, sabiamente, que Roma, Londres, Paris e Nova Iorque estavam entre as três maiores cidades em seus respectivos tempos de auge, quando suas grandes inovações urbanas ocorreram. Ou seja, mesmo as grandes cidades, nossas metrópoles complexas e superpopulosas podem se reinventar e conquistar mais qualidade de vida e serem mais sustentáveis. Nas décadas recentes, tem-se observado uma emergência comum às grandes metrópoles mundiais, as cidades globais: os antigos espaços urbanos centrais estão perdendo boa parte de suas funções produtivas, tornando-se obsoletos e, assim, verdadeiros guetos de degradação urbana, social e ambiental. Do ponto de vista urbanístico, essas transformações resultaram em uma série de problemas comuns que vêm afetando nossas cidades hoje. O abandono das áreas centrais metropolitanas pelo setor industrial e a consequente degradação urbana de espaços com potenciais tão evidentes de desenvolvimento, embora dotados de preciosa infraestrutura e localização privilegiada, expõe a urbanização ilegal, porém, real e incontrolável de nossas periferias. Esse espraiamento urbano tem consequências dramáticas em termos de total insustentabilidade ambiental, social, econômica e urbana, pois gera uma ocupação de baixa densidade, distanciamento improdutivo e, no caso das grandes cidades brasileiras, se dá sobre áreas de proteção ambiental. Ou seja, a dispersão urbana é o oposto de uma cidade sustentável. Em diversas metrópoles mundiais que têm conseguido reverter essa situação, as áreas industriais obsoletas se tornam alvo de atuação dos grandes projetos urbanos. É a reconversão industrial. Vazios urbanos se tornam palco da implantação desses projetos aliados ao surgimento de políticas urbanas de desregulamentação urbanística e parcerias entre o poder público e iniciativa privada. As metrópoles são o locus da diversidade da economia à ideologia, passando pela religião e cultura. E esta gera inovação. As maiores cidades do hemisfério norte descobriram isso já há alguns anos e têm se beneficiado enormemente inclusive em termos da atração de novos investimentos desse diferencial, dessas externalidades espaciais. E têm promovido seus projetos de regeneração urbana através de políticas de inovação urbana. Centros urbanos diversificados, em termos de população e usos, com empresas ligadas à nova economia, têm se configurado nas novas oportunidades de inovação urbana em áreas anteriormente abandonadas. Assim, parece-nos evidente o papel único das metrópoles na nova rede de fluxos mundial e nos processos inovadores. O potencial do território central regenerado e reestruturado produtivamente é imenso na nova economia, desde que planejado estrategicamente. Sob o prisma do desenvolvimento urbano sustentado, voltar a crescer para dentro da metrópole e não mais expandi-la é altamente relevante: reciclar o território é mais inteligente do que substituí-lo. Reestruturá-lo produtivamente é possível e desejável no planejamento estratégico metropolitano. Ou seja, regenerar produtivamente territórios metropolitanos existentes deve ser face da mesma moeda dos novos processos de inovação econômica e tecnológica. Nesse sentido, desenvolver com sustentabilidade pressupõe crença no progresso humano, significa não cair na armadilha psicanalítica do imobilismo ou regresso bucólico saudosista propiciados pelos discursos catastrofistas deterministas ou eco-chatos. Ou seja: acreditamos na evolução do conhecimento, das técnicas e das tecnologias humanas. Uma postura estrategicamente proativa impõe a adoção de medidas e parâmetros verdes em praticamente tudo que fazemos atualmente, mas impõe, sobretudo, a busca e adoção das técnicas e tecnologias avançadas na racionalização da gestão dos projetos e da operação das cidades. Como exemplo: medidas mitigadoras que visam uma melhor pegada ecológica urbana, como o menor consumo de energia, adoção de matriz de energias renováveis, reciclagem de lixo urbano, aumento do gradiente verde das cidades e reuso de águas devem ser buscadas sempre. O resultado ambiental efetivo é amplamente maior se adotada a reinvenção urbana real. A cidade compacta fará a diferença real no uso mais racional e sustentável dos recursos. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8edicao=56id=707. Considerando o texto da situação B, produza um RESUMO. SITUAÇÃO C Leia os textos a seguir. O número de domicílios do país com acesso a rede de esgoto passou de 33,55 em 2000 para 45,7% em 2008. Os dados estão na Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada ontem. Quando a análise é feita por municípios, a pesquisa revela que um quinto das cidades despeja seu esgoto de forma inadequada, em fossas sem tratamento, na água ou a céu aberto. Outras 27% lançam os dejetos em fossas sépticas (dispositivo do tipo câmara que é isolado do solo e faz a filtragem do dejeto). A existência de rede não significa que haja tratamento. Em apenas 29% dos municípios, o esgoto coletado é tratado, percentual que aumenta para 48% no Sudeste. As cidades com tratamento, no entanto, são justamente as de maior porte, que concentram mais população. O IBGE constatou também a falta de rede pública de água em 20% das moradias, onde o abastecimento é feito por poços, caminhões-pipas ou gatos. A necessidade de racionar água existe em 25% dos municípios do Norte e 40% do Nordeste. Outro tema da pesquisa é o lixo. Metade das cidades usa lixões a céu aberto, prática que é crime ambiental. Embora os percentuais negativos sejam altos, Luciano Bastos, pesquisador da Cope/UFRJ, afirma que os dados devem ser relativizados. Os municípios não produzem quantidades iguais de lixo. Só 1% dos lixões estão em municípios com mais de 100 mil habitantes, diz. A mesma ponderação é feita por Antonio Tadeu de Oliveira, gerente de pesquisa do IBGE, a respeito da rede de esgoto. Ele cita municípios da região Sul, em que a população se dedica à agricultura familiar. Não há escala para o serviço. Algumas prefeituras, então, fornecem a fossa séptica para as famílias. Mas há cidades de médio porte com o problema. Teresópolis (RJ), com 160 mil habitantes, não tem rede de esgoto. Nos bairros pobres, os dejetos são lançados diretamente no rio. Folha de S. Paulo, 21 de agosto de 2010. (Caderno Cotidiano 2) Décadas de falta de investimento público resultaram em cobertura tão precária da rede de esgoto nas cidades brasileiras que mesmo avanços significativos se mostram ineficientes para alterar essa realidade insalubre. Houve, de fato, melhorias como mostra a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, divulgada anteontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entre 2000 e 2008, a parcela de domicílios com acesso à rede de esgoto, passou de 33,5% para 45,7%. Apesar do salto, mais da metade das residências brasileiras não dispõe desse serviço essencial. Ainda que uma parcela dessa população possa contar com outras modalidades de esgotamento sanitário adequado com fossas, em locais de baixa densidade populacional - , é escandaloso que o país chegue à segunda década do século 21 sem ter resolvido uma questão tão elementar. Mais saneamento básico diminui a mortalidade infantil e a incidência de doenças infecciosas e parasitárias. De acordo com especialistas, o peso do tratamento adequado do esgoto nas condições de saúde é superior ao da renda das famílias. A meta para os próximos mandatários tem que ser a universalização desses serviços. Para isso, é preciso que o país deixe de patinar na insuficiência de investimento e nas dificuldades de execução de obras de infraestrutura. Em 2007, um novo marco regulatório foi criado para o setor, com a Lei do Saneamento. O poder público buscava induzir aportes privados e ampliar sua própria participação nesses serviços. Os resultados, no entanto, ainda são sofríveis. Folha de S. Paulo, 22 de agosto de 2010. Com base nas ideias apresentadas nos textos da situação C e em seus conhecimentos sobre o assunto, redija um TEXTO DE OPINIÃO.
REDAÇÃO ORIENTAÇÃO GERAL Leia com atenção todas as instruções. Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior conhecimento. Após a escolha de um dos gêneros, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no lugar apropriado na folha de prova. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. ATENÇÃO: Se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada. SITUAÇÃO A Edifícios doentes, eles podem ser letais Eduardo Araia À primeira vista, os imponentes prédios envidraçados que se espalham pelas metrópoles do mundo parecem maravilhas da tecnologia contemporânea, invulneráveis à chuva, aos ventos e a outras ameaças externas. A vida dentro desses ambientes fechados, porém, pode ser bem complicada. A pouca ventilação originária dos próprios projetos que os conceberam fabrica autênticas armadilhas para seus usuários, especialmente os idosos e os que têm distúrbios respiratórios. Quando está nesses edifícios, parte considerável dessas pessoas um estudo divulgado pela revista Environmental Health fala em até 60% do total apresenta sintomas como ressecamento da mucosa nasal (com eventual sangramento), agravamento dos sintomas de rinite e(ou) asma, lacrimejamento, congestão e outros problemas nos olhos, além de dores de cabeça, náuseas, tonturas e fadiga. Mas se elas saem do prédio em questão e ficam algum tempo longe dele, já se sentem melhor. Por isso mesmo, o problema ganhou o nome de Síndrome do Edifício Doente (SED). Segundo Mônica Aidar Menon Miyake, otorrinolaringologista e alergista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, a SED é observada em pessoas que passam grande parte do seu tempo dentro de ambientes impróprios, mal ventilados e mal construídos. É frequente nelas o desencadeamento ou a piora dos sintomas de rinite alérgica e não alérgica, além da rinite ocupacional. Isso pode ocorrer por deficiência de insolação (luz solar) e de ventilação do ambiente, bem como acúmulo de alérgenos (substâncias ou microrganismos que desencadeiam a alergia) e irritantes respiratórios, sem contar a falta de manutenção adequada dos aparelhos de ar-condicionado, observa. As pessoas com a SED em geral não têm nenhuma doença que um médico possa detectar, mas seu sofrimento é inegável, comenta Richard Lockey, diretor da Divisão de Alergia e Imunologia da Universidade do Sul da Flórida. Em alguns casos, os sintomas são tão sérios que a pessoa não pode mais trabalhar no edifício em questão. A origem da SED data de meados dos anos 1970, quando a elevação brusca dos preços do petróleo provocou uma crise energética sem paralelo no mundo. A reação de arquitetos e engenheiros foi projetar e construir edifícios mais fechados, com poucas aberturas para ventilação. Com isso, manter a circulação e a refrigeração do ar exigiria um consumo menor de energia. Simplificar a realidade, porém, sempre embute um preço, que mais cedo ou mais tarde será cobrado. A nova tendência implicava automatizar os sistemas de ar-condicionado, e a economia de custos concentrou os controles em apenas duas variáveis: temperatura e umidade relativa do ar interno. Com isso, diversos outros fatores relativos à qualidade do ar mais importantes para os usuários dos edifícios ficaram esquecidos. Com a renovação do ar interno drasticamente restringida nesses prédios, o nível dos poluentes existentes dentro deles subiu em proporções assustadoras. Entre eles estão o monóxido e o dióxido de carbono (CO e CO2), além de ácaros, fungos, algas, protozoários e bactérias, que se multiplicam rapidamente quando a limpeza de carpetes, tapetes e cortinas não é feita de forma adequada. É a ação desses poluentes sobre o organismo que caracteriza a SED. O reconhecimento oficial da nova doença veio em 1982, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) atribuiu a ela as consequências de um incidente ocorrido na década de 1970 em um hotel da Filadélfia, nos Estados Unidos. A contaminação do ar interno do estabelecimento, provocada por uma das maiores vilãs da SED, a bactéria Legionella, originou 182 casos de pneumonia e a morte de 30 pessoas. Dezesseis anos depois, a Legionella incluiu em sua lista de vítimas nada menos do que um ministro brasileiro: Sérgio Motta, das Comunicações, teve seu quadro clínico agravado pela bactéria,abrigada nos dutos do sistema de climatização do hospital onde estava internado, e não resistiu. Foi a partir daí que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador do sistema de saúde brasileiro, determinou que todos os prédios do país climatizados artificialmente deveriam elaborar e manter um plano de manutenção e controle dos sistemas de ar-condicionado. A qualidade do ar interno tem dominado o debate sobre a saúde dos edifícios, pois estudos indicaram que o funcionamento adequado do sistema de ventilação que remove ou dilui os poluentes associados à SED soluciona cerca de 90% das queixas. Quanto a isso, é importante observar que os sistemas de filtros dos aparelhos de arcondicionado são em geral preparados para proteger mais o equipamento do que propriamente a saúde de seu usuário. Além disso, as menores partículas respiráveis exatamente as que gostaríamos de eliminar são as que mais facilmente driblam os filtros. E, por ironia, o uso de aspiradores de pó convencionais levanta essas partículas do carpete onde estão depositadas e as dispersa novamente na área respirável, de onde elas só vão lentamente sair à noite. Disponível em: http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/425/artigo72647-2.htm. Acesso em 15 nov 2010. Texto adaptado. A qualidade do ar é, sem dúvida, fundamental para a saúde do edifício. Com base nessa afirmação, redija uma CARTA ARGUMENTATIVA ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mostrando a relação entre qualidade do ar e saúde e sugerindo a ele medidas cabíveis para tentar solucionar o problema dos edifícios doentes. SITUAÇÃO B Leia os textos e os gráficos a seguir. O aumento da expectativa de vida do brasileiro é resultado da melhoria das condições de vida - saneamento básico, assistência médica, por exemplo - e da redução da taxa de mortalidade infantil, conforme mostra o gráfico ao lado. Alguns dos fatores que estão contribuindo para a queda da mortalidade infantil no país são as melhorias nas áreas de saneamento básico, a preocupação com a educação das mães, a expansão das vacinas, o desenvolvimento e implantação de programas de nutrição, programas de assistência às gestantes e mães, de aleitamento, entre outros. O atendimento à saúde no Brasil é feito por entidades públicas e privadas. A maior parte da população utiliza o Sistema Único de Saúde - SUS, que é gerenciado pelo Ministério da Saúde e complementado por serviços privados contratados pelo governo. A rede privada é constituída por planos e convênios de saúde. Confira algumas estatísticas que mostram um pouco mais sobre a realidade da saúde no Brasil: Disponível em: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/saude/saudebrasil.html. Acesso em 10 nov. 2010. Redija um TEXTO DE OPINIÃO respondendo à seguinte questão: Como anda a saúde no Brasil? SITUAÇÃO C Com base nas informações apresentadas na Situação B, redija uma NOTÍCIA.
