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VestibularEdição do vestibular
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(UFU-MG-2011) Você encontrará três situações para

 (UFU-MG-2011)  

Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior conhecimento. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc.  Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os . Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. 
 
SITUAÇÃO A

Leia as informações a seguir. 

 

Objetivo 7 de desenvolvimento do milênio 

 

O país reduziu o índice de desmatamento, o consumo de gases que provocam o buraco na camada de ozônio e aumentou sua eficiência energética com o maior uso de fontes renováveis de energia. Acesso à água potável deve ser universalizado, mas a meta de melhorar condições de moradia - saneamento básico vai depender dos investimentos realizados. 

 
Disponível em: <http://www.pnud.org.br/odm/objetivo_7/>. 


 
Com base nas informações acima, redija uma NOTÍCIA. 
 
 
SITUAÇÃO B

Leia atentamente o texto a seguir. 
 
 Há cem anos, apenas 10% da população mundial vivia em cidades. Atualmente, somos mais de 50%, e até 2050, seremos mais de 75%. A cidade é o lugar onde são feitas todas as trocas, dos grandes e pequenos negócios à interação social. É onde a cultura abrange e interliga nações de todo o planeta. Mas também é o lugar onde há um crescimento desmedido das favelas e do trabalho informal: estima-se que dois em cada três habitantes viva em favelas ou “sub-habitações”. E é também o palco de transformações dramáticas que fizeram emergir as megacidades do século XXI: as cidades com mais de 10 milhões de habitantes já concentram grande parte da população mundial.  Em época de imperativa preocupação com o desenvolvimento sustentável, é de se destacar que 2/3 do consumo mundial de energia se dá nas cidades e aproximadamente 75% de todos os resíduos gerados ocorrem nas cidades.  Portanto, falar em mudanças climáticas, aquecimento global e sustentabilidade é falar de cidades sustentáveis.  As metrópoles são o grande desafio estratégico do planeta neste momento. Se elas adoecem, o planeta fica insustentável. No entanto, a experiência internacional – de Barcelona a Portland, de Nova Iorque a Bogotá – mostra que as metrópoles se reinventam. Se refazem. Por que as metrópoles contemporâneas compactas – densas, vivas e diversificadas nas suas áreas centrais – propiciam um maior desenvolvimento sustentável, concentrando tecnologia, novas oportunidades de crescimento, gerando inovação e conhecimento em seu território?  Em junho de 2008, visitei Sir Peter Hall em sua casa no subúrbio de Londres. Um dos maiores estudiosos das cidades, ele costuma dizer que “inovação urbana importa tanto quanto infraestrutura urbana”. Ao ser questionado sobre os desafios complexos das megacidades que souberam se reinventar, falávamos dos diversos projetos urbanos em curso em Londres e da falta deles nas nossas grandes cidades, como São Paulo, ele lembrou-me, sabiamente, que Roma, Londres, Paris e Nova Iorque estavam entre as três maiores cidades em seus respectivos tempos de auge, quando suas grandes inovações urbanas ocorreram. Ou seja, mesmo as grandes cidades, nossas metrópoles complexas e superpopulosas podem se reinventar e conquistar mais qualidade de vida e serem mais sustentáveis.  Nas décadas recentes, tem-se observado uma emergência comum às grandes metrópoles mundiais, as cidades globais: os antigos espaços urbanos centrais estão perdendo boa parte de suas funções produtivas, tornando-se obsoletos e, assim, verdadeiros guetos de degradação urbana, social e ambiental.  Do ponto de vista urbanístico, essas transformações resultaram em uma série de problemas comuns que vêm afetando nossas cidades hoje. O abandono das áreas centrais metropolitanas pelo setor industrial e a consequente degradação urbana de espaços com potenciais tão evidentes de desenvolvimento, embora dotados de preciosa infraestrutura e localização privilegiada, expõe a urbanização ilegal, porém, real e incontrolável de nossas periferias. 
 

