(UFU - 2019 - 1 FASE ) Scrates buscou verdades absolutas, enquanto os sofistas, por sua vez, afirmaram que a verdade era construda pela linguagem, logo, para eles, todo conhecimento era relativo. Embora em sua poca tenha sido confundido com os sofistas, Scrates travou uma polmica profunda com estes filsofos. Ele procurava um fundamento ltimo para as interrogaes humanas (O que o bem? O que a virtude? O que a justia?). COTRIM, Gilberto e FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. So Paulo: Saraiva, 2017. p. 284 Com base nas consideraes e no excerto acima, diz-se que Scrates buscava principalmente
(UFU - 2019 - 2 FASE) O vnculo entre o espao da cidade e suas instituies aparece ainda muito claramente em Plato e Aristteles. [...] este centro que agora valorizado; a salvao da polis repousa sobre os que se chamam hoi mesoi, (o centro) porque, estando igual distncia dos extremos, constituem um ponto fixo para equilibrar a cidade. Com relao a este centro, os indivduos e os grupos ocupam todos posies simtricas. A gora, que realiza sobre o terreno essa ordenao espacial, forma o centro de um espao pblico comum. Todos os que nele penetram se definem, por isso mesmo, como iguais, como isoi. VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. Iss Borges B. da Fonseca. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1990, p. 90. (Adaptado) A) Explique qual a relao entre o surgimento da polis e o da Filosofia. B) Explique qual a relao entre a filosofia de Scrates e a gora.
(UFU - 2019 - 1 FASE )Leia o excerto abaixo. A alegoria da caverna representa as etapas da educao de um filsofo ao sair do mundo das sombras (das aparncias) para alcanar o conhecimento verdadeiro. Aps essa experincia, ele deve voltar caverna para orientar os demais e assumir o governo da cidade. Por isso, a anlise da alegoria pode ser feita sob dois pontos de vista. ARANHA, Maria Lcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introduo filosofia. So Paulo: Moderna, 2016. p. 109. Assinale a alternativa que apresenta os dois pontos de vista sobre a educao que so deduzidos da alegoria da caverna.
(UFU - 2019 - 2 FASE) No foram poucos, porm, aqueles que dispensaram at mesmo essa comprovao racional da f. Foi o caso de religiosos que desprezavam a filosofia grega. Mas houve tambm aqueles que defenderam o conhecimento da filosofia grega, percebendo a possibilidade de utiliz-la como instrumento a servio do cristianismo. Conciliando com a f crist, esse estudo permitiria Igreja enfrentar os descrentes e derrotar os hereges, empregando as armas da argumentao lgica. COTRIM, Gilberto e FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. So Paulo: Saraiva, 2017, p. 241. (Adaptado) A) Disserte sobre os motivos que levaram rejeio da filosofia grega por parte dos primeiros cristos. B) Cite e explique, pelo menos, um conceito filosfico grego que foi apropriado e reelaborado por Santo Agostinho.
(UFU - 2019 - 1 FASE ) O homem feliz dever possuir o atributo em questo (isto , constncia na prtica de atividades conforme a excelncia) e ser feliz por toda a sua vida, pois ele estar sempre, ou pelo menos frequentemente, engajado na prtica ou na contemplao do que conforme a excelncia. Da mesma forma ele suportar as vicissitudes com maior galhardia e dignidade, sendo como , verdadeiramente bom e irrepreensivelmente tetragonal (honesto). ARISTTELES. tica a Nicmacos. Coleo Os Pensadores. So Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 132. (Adaptado) Considerando-se o excerto acima, diz-se que, para Aristteles, a felicidade
(UFU - 2019 - 2 FASE) Se separar-se, pois, do pacto social aquilo que no pertence sua essncia, ver-se- que ele se reduz aos seguintes termos: Cada um de ns pe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direo suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisvel do todo. [...] essa pessoa pblica, que se forma desse modo, pela unio de todas as outras, tomava antigamente o nome de cidade e, hoje, o de repblica ou de corpo poltico o qual chamado por seus membros de Estado quando passivo, soberano, quando ativo, e potncia, quando comparado aos seus semelhantes. Quanto aos associados, recebem eles, coletivamente, o nome de povo e se chama, em particular, cidados enquanto partcipes da autoridade soberana e sditos enquanto submetidos autoridade do Estado. Estes termos, no entanto, confundem-se frequentemente e so usados, indistintamente; basta saber distingui-los quando so empregados com inteira preciso. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. Coleo Os Pensadores. Traduo: Lourdes Santos Machado. So Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 39. (Adaptado) A) Explique por que a expresso Cada um de ns pe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direo suprema da vontade geral no conduz a um regime autoritrio. B) Disserte, a partir do excerto acima, sobre a diferena entre cidados e sditos na teoria do Contrato Social de Jean-Jacques Rousseau.