ORIENTAO GERAL DEIXE DEMARCADO NA SUA FOLHA DE REDAO QUAL A SITUAO QUE ESCOLHEU. (CASO CONTRRIO NO SER POSSVEL REVISO) Leia com ateno todas as instrues. Voc encontrar trs situaes para fazer sua redao. Leia as situaes propostas at o fim e escolha aquela com que voc tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual voc tenha maior conhecimento. Aps a escolha de um dos temas propostos, assinale sua opo no alto da folha de resposta. Caso opte pelas situaes A ou B, d um ttulo para sua redao. Escreva o ttulo no lugar apropriado na folha de prova. Se optar pela carta argumentativa - Situao C -, escreva, no lugar da assinatura: JOS OU JOSEFA. Em hiptese alguma escreva seu nome, pseudnimo, apelido, etc. na folha de prova. Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. No copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redao. Se voc no seguir as instrues da orientao geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redao ser penalizada. SITUAO A Leia atentamente os textos abaixo. A competio olmpica o grande laboratrio dos limites do corpo humano. No universo dos superatletas, o tempo tem um significado diferente do que representa para o resto da humanidade. O homem mais rpido do mundo na atualidade, o jamaicano Asafa Powell corre 100 metros em 9s77. Mas ele apenas um segundo mais veloz do que o primeiro atleta a bater o recorde da prova, em 1912: o americano Donald Lippincott. Powell alcanou a marca pela primeira vez em 2005, quase um sculo depois. Incontveis atletas dedicaram a carreira a ampliar essa marca. Powell, com apenas um segundo frente, uma mquina poderosa. Para produzir atletas desse porte, o homem teve de saber como tirar proveito da natureza. Aqui, preciso recorrer ao darwinismo. As formulaes sobre o processo de seleo natural e a transmisso de caractersticas genticas de uma gerao para a outra ajudam a entender o surgimento de indivduos com natural aptido para as diferentes modalidades. O desafio do esporte nos prximos anos ser conhecer o verdadeiro limite do corpo. O ser humano preponderou no planeta graas a um crebro privilegiado, ao domnio da linguagem e a sua consequente capacidade de organizao. Se dependesse apenas de seus msculos, no teria conseguido sobreviver vida na floresta. Capaz de alcanar uma velocidade mdia de 36 quilmetros por hora, o homem menos veloz at do que os elefantes, que chegam a 40 quilmetros por hora. Portanto, cada centmetro, cada segundo conquistado no mundo dos recordes foi um empreendimento fabuloso. Ocorre que estamos prximos do limite. As projees dos cientistas mostram que o homem est perto de chegar fronteira final da capacidade do corpo. O recorde mundial do atletismo na prova de 800 metros masculino, de 1min41s11, est muito perto do tempo que se considera intransponvel, de 1min40s. J nos 1.500 metros feminino, esse limite j teria sido atingido: 3min50s46. H um ponto em que o homem, sem recursos como implantes mecnicos, se torna limitado, diz Joo Paulo Dubas, coordenador do Laboratrio de Fisiologia do Exerccio da Universidade Federal de So Paulo (Unifesp). esse limite cada vez mais prximo que faz com que as competies, como a que est por vir, sejam oportunidades histricas de ver a mquina humana em ao. Disponvel em: http://veja.abril.com.br/130607/p_074.shtml. Acesso em: 15 de abril de 2010. O esporte est cada vez mais ligado tecnologia e s inovaes, que se fazem necessrias no mundo moderno. Atletas, treinadores, juzes e todos aqueles que esto ligados ao assunto, seja diretamente, ou indiretamente, como torcedores, s tm a ganhar com os novos aparatos que vieram para ajudar no crescimento dos eventos esportivos. Mas ser que cincia e tecnologia fazem realmente com que as prticas desportivas alcancem maiores facilidades? Os mais novos experimentos na pesquisa relacionada ao tema se baseiam na busca por uma melhor performance por parte dos atletas. Tambm, principalmente no caso do futebol, aparelhos como televises e rdios, na hora do jogo, influenciam e auxiliam as pessoas a esclarecerem suas dvidas, e a comunicao entre as comisses tcnicas, via rdio, mais uma novidade que se torna mais comum a cada dia. No se pode dizer, com isso, que o uso de recursos como esses, podero, no futuro, substituir o julgamento humano. Nas vrias reas sociais presentes no mundo, a tecnologia est embutida como objeto til para o homem, e no esporte no poderia ser diferente. No caso da natao, um utenslio vem ganhando notoriedade, principalmente depois dos ltimos jogos olmpicos de Pequim, na China. As roupas de banho que fazem com que os nadadores cheguem ao final da prova mais rpido so feitas de tecidos especiais, que evoluram com o tempo. Com o alto nvel de competio que se tem hoje, existe uma necessidade de colocar disposio dos competidores, locais de treinamento que possuam equipamentos modernos e de boa qualidade, e isso vale para qualquer esporte. Mas uma coisa certa. A tecnologia no est presente s durante os jogos e competies em si. Tambm antes, e depois dos eventos esportivos, principalmente dos que tem mais repercusso diante do pblico, a mdia vem fazendo um importante papel. Na ltima Copa do Mundo, na Alemanha, os jogos eram acompanhados durante todos os dias, o dia todo. Antes mesmo de um jogo comear, j era possvel obter vrias informaes, em tempo real, sobre cada detalhe, cada mudana nos times. Quando se fala em esporte, tambm se fala em sade. E a modernidade no fica de lado nessa juno. Os atletas de hoje, ao contrrio daqueles que atuavam trinta anos atrs, tm um suporte muito maior com relao s questes de sade, e podem trabalhar com mais segurana e com melhor desempenho. o esporte participando de um processo do qual o ser humano precisa passar. O avano. A colaborao desportiva na comunidade cientfica est legitimada, e at pode se dizer que as atividades esportivas, podem sim, ser consideradas como novas modalidades de tecnologia. A principal motivao a busca por solues que se enquadrem melhor aos desafios que a sociedade precisa ultrapassar. A modernidade enriquece, e os atletas agradecem, pois menos erros so cometidos, e aumenta o nvel de competitividade entre eles. Disponvel em: http://blogs.universia.com.br/esportes/2008/12/03/a-tecnologia-a-favor-do-esporte/. Acesso em 15 de abril de 2010 Redija um texto de opinio sobre a seguinte questo: Pode a tecnologia auxiliar o homem a superar seus limites? SITUAO B Os trechos I e II constituem incios diferentes de editoriais. Leia-os atentamente. (I) No Imprio Romano quando o momento era de crise, tudo era escasso, para o povo se acalmar, no reclamar e no se revoltar contra o poder dominante da poca, era utilizada a poltica do po e circo, ou seja, eram construdas enormes arenas, nas quais se realizavam os sangrentos espetculos dos gladiadores. Muitos gladiadores tombavam diante da multido sedenta de sangue. Mas alguns, mais hbeis ou de mais sorte, sobreviviam, ganhavam a liberdade e por vezes passavam a organizar os combates como os craques de futebol de hoje que se tornam treinadores. No preciso muito esforo para notar que a cultura do espetculo, existente no Imprio Romano, permaneceu e se diversificou no mundo moderno, envolvendo todos os segmentos sociais. Na verdade, existem vrias opes de circo e deve haver motivos para isso. provvel que possamos encontrar algumas pistas se examinarmos os eventos contemporneos que mais se aproximam das lutas de gladiadores as competies esportivas. Voc tem duas opes para redigir o editorial. 1 - Se voc concorda com a afirmao de que as competies esportivas atuais devem ser consideradas como desenvolvimento da poltica do po e circo, d sequncia ao trecho I, argumentando a favor dessa ideia. 2 - Em caso contrrio, d sequncia ao trecho II, argumentando a favor da ideia de que os eventos esportivos podem ser considerados como metforas do mundo atual. (II) No Imprio Romano quando o momento era de crise, tudo era escasso, para o povo se acalmar, no reclamar e no se revoltar contra o poder dominante da poca, era utilizada a poltica do po e circo, ou seja, eram construdas enormes arenas, nas quais se realizavam os sangrentos espetculos dos gladiadores. Muitos consideram que a cultura do espetculo, existente no Imprio Romano, permaneceu e se diversificou no mundo moderno, envolvendo todos os segmentos sociais e, principalmente as competies esportivas. Entretanto, os eventos esportivos, hoje, no devem ser considerados como uma poltica do po e circo, devem, sim, ser considerados como uma metfora do mundo atual, em que se desvelam vrias metforas, entre elas: a metfora da guerra em que se atribui a um jogo a conotao de uma batalha e a cada jogador a de um soldado que busca, persegue e extermina o inimigo , a metfora religiosa, em que os atletas so considerados deuses. Voc tem duas opes para redigir o editorial. 1 - Se voc concorda com a afirmao de que as competies esportivas atuais devem ser consideradas como desenvolvimento da poltica do po e circo, d sequncia ao trecho I, argumentando a favor dessa ideia. 2 - Em caso contrrio, d sequncia ao trecho II, argumentando a favor da ideia de que os eventos esportivos podem ser considerados como metforas do mundo atual. SITUAO C Os cronistas esportivos chamam a cena que abre uma partida de futebol como pontap inicial. No parece emblemtico que um espetculo comece com um pontap? J houve um tempo, que infelizmente no mais o nosso, em que o locutor anunciava: Abrem-se as cortinas e comea o espetculo. Parece mesmo sintomtico que a abertura de uma partida seja o tal pontap. E olha que, ao p da letra, o lance inicial nem l um pontap; um toquezinho leve, simples, singelo at, um passe curtinho de um atleta para outro, de p em p, como se fosse de mo em mo. Pergunte-se a jornalistas, narradores, reprteres, cronistas esportivos e todos que militam nesse esporte: por que no chamam esse ato de abertura? Por que no toque inicial? Ou primeiro ato? Ou ato inicial? Por que tem que ser pontap? Reflitamos: se o toque inaugural, to leve e inofensivo, carrega toda essa carga negativa, toda essa simbologia de violncia, o que se esperar de outros lances, de outras cenas, de outros atos relacionados ao futebol? Desde cedo, muito cedo, o futebol nos impe a supervalorizao da macheza e da virulncia. Antes de a criana entrar na escola, antes mesmo de aprender a ler e a escrever, ela j ouviu (e repetiu) que futebol no pra moa, futebol pra macho. Crescemos sob chutes, chutes, petardos, pontaps, pancadas, canhes, pauladas. No campo de jogo, seja numa pelada ou em jogo profissional, cospe-se a torto e a direito, xinga-se o juiz, o bandeirinha, o adversrio e at mesmo o companheiro. Futebol assim mesmo!, dizem todos, ou quase todos, nos rdios, nas TVs, nos jornais, nas revistas, nos portais da internet. E essa frase ecoa nas arquibancadas, nas gerais, nas cadeiras, nas esquinas, nas barbearias, em todos os lugares. Futebol assim mesmo! a desculpa ampla, geral e irrestrita. J estamos todos (ou quase todos) acostumados, conformados, resignados, doutrinados, catequizados por essas justificativas, essas desculpas, as tais coisas do futebol. E ai de quem se insurge contra as tais coisas do futebol. Pode-se questionar o celibato clerical, pode-se duvidar da palavra presidencial, pode-se questionar o voto obrigatrio. S no se pode querer mudar as tais coisas do futebol. Resignados, fazemos ouvidos moucos a mil coisas do futebol, entre elas os cnticos de guerra, os xingamentos, as agresses verbais e um palavrrio infestado de preconceitos. Que cronista esportivo se posiciona firmemente contra os xingamentos do campo e da arquibancada? O que se v, o que se ouve, o que se l sempre a justificativa esfarrapada: Isso do jogo, do calor da disputa, cabea quente. Quando a seleo nacional est jogando e um atleta brasileiro mostra a caixa de ferramentas (tem revlver l dentro?), locutores e reprteres exaltam a jogada violenta. Ns j nos acostumamos com as coisas do futebol. Achamos normal que todos xinguem uns aos outros. O que no pode, sob pena de priso, um argentino vir aqui chamar um jogador brasileiro negro de negrito. No cotidiano, porm, de domingo a domingo, a torcida pode insultar os rbitros, os assistentes e os atletas adversrios. No campo, se ps e bocas so armas de guerra, as mos no ficam atrs. Mesmo fazendo o sinal da cruz na entrada de campo ou apontando o dedo indicador para os cus, mos bobas agarram, seguram, prendem, derrubam e do tapas, socos e gravatas. Quase sempre criado e disseminado pela crnica esportiva, o palavreado do futebol carregado de termos e expresses de violncia. Tem retranca, time defensivo, time ofensivo, time agressivo. E ela, a violncia, se sentindo a dona do pedao, toda onipotente e onipresente. At a regra traz expresses que evocam violncia! Tem-se tiro livre, tiro livre direto, tiro livre indireto, tiro de meta, tiro de canto. tanto tiro que mais parece um tiroteio, um grande bombardeio. Chutador, artilharia, atirador, artilheiro, matador, confronto direto, eliminao, time ofensivo, campo inimigo, guerra, combate, duelo e ela, a expresso das expresses dessa batalha, o mata-mata (que significa jogo eliminatrio). Atos, fatos, cenas, enredos, papis, personagens, palcos, plateias... quase tudo no mundo da bola gira em torno de um cenrio que parece ser de guerra, de violncia, combate, batalha. O estdio e seu entorno viram uma zona de conflito, uma Faixa de Gaza a separar duas equipes, duas torcidas, dois exrcitos. H tticas e tcnicas, hinos e bandeiras, escudos e uniformes, heris e viles. O palco (campo de jogo) chamado campo de batalha; praa esportiva praa de guerra. E o papel principal desse filme destinado ao artilheiro, orgulhosamente intitulado de heri, dolo, endeusado como matador (outrora chamado goleador). E as torcidas de futebol? Essas formam um captulo parte, a comear pelos nomes: Fria, Mancha, Comando, Faco, Gangue, Falange. Com elas, drogas, cnticos de guerra, bombas caseiras, armas de fogo, caveiras como smbolos. So pequenos exrcitos preparados para a guerra de todo domingo. O universo do futebol um produto com defeito de fabricao, um universo cheio de pecados originais, uma metfora de guerra. O futebol sangue, suor e violncia seja dentro ou fora dos gramados. uma loucura, uma cachaa, um vcio. E ns somos os culpados por atos, gestos, palavras e omisses. http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=526FDS013 Redija uma carta argumentativa ao Presidente da Confederao Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, propondo formas de combater a violncia no futebol e argumentando a favor de suas propostas.
ORIENTAÇÃO GERAL Leia com atenção todas as instruções. Você encontrará duas situações sobre assuntos diferentes para fazer sua redação. Leia as duas situações propostas até o fim e escolha aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior conhecimento. Uma vez escolhida a situação, registre sua escolha na folha de prova, no lugar adequado, escrevendo apenas A ou B, conforme o caso. Dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no lugar apropriado na folha de prova. Não se esqueça de que você deverá fazer um texto expositivo ou argumentativo. Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. Se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada. SITUAÇÃO A A idéia de um mundo famélico, à beira do colapso, assombra a humanidade desde que o economista e demógrafo inglês Thomas Malthus (1766-1834) previu, no século XVIII, que no futuro não haveria comida em quantidade suficiente para todos. Sua teoria não se confirmou, mas volta e meia assusta. Foi quase em uníssono que, nas últimas semanas, os principais organismos internacionais a Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Mundial (Bird) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chamaram atenção para a gravidade dos problemas decorrentes da alta dos alimentos. No último ano, os preços subiram 57%. Isso em média, porque o trigo, por exemplo, subiu 130%. Para as pessoas que vivem no limiar da miséria, pode significar a fome. O Banco Mundial previu que 100 milhões de pessoas poderão submergir na linha que separa a pobreza da miséria absoluta devido ao encarecimento da comida. O ponto central, como registrou a revista inglesa The Economist, é que os alimentos alcançaram um novo patamar de preços, o mais alto dos últimos trinta anos. Eles podem baratear um pouco, mas não voltarão aos níveis do fim dos anos 70. O mundo está migrando para uma nova realidade, e a transição está sendo mais longa e difícil do que se previu. O problema tornou-se crítico agora porque vários fatores adversos ocorreram simultaneamente e afetaram a produção. Os estoques reguladores entraram então no nível mais baixo das últimas três décadas. Entre as diversas causas, a mais importante é que o mundo está comendo mais. O aumento da demanda se deu principalmente na China, na Índia e no Brasil, as economias emergentes que lideram o movimento de alta no padrão de consumo de suas populações. Juntos, os três países têm mais de um terço dos habitantes do planeta. Uma mudança de padrão de consumo é suficiente, portanto, para uma alteração significativa na economia global. No ano passado, a China expandiu seu produto interno bruto (a soma das riquezas produzidas no país) em 11,4%. A Índia cresceu 9,6%. Não foi só isso. Além de comer mais, a população desses países está se tornando mais urbana. Ou seja, deixou de produzir o próprio alimento para comprá-lo no supermercado, o que torna necessário que se produza mais comida em larga escala para atender às cidades. Ronaldo França. Veja, 23 de abril de 2008. A crise mundial na produção de alimentos foi chamada pela ONU de tsunami silencioso. No Brasil, ocorre todos os dias outro desastre, também silencioso: o desperdício. Segundo estimativa da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), uma família de classe média joga fora, em média, 182,5 quilos de comida por ano, o suficiente para alimentar uma criança por seis meses. Um hipermercado pode desperdiçar, por mês, até 2.000 kg de alimentos bons para o consumo, mas não para a venda. Em 2007, 24 mil toneladas de material orgânico (partes de hortaliças ou comida considerada imprópria ao consumo) foram descartados na Ceagesp. O ciclo de desperdício segue nas feiras-livres, onde a perda estimada, em São Paulo, é de mil quilos por dia. Mas boa parte do desperdício no país não pode ser impedida por consumidores ou comerciantes. Estudo do IBGE estima que 8,7% da produção de grãos é perdida ao longo da cadeia produtiva, por conta das más condições de transporte e armazenamento. A pesquisa também aponta que 4,7% dos grãos são perdidos ainda na plantação, por conta de problemas climáticos. No total, são 10 milhões de toneladas/ano desperdiçadas antes mesmo de chegar aos pontos-de-venda. O número é alto, considerando que os grãos têm maior durabilidade. A perda de frutas e hortaliças deve ser ainda maior, diz Júlio Perruso, 40, gerente de análise e planejamento do IBGE. Cyrus Afshar. Folha de S. Paulo, 31 de maio de 2008. Produza seu texto respondendo a seguinte pergunta: Como conter a fome no mundo? Observações: 1- Não se esqueça de que você deverá fazer um texto expositivo ou argumentativo. 2- Não deixe de dar um título a sua redação, de acordo com a orientação geral. 3- Não copie trechos dos textos motivadores. SITUAÇÃO B O estudo do cérebro conheceu avanços sem precedentes nas últimas duas décadas, com o surgimento de tecnologias que permitem observar o que acontece durante atividades como o raciocínio, a avaliação moral e o planejamento. Ao mesmo tempo, essa revolução na fisiologia abre novas possibilidades para um campo da ciência que sempre despertou controvérsias de caráter ético a interferência no cérebro destinada a alterar o comportamento de pessoas. Há duas semanas, um grupo de pesquisadores gaúchos ligados a duas universidades anunciou um projeto que vai estudar o cérebro de cinqüenta jovens homicidas, com idade entre 15 e 21 anos, detidos na Fundação de Atendimento Sócio-Educativo, a antiga Febem de Porto Alegre. Os jovens serão submetidos a uma série de imagens e sons violentos enquanto uma máquina de ressonância magnética funcional analisará a atividade de várias regiões do cérebro deles, principalmente o lobo frontal. Estudos feitos nas últimas décadas apontam que alterações no funcionamento do lobo frontal, situado sob a testa, podem ser responsáveis por perturbações no juízo crítico e por um aumento da agressividade. O anúncio do projeto provocou reações de protesto. Um manifesto contra a pesquisa vem ganhando a assinatura de cidadãos e entidades ligadas aos direitos humanos. Supondo-se que se confirme a hipótese de que há alterações no cérebro dos infratores, que uso se fará dessas informações?, pergunta a psicóloga Ana Luiza Castro, do Juizado da Infância e da Juventude de Porto Alegre. Na Inglaterra, está em curso uma pesquisa que pretende interferir no comportamento dos criminosos jovens de três instituições penais, reduzindo o índice de violência entre eles. O estudo, patrocinado pela entidade beneficente Wellcome Trust, vai adicionar à dieta dos presos trinta suplementos alimentares, entre eles os ácidos graxos, presentes em substâncias como o óleo de fígado de bacalhau. Supõem os pesquisadores que os suplementos serão capazes de tornar os criminosos mais sociáveis. Os detratores do projeto dizem que não há maneira de aferir o resultado da dieta no cérebro dos presos. É certo que há alimentos que beneficiam o cérebro como um todo, mas não há como dizer que um deles beneficie a área da comunicação, outro a dos julgamentos morais e por aí afora, diz a neurologista Lucia Mendonça, presidente da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia. Pesquisas que visam a estudar e modificar o comportamento de delinqüentes e psicopatas podem ser apresentadas à sociedade como uma solução ao problema da criminalidade. O questionamento ético inerente a esses estudos é evidente quando o comportamento anti-social esbarra em questões culturais. Os avanços da neurociência poderiam permitir aos aiatolás determinar uma intervenção médica no cérebro de uma mulher que se recusa a cobrir o rosto com véu de forma a curar sua rebeldia? No futuro, é possível que os testes para emprego exijam exames com tomografia ou ressonância magnética para avaliar se o cérebro do candidato tem características que o credenciem à vaga. Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e do Rotman Research Institute, do Canadá, já contribuíram para esse cenário. Num estudo recente, eles avaliaram 36 pacientes que sofreram danos cerebrais como resultado de trauma ou retirada de um tumor benigno. Concluíram que as lesões no lobo frontal induzem a comportamento instável. Nosso estudo mostra que danos em certas áreas do lobo frontal podem debilitar a capacidade de agir nas atividades rotineiras um requisito-chave para conservar um emprego, afirma o coordenador do estudo, o psicólogo Donald Stuss. Os autores da pesquisa com jovens homicidas gaúchos argumentam que a análise das imagens cerebrais é apenas um braço do estudo. Serão avaliados também fatores como o histórico familiar e a condição socioeconômica dos criminosos. O objetivo, segundo eles, é ajudar a formular políticas públicas para evitar que os jovens desenvolvam comportamento violento. É fácil entender como o fato de nascer em famílias dilaceradas ou miseráveis induz os jovens ao comportamento anti-social. Já a influência da configuração do cérebro nesse processo é duvidosa e deixa em aberto a questão: até que ponto é aceitável intervir no cérebro humano. Quando a ciência se volta contra a razão Três casos de monstruosidades científicas que tiveram respaldo oficial e hoje estão desmoralizadas ou são exemplos de pura perversidade 1. Uma tolice chamada frenologia - Até meados do século XIX, a teoria do cientista alemão Franz Joseph Gall foi considerada revolucionária. Segundo ela, a conformação do crânio estaria relacionada ao caráter e ao intelecto do indivíduo. Ficou provado que a frenologia não tem nenhum fundamento científico. 2. Cientistas a serviço da tortura - Entre as atrocidades cometidas pelos nazistas em nome da ciência estão os estudos que mantinham prisioneiros em tanques de água gelada durante três horas, sob o pretexto de investigar tratamentos para queimaduras. Os prisioneiros, evidentemente, morriam de hipotermia. 3. Técnica para destruir cérebros - A lobotomia cortava os feixes nervosos do lobo pré-frontal do cérebro para curar prisioneiros agressivos e doentes psiquiátricos. A técnica valeu o Nobel de Medicina de 1949 ao português António Egas Moniz, mas deixava os pacientes em estado de apatia grave, desligados do mundo, e hoje está desacreditada. Paula Neiva e Vanessa Vieira. Veja, 11 fev. 2008. 14 Produza seu texto respondendo à seguinte pergunta: Até que ponto é aceitável intervir no cérebro humano para alterar comportamentos agressivos ou mudar a má índole de criminosos? Observações: 1- Não se esqueça de que você deverá fazer um texto expositivo ou argumentativo. 2- Não deixe de dar um título a sua redação, de acordo com a orientação geral. 3- Não copie trechos dos textos motivadores
ORIENTAÇÃO GERAL Leia com atenção todas as instruções. Você encontrará duas situações sobre assuntos diferentes para fazer sua redação. Leia as duas situações propostas até o fim e escolha aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior conhecimento. Uma vez escolhida a situação, registre sua escolha na folha de prova, no lugar adequado, escrevendo apenas A ou B, conforme o caso. Dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no lugar apropriado na folha de prova. Não se esqueça de que você deverá fazer um texto expositivo ou argumentativo. Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. Se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada SITUAÇÃO A Na cabeça de uns, espalhafatosos moicanos azuis, verdes ou vermelhos espetados com gel. Na de outros, só o brilho da careca. Dentro delas, nenhum estofo intelectual para serem representantes, como costumam pregar, de qualquer corrente ideológica que seja, mas imbecilidade suficiente para sair por aí depredando, batendo e até matando. Gosto de beber, conhecer novos punks, brigar e agitar muito. Sou um cara subversivo e tento de alguma forma destruir esse sistema, diz o estudante Johni Raoni Falcão Galanciak, 21 anos, em sua página no site de relacionamentos Orkut. Por isso, tomem cuidado. [...] Criada em 2005, a Decradi, Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, mapeia as principais gangues de São Paulo. Em seu sistema, há cerca de 3 000 fotos de arruaceiros e suas armas. Quando um deles se mete em confusão, é fichado. Assim, a polícia tenta patrulhar e acompanhar a ação de grupos como Ameaça Punk, Vício Punk, Devastação Punk, Phuneral Punk, Carecas do ABC, Carecas do Subúrbio, Front 88, Impacto Hooligan, Brigada Hooligan, entre outros. Uns pregam o anti-semitismo, outros, o patriotismo, e há os que nutrem ódio por nordestinos, negros e homossexuais. A maioria desses moicanos ou cultores de músculos, no entanto, mal conhece as teorias que defende e apenas repete bordões ouvidos de terceiros. Com suas roupas características (skinheads usam coturno, suspensórios, calças camufladas; punks vestem camisetas de bandas e calças rasgadas), são freqüentemente identificados em alguns pontos da cidade. [...] Em geral, os membros dessas facções são jovens de classe média baixa. Muitos trabalham como office boys, seguranças, vendedores, auxiliares de escritório ou se apresentam como estudantes. Freqüentam os mesmos lugares e compartilham os gostos musicais (reggae, ska e punk de variadas vertentes). Bandas como Toy Dolls, Virus 27, Skrewdriver e Four Skins fazem a cabeça dos skinheads. Os punks preferem Cólera, Inocentes, Garotos Podres, Plebe Rude, Ramones, Sex Pistols, Olho Seco e The Misfits. Alguns líderes dessas bandas se sentem desconfortáveis com a onda de violência entre seus fãs. Infelizmente, há bandidos imbecis da pior espécie que vestem a bandeira do movimento punk para praticar agressões gratuitas, diz Michel Stamatopoulos, o Sukata, baixista dos Garotos Podres. Para não serem tachados de catalisadores de violência, os Garotos Podres têm evitado shows em São Paulo. Ultimamente, apenas duas ou três das cinqüenta apresentações anuais que fazem ocorrem por aqui. [...] Quando surgiram, na década de 70, os punks ficaram conhecidos por criticar o sistema, o que quer que isso significasse. Já a marca dos skinheads, que nasceram no mesmo período, são o racismo e o nacionalismo exacerbado. Não à toa, o ídolo de parte do grupo é o ditador nazista Adolf Hitler (foto). Nas facções paulistanas, no entanto, essas características se misturam. Os grupos Devastação Punk e Vício Punk também são racistas, afirma a delegada Margarette Barreto, do Decradi. Não é muito clara a linha ideológica de cada um. A maioria dos agressores mal conhece as teorias originais de cada movimento e apenas repete bordões ouvidos de terceiros. São jovens entre 16 e 26 anos, boa parte de classe média baixa, entre eles estudantes, office boys, auxiliares de escritório, seguranças e vendedores de camisetas e adereços do estilo. Cabelo colorido com corte moicano é uma das características dos punks. Já os skinheads (cabeça raspada, em inglês) são, claro, carecas. As duas tribos usam calças camufladas e coturnos. Os skinheads são vistos com suspensórios (no caso dos neonazistas White Powers, de cor branca). Os punks vestem camisetas com nome de banda e, muitas vezes, exibem tatuagens malfeitas, correntes e braceletes. Os skinheads trazem adereços nacionalistas. Alguns tatuam a bandeira do Brasil no corpo. [...] Disponível em: http://vejasaopaulo.abril.com.br/revista/vejasp/ edicoes/2032/m0141976.html. Acesso em: 10 jan. 2008 Faça sua redação, posicionando-se a respeito da seguinte afirmativa: Esse pessoal parece confundir anarquia com baderna e protesto com violência. Observações: 1 - Não se esqueça de que você deverá fazer um texto expositivo ou argumentativo. 