(Unb 2010)
Do princípio do século XVII ao fim do século XVIII, o aspecto geral do mundo natural alterou-se de tal forma que Copérnico teria ficado pasmo. A revolução que ele iniciara desenvolveu-se tão rápido e de modo tão amplo que não só a astronomia se transformou, mas também a física. Quando isso aconteceu, dissolveram-se os últimos vestígios do universo aristotélico. A matemática tornou-se uma ferramenta cada vez mais essencial para as ciências físicas.
A visão do universo adotada por Galileu — morto em 1642, ano do nascimento de Isaac Newton — baseava-se na observação, na experimentação e numa generosa aplicação da matemática. Uma atitude de certa forma diferente daquela adotada por seu contemporâneo mais jovem, René Descartes,que começou a formular uma nova concepção filosófica do universo, que viria a destruir a antiga visão escolástica medieval.
Em 1687, Newton publicou os Principia, cujo impacto foi imenso. Em um único volume, reescreveu toda a ciência dos corpos em movimento com uma incrível precisão matemática. Completou o que os físicos do fim da Idade Média haviam começado e que Galileu tentara trazer à realidade. As três leis do movimento, de Newton, formam a base de todo o seu trabalho posterior.
Ronan Colