(UFU - 2022)
O futuro terá menos empregos e mais trabalho [...]. Com o passar dos anos, os vínculos empregatícios começam a ser desfeitos, abrindo espaço para outras formas de gerar renda que não exigem presença física do funcionário. [...] Formatos tradicionais serão substituídos por contratos esporádicos e temporários, em que o vínculo entre as partes se encerra após a entrega. O expert pode trabalhar em dois, três lugares diferentes participando de projetos distintos.
RODRIGUES, Robson G. Tecnologias alteram modelos de trabalho, que passam a ser mais flexíveis. Correio Braziliense, 2018. Disponível em: . Acesso em: 11 set. 2022.
Temos de reconhecer que nosso trabalhador sai do processo de produção diferente de quando nele entrou. [...] O contrato pelo qual ele vende sua força de trabalho ao capitalista prova – por assim dizer, põe o preto no branco – que ele dispõe livremente de si mesmo. Fechado o negócio, descobre-se que ele não era “nenhum agente livre”, que o tempo de que livremente dispõe para vender sua força de trabalho é o tempo em que é forçado a vendê-la, que, na verdade, seu parasita não o deixará “enquanto houver um músculo, um nervo, uma gota de sangue para explorar”.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Trad. Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2013. Livro I. p. 373-374.
A partir da comparação entre a notícia sobre o avanço do modelo de trabalho flexível e as considerações de Marx acerca da posição do trabalhador no mercado capitalista, é correto concluir que, na perspectiva marxista,
a liberdade de escolha do local em que se realiza o trabalho impede a alienação em relação ao que é produzido.
as formas flexíveis de trabalho podem aumentar a jornada de trabalho ao eliminarem a distinção entre tempo livre e tempo de trabalho.
as novas tecnologias possibilitaram a flexibilização da jornada de trabalho, valorizando os direitos trabalhistas.
os novos modelos de trabalho resolvem a contradição entre trabalho e lazer.