   Esse espraiamento urbano tem consequências dramáticas em termos de total insustentabilidade ambiental, social, econômica e urbana, pois gera uma ocupação de baixa densidade, distanciamento improdutivo e, no caso das grandes cidades brasileiras, se dá sobre áreas de proteção ambiental. Ou seja, a dispersão urbana é o oposto de uma cidade sustentável.  Em diversas metrópoles mundiais que têm conseguido reverter essa situação, as áreas industriais obsoletas se tornam alvo de atuação dos grandes projetos urbanos. É a reconversão industrial. Vazios urbanos se tornam palco da implantação desses projetos aliados ao surgimento de políticas urbanas de desregulamentação urbanística e parcerias entre o poder público e iniciativa privada.  As metrópoles são o locus da diversidade – da economia à ideologia, passando pela religião e cultura. E esta gera inovação. As maiores cidades do hemisfério norte descobriram isso já há alguns anos e têm se beneficiado enormemente – inclusive em termos da atração de novos investimentos – desse diferencial, dessas externalidades espaciais. E têm promovido seus projetos de regeneração urbana através de políticas de inovação urbana. Centros urbanos diversificados, em termos de população e usos, com empresas ligadas à nova economia, têm se configurado nas novas oportunidades de inovação urbana em áreas anteriormente abandonadas.  Assim, parece-nos evidente o papel único das metrópoles na nova rede de fluxos mundial e nos processos inovadores. O potencial do território central regenerado e reestruturado produtivamente é imenso na nova economia, desde que planejado estrategicamente. Sob o prisma do desenvolvimento urbano sustentado, voltar a crescer para dentro da metrópole e não mais expandi-la é altamente relevante: reciclar o território é mais inteligente do que substituí-lo.  Reestruturá-lo produtivamente é possível e desejável no planejamento estratégico metropolitano. Ou seja, regenerar produtivamente territórios metropolitanos existentes deve ser face da mesma moeda dos novos processos de inovação econômica e tecnológica.  Nesse sentido, desenvolver com sustentabilidade pressupõe crença no progresso humano, significa não cair na armadilha psicanalítica do imobilismo ou regresso bucólico saudosista propiciados pelos discursos catastrofistas deterministas ou “eco-chatos”. Ou seja: acreditamos na evolução do conhecimento, das técnicas e das tecnologias humanas. Uma postura estrategicamente proativa impõe a adoção de medidas e parâmetros “verdes” em praticamente tudo que fazemos atualmente, mas impõe, sobretudo, a busca e adoção das técnicas e tecnologias avançadas na racionalização da gestão dos projetos e da operação das cidades. Como exemplo: medidas mitigadoras que visam uma melhor “pegada” ecológica urbana, como o menor consumo de energia, adoção de matriz de energias renováveis, reciclagem de lixo urbano, aumento do gradiente verde das cidades e reuso de águas devem ser buscadas sempre.  O resultado ambiental efetivo é amplamente maior se adotada a reinvenção urbana real. A cidade compacta fará a diferença real no uso mais racional e sustentável dos recursos. 


 
Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=56&id=707>. 


 
Considerando o texto da situação B, produza um RESUMO
 
 
SITUAÇÃO C

Leia os textos a seguir. 
 
 O número de domicílios do país com acesso a rede de esgoto passou de 33,55 em 2000 para 45,7% em 2008. Os dados estão na Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada ontem.  Quando a análise é feita por municípios, a pesquisa revela que um quinto das cidades despeja seu esgoto de forma inadequada, em fossas sem tratamento, na água ou a céu aberto. Outras 27% lançam os dejetos em fossas sépticas (dispositivo do tipo câmara que é isolado do solo e faz a filtragem do dejeto).  A existência de rede não significa que haja tratamento. Em apenas 29% dos municípios, o esgoto coletado é tratado, percentual que aumenta para 48% no Sudeste. 

   As cidades com tratamento, no entanto, são justamente as de maior porte, que concentram mais população. O IBGE constatou também a falta de rede pública de água em 20% das moradias, onde o abastecimento é feito por poços, caminhões-pipas ou “gatos”. A necessidade de racionar água existe em 25% dos municípios do Norte e 40% do Nordeste.  Outro tema da pesquisa é o lixo. Metade das cidades usa lixões a céu aberto, prática que é crime ambiental.  Embora os percentuais negativos sejam altos, Luciano Bastos, pesquisador da Cope/UFRJ, afirma que os dados devem ser relativizados. “Os municípios não produzem quantidades iguais de lixo. Só 1% dos lixões estão em municípios com mais de 100 mil habitantes”, diz.  A mesma ponderação é feita por Antonio Tadeu de Oliveira, gerente de pesquisa do IBGE, a respeito da rede de esgoto. Ele cita municípios da região Sul, em que a população se dedica à agricultura familiar. “Não há escala para o serviço. Algumas prefeituras, então, fornecem a fossa séptica para as famílias.”  Mas há cidades de médio porte com o problema. Teresópolis (RJ), com 160 mil habitantes, não tem rede de esgoto. Nos bairros pobres, os dejetos são lançados diretamente no rio. 


 
Folha de S. Paulo, 21 de agosto de 2010. (Caderno Cotidiano 2) 


 Décadas de falta de investimento público resultaram em cobertura tão precária da rede de esgoto nas cidades brasileiras que mesmo avanços significativos se mostram ineficientes para alterar essa realidade insalubre.  Houve, de fato, melhorias como mostra a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, divulgada anteontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entre 2000 e 2008, a parcela de domicílios com acesso à rede de esgoto, passou de 33,5% para 45,7%.  Apesar do salto, mais da metade das residências brasileiras não dispõe desse serviço essencial. Ainda que uma parcela dessa população possa contar com outras modalidades de esgotamento sanitário adequado – com fossas, em locais de baixa densidade populacional - , é escandaloso que o país chegue à segunda década do século 21 sem ter resolvido uma questão tão elementar.  Mais saneamento básico diminui a mortalidade infantil e a incidência de doenças infecciosas e parasitárias. De acordo com especialistas, o peso do tratamento adequado do esgoto nas condições de saúde é superior ao da renda das famílias. A meta para os próximos mandatários tem que ser a universalização desses serviços. Para isso, é preciso que o país deixe de patinar na insuficiência de investimento e nas dificuldades de execução de obras de infraestrutura.  Em 2007, um novo marco regulatório foi criado para o setor, com a Lei do Saneamento. O poder público buscava induzir aportes privados e ampliar sua própria participação nesses serviços. Os resultados, no entanto, ainda são sofríveis. 


 
Folha de S. Paulo, 22 de agosto de 2010. 


 
Com base nas ideias apresentadas nos textos da situação C e em seus conhecimentos sobre o assunto, redija um TEXTO DE OPINIÃO.