2 - Não deixe de dar um título a sua redação, de acordo com a orientação geral. 3 - Não copie trechos dos textos motivadores. SITUAÇÃO B A festa do iPod é um dos hits do momento entre os jovens espanhóis. Trata-se de um encontro sem música ambiente, onde cada um leva seu aparelho, coloca os fones no ouvido e ouve o que quer. Com pouca conversa, estão todos juntos, mas cada um mergulhado em seu próprio mundo. Esse tipo de comportamento não está restrito ao povo espanhol. Adolescentes reproduzem a cena em todos os continentes, preocupando pais atônitos (com uma realidade muitas vezes desconhecida) e dividindo especialistas. Há os que garantem que esses garotos estão se isolando, voltando-se cada vez mais para si mesmos. Já outros defendem que, graças à tecnologia, esses mesmos adolescentes estão mais inteligentes e bem informados. De toda forma, a única coisa de que se tem certeza até agora, e é unanimidade entre as correntes de pensamento, é que os riscos e os benefícios dessas práticas podem coexistir. A chamada geração tecnológica (iGeneration) inspirou a professora Jean Twenge, do Departamento de Psicologia da Universidade San Diego, a pesquisar mais de 1,3 milhão de jovens americanos. Segundo a professora, Os jovens de hoje têm mais liberdade e independência, mas estão mais ansiosos e solitários. Para ela, Eles são multimídia e querem fazer tudo ao mesmo tempo e a tecnologia favorece esse imediatismo. Assim, quanto mais alternativas, maior a confusão, completa o sociólogo e especialista em juventude e tecnologia, Antônio Flávio Testa, da Universidade de Brasília (UnB). Segundo os estudiosos, o isolamento físico é o principal risco do vício tecnológico. É o caso da jovem Sabrina Pinheiro, 18 anos, de São Paulo, que sai do cursinho todos os dias às 12h30 e, ao chegar em casa, ingressa num universo paralelo. Os tocadores de MP3 e iPods também podem funcionar como instrumento de isolamento para muitos jovens. Thayssa Carvalho, 16 anos, do Rio de Janeiro, por exemplo, sai sempre com os amigos, mas cada um leva o seu iPod para um encontro de poucas palavras e muita música, tal qual os jovens espanhóis. As conclusões de Twenge receberam críticas de outros analistas. A tendência ao isolamento é uma marca da personalidade de cada um, não de uma geração, contesta o psicólogo Kali Trzesniewski, especialista em auto-estima pela Universidade de Standford (EUA). O comportamento dos jovens depende da educação que eles receberam. Mesmo sem a tecnologia, existe o garoto que se isola da família porque prefere ler livros ou jogar bola, complementa Testa. Mas todos os psicólogos concordam num ponto. Não adianta proibir o uso da internet, do iPod ou dos jogos eletrônicos. O fundamental é conscientizar a garotada sobre os limites do uso. Carina Rabelo, Istoé, edição 2001, 12 de março de 2008. Faça sua redação, posicionando-se em relação ao isolamento dos jovens provocado pelo uso exagerado da tecnologia. Observações: 1 - Não se esqueça de que você deverá fazer um texto expositivo ou argumentativo. 2 - Não deixe de dar um título a sua redação, de acordo com a orientação geral. 3 - Não copie trechos dos textos motivadores.
(UFU-MG-2007) REDAÇÃO Leia com atenção todas as instruções. 1) Você encontrará duas situações sobre assuntos diferentes para fazer sua redação. Leia as duas situações propostas até o fim e escolha aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior conhecimento. 2) Dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. 3) Não se esqueça de que você deverá fazer um texto expositivo ou argumentativo. 4) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. 5) Não copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redação. 6) Se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu,sua redação será penalizada. SITUAÇÃO A Os líderes partidários da Câmara dos Deputados decidiram nesta terça-feira acabar com as sessões às segundas-feiras e substituí-las por mais uma sessão às terças-feiras de manhã. O acordo foi feito após pedido de diversas lideranças, tanto da oposição, quanto do governo. As sessões das segundas-feiras passaram a acontecer apenas quando o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), tomou posse, mas não teve a receptividade dos parlamentares. Agora, como de costume, os deputados terão que vir para Brasília apenas de terça a quinta. Todos os líderes, de todos os partidos foram pressionados pelas suas bancadas. Eles alegam que nas segundas há reivindicações em seus Estados e que eles (deputados) não estão conseguindo atender a estas demandas, disse o líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ). De acordo com os líderes, a sessão de segunda-feira será substituída por uma na terça de manhã apenas na semana que vem, em caráter experimental. A proposta, no entanto, deve vingar, já que conta com o apoio de todos os partidos. Disponível em:http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1540122EI7896,00.html.Acesso em 20 de abril de 2007. Eles não estavam lá na sexta-feira. Na segunda, disfarçavam. Chegavam no final do dia, cozinhavam a agenda. Agora virou oficial. Deputados não vão mais dar as caras por Brasília também na segunda. Cabularam o expediente parlamentar, por decisão própria. Levantaram todo tipo de ressalva: vão ficar em suas bases, correr o País em compromissos. É aquele tipo de alegação que em ambientes convencionais de trabalho desperta os mais baixos ditos populares deixou o paletó e foi dar um perdido, está voando e por aí afora. Líderes partidários já aprovaram a ideia, em votação sem ressalvas. E qual é o problema? Afinal, quase não existem atrasos na pauta de votações. E, por outro lado, como afirmou um dos luminares proponentes da folga extra, as sessões da segunda são mesmo improdutivas. Então? Tempo é dinheiro! Não custa nada riscar esse dia perdido da rotina assoberbada dos legisladores. Lembrete: por serem eles que fazem as leis, de vez em quando se acham no direito de criar uma para uso em benefício próprio - sempre, claro, com o beneplácito da população que depositou seus votos nesses senhores. Que maravilha, já pensou? Quem não gostaria? Quatro dias sabáticos por semana (da sexta à segunda), numa espécie de feriado prolongado a cada três dias de expediente. Nada melhor que enforcar uma segundona, ganhando um final de semana gordo. E, para compensar, vale também discutir um aumentozinho dos salários - de R$ 12.847 para R$ 16.250, é a proposta. Está na ordem do