(UFU - 2019 - 2 FASE) Mas se verdadeiramente a existncia precede a essncia, o homem responsvel por aquilo que . Assim, o primeiro esforo do existencialismo o de pr todo homem no domnio do que ele e de lhe atribuir a total responsabilidade da sua existncia. E, quando dizemos que o homem responsvel por si prprio, no queremos dizer que o homem responsvel pela sua restrita individualidade, mas que responsvel por todos os homens. SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo um humanismo. Trad. Verglio Ferreira. Lisboa: Presena, 1970. Apud ARANHA, M. L. de Arruda e MARTINS, M. H. Pires. Filosofando: introduo filosofia. So Paulo: Moderna, 2016, p. 193. (Fragmaneto) Considerando-se o excerto acima e seus conhecimentos sobre a teoria de Sartre, disserte sobre A) o conceito de existncia. B) o conceito de responsabilidade.
(UFU - 2019 - 1 FASE ) Silogismo. Essa palavra, que na origem significava clculo, era empregada por Plato como raciocnio em geral e foi adotada por Aristteles para indicar o tipo perfeito do raciocnio dedutivo, definido como um discurso em que, postas algumas coisas, outras se seguem necessariamente. ABBAGNANO, Nicola. Dicionrio de Filosofia. Trad. Benedetti, I. C. So Paulo: Martins Fontes, 2003. (Adaptado) Considerando-se a definio de silogismo, assinale a alternativa que indica sua interpretao correta.
(UFU - 2019 - 1 FASE )Alguns filsofos podem ser considerados realistas e outros nominalistas, conforme o posicionamento de cada um. Guilherme de Champeaux (1070 1121 d. C.) foi um filsofo e telogo francs, professor na escola da catedral de Notre Dame, em Paris. Champeaux afirmava que o universal no somente real, mas tambm essencialmente idntico na diversidade das coisas de que atributo. VASCONCELOS, Jos Antnio. Reflexes: filosofia e cotidiano. So Paulo: edies SM, 2016. p. 212. A posio de Champeaux, em relao aos universais, classificada como
(UFU - 2019 - 1 FASE ) Quando olhamos em torno de ns na direo dos objetos externos e consideramos a ao das causas, no somos jamais capazes, a partir de um nico caso, de descobrir algum poder ou conexo necessria, alguma qualidade que ligue o efeito causa e torne um a consequncia infalvel do outro como, por exemplo, o impulso de uma bola de bilhar acompanhado pelo movimento da segunda. Eis tudo o que se manifesta aos sentidos externos. HUME, David. Investigao acerca do entendimento humano. In: Os Pensadores. Traduo: AIEX, A. So Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 76. Considerando-se o excerto acima, segundo Hume, o que permite que o entendimento humano seja alcanado a suposio de que as causas e os efeitos dos acontecimentos sejam conhecidos. Nesse sentido, correto afirmar que esse conhecimento consequncia
(UFU - 2019 - 1 FASE) Segundo Kant, o princpio supremo da doutrina dos costumes : aja segundo uma mxima que possa valer ao mesmo tempo como lei universal cada mxima que no se qualifica a isso contrria moral. KANT, Immanuel. Fundamentao da metafsica dos costumes.Trad. MARTINS, C. A. Petrpolis: Vozes; Bragana Paulista: Editora da Universidade So Francisco, 2013. p. 31. A frmula acima denominada por Kant como imperativo categrico, diz-se que ela exige que
(UFU - 2019 - 1 FASE ) Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela fora. A primeira prpria do homem; a segunda, dos animais. Como, porm, muitas vezes a primeira no suficiente, preciso recorrer segunda. [...] um prncipe obrigado a bem servir-se da natureza dos animais deve dela tirar as qualidades da raposa e do leo, pois este no tem defesa alguma contra laos, e a raposa, contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa para conhecer os laos e leo para aterrorizar os lobos. Os que se fizeram unicamente lees no sero bem sucedidos. MAQUIAVEL, Nicolau. O Prncipe. Trad. XAVIER, L. Os Pensadores. So Paulo: Abril Cultural, 1973. Conforme o excerto acima, conclui-se que, para Maquiavel,
(UFU - 2019 - 1 FASE ) Para a economia poltica, o salrio corresponde aos custos e ao preo da produo de uma mercadoria. Na realidade, porm, no o que ocorre. Para produzir uma determinada mercadoria, um trabalhador precisa de um certo nmero de horas (suponhamos, por exemplo, quatro horas) e seu salrio ser calculado a partir desse tempo; entretanto o trabalhador trabalha durante muito mais tempo (suponhamos, por exemplo, oito horas) e, consequentemente, produz muito mais mercadorias; estas, porm, no so computadas para o clculo do salrio, de modo que h um trabalho excedente no pago, isto , no coberto pelo salrio. CHAU, Marilena. Convite Filosofia. So Paulo: Editora tica, 2000. p. 545. (Adaptado) O excerto acima sintetiza um dos mais importantes temas do pensamento marxista, o qual definido como
(UFU - 2019 - 1 FASE) [...] a palavra bom, de antemo, no se prende necessariamente a aes no-egostas; como a superstio daqueles genealogistas da moral. Em vez disso, somente com um declnio de juzos de valor aristocrticos acontece que essa oposio egosta no-egosta se imponha mais e mais conscincia humana , para me servir de minha linguagem, o instinto de rebanho que, com ela, afinal, toma a palavra (e tambm as palavras). NIETZSCHE, Friedrich. Para a genealogia da moral. Os Pensadores. Trad. LEBRUN, G. So Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 342. De acordo com o contedo da citao, assinale a alternativa que nomeia um dos conceitos mais importantes da filosofia nietzschiana.