dia e deve sair. Só para constar: o seu seguiu esse porcentual de reajuste? Não há mais como mascarar: fica cada dia mais distante o Brasil desses senhores daquele que abriga todo o resto dos cidadãos. Políticos aprimoram a própria caricatura e o Congresso vai deixando para trás o princípio elementar de servir ao interesse público. Legislam por causas privadas, locupletam-se e alimentam o compadrio entre seus pares. Outro dia, arrastaram a sessão discutindo o candente tema do traje ideal para uso em plenário. Ficou proibido chapéu de coco e congêneres. Pobre do Brasil que assiste inerte a um espetáculo patético. Carlos José Marques. ISTOÉ, 18 de abril de 2007. Segundo pesquisa da CNT/Sensus, divulgada na semana passada, apenas 1,1% dos brasileiros confiam no Congresso Nacional - o pior desempenho de todas as instituições brasileiras. Não faltam motivos para essa brutal desconfiança. Fisiologismo, nepotismo, corporativismo e escândalos em profusão justificam a má fama do Legislativo. A polêmica provocada pelo fim das votações às segundas-feiras, no entanto, é resultado de uma avaliação equivocada de que o Congresso pode se recuperar, desde que passe a votar todos os dias. A decisão do Parlamento de não votar às segundas-feiras é absolutamente normal, afirma a cientista política Argelina Figueiredo, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). A reação negativa é um tipo de moralismo superficial que denota um desconhecimento do trabalho do Congresso Nacional. Uma comparação comoutros países revela que o Parlamento brasileiro segue a mesma rotina de trabalho da maioria de seus congêneres. O Congresso brasileiro tem em média apenas um pouco menos de sessões deliberativas que o Congresso dos Estados Unidos e quase o mesmo número que o da França [...]. O bom trabalho de representação política envolve algumas peculiaridades. Ele não se faz apenas com o dedo no botão de votação ou com a simples presença em plenário. Requer contatos com eleitores nos Estados, participação ativa nas comissões técnicas do Congresso. A recuperação do Legislativo exige, por isso, muito mais a elevação da qualidade do debate político na Câmara e no Senado que do número de votações. Matheus Leitão. Época, 6 de abril de 2007. Faça sua redação posicionando-se a respeito de uma das questões a seguir. Você considera que a semana de trabalho dos deputados federais é legítima? ou Você considera que os deputados federais deveriam ter uma jornada semanal similar à dos demais trabalhadores brasileiros? SITUAÇÃO B A sugestão de levar a plebiscito a proposta de descriminalizar o aborto no Brasil ganhou evidência ao receber a adesão do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Talvez não seja a via mais eficaz para que a interrupção voluntária da gravidez, dentro de certos limites, deixe de ser crime - como esta Folha defende -, mas é o melhor meio de promover um debate qualificado da questão. De acordo com pesquisa Datafolha publicada no domingo passado, 65% dos brasileiros se opõem a mudanças no status quo; 16% sustentam que o aborto deve ser permitido em mais situações do que as previstas pela lei atual (risco de vida para a mãe e gravidez resultante de estupro); e apenas 10% advogam pela descriminalização plena. É possível que esses números mudem a partir do momento em que defensores e opositores do direito de aborto começarem a explicitar seus argumentos, a exemplo do que se deu no referendo sobre a proibição do comércio de armas. Mesmo que o eleitor decida que tudo deve ficar como está, o saldo do eventual plebiscito terá sido positivo: a população estará mais informada sobre um tema relevante e cada lado conhecerá melhor os argumentos do outro. Em Portugal, que adotou a estratégia plebiscitária, foram necessárias duas consultas num prazo de nove anos para que a sociedade mudasse de posição e passasse a apoiar mudanças na restritiva legislação local. Elas foram finalmente sancionadas na semana passada. Discussões sobre o aborto são sempre difíceis, porque esse é um tema que mobiliza profundas convicções religiosas e humanitárias. Quem as tem - para um lado ou para o outro - raramente se deixa convencer pelos argumentos da parte adversária. [...] Folha de S. Paulo, 15 de abril de 2007. O ministro da saúde, José Gomes Temporão, quebrou uma longa tradição. Foi a primeira autoridade a defender publicamente um plebiscito sobre a legalização do aborto. Não esperou nem se acomodar numa das cadeiras mais disputadas pelos políticos brasileiros. No discurso de posse, no mês passado, prometeu melhorar o planejamento familiar e a atenção ao aborto inseguro. Ao falar sobre o assunto, abriu o debate sobre a mais emocional das questões políticas e morais que o Brasil enfrenta hoje. O ministro não é um político de carreira. Como diretor do Instituto Nacional do Câncer, administrou - de maneira competente - uma profunda crise em 2003. Temporão é um técnico da saúde. Talvez por isso tenha se atido apenas ao aspecto pragmático da questão. Nas últimas semanas, tem sido criticado pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Vida - Contra o Aborto. Na segunda-feira 9, foi surpreendido por um protesto popular em Fortaleza. Ele tratou de deixar claro que a defesa do plebiscito é uma posição pessoal, e não uma decisão de governo.[...] Revista Época, 16 de abril de 2007. Aborto não é questão que possa ser resolvida pela imposição de maiorias sobre minorias carta aberta ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, Sonia Corrêa. Pesquisadora da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS Deve ser elogiada sua atitude, senhor ministro, ao afirmar que o aborto é um grave problema de saúde. Mas a proposta de que a matéria seja resolvida através de plebiscito exige uma reflexão cuidadosa. Embora uma consulta popular abra campo para que forças favoráveis à legalização dialoguem amplamente com a sociedade, essa não é uma questão que possa ser resolvida pela imposição de maiorias sobre minorias. Entre outras razões, porque implica decisão ética privada, que não deve estar sujeita à interferência do Estado. Isso explica por que na maior parte dos países em que o aborto foi legalizado isso se deu por via legislativa ou por decisão de cortes constitucionais. O resultado do recente plebiscito em Portugal deve ser comemorado, mas é preciso cuidado ao fazer analogias com o caso brasileiro. Na União Europeia, a quase totalidade dos países conta com legislações liberais e existe um sistema transnacional de direitos humanos que cobra consistência das leis nacionais. Na semana passada, por exemplo, a Corte Europeia de Direito Humanos decidiu sobre um caso de aborto condenando a legislação restritiva da Polônia. Estamos longe de ter um sistema regional tão robusto. Portanto, sem abandonar o debate sobre plebiscito, é preciso examinar outras experiências como a do Distrito Federal do México - que hoje trava um promissor debate legislativo - e da Colômbia, onde, em 2006, a Corte Constitucional revogou uma das legislações mais restritivas do mundo, garantido acesso ao aborto nos casos de estupro, malformação, risco de vida e de saúde. Disponível em: http://www.mulheresdeolho.org.br/?p=183. Acesso em 28 de abril de 2007. Faça sua redação, posicionando-se a respeito da seguinte questão. Um plebiscito seria a melhor forma de o país decidir a respeito da legalização do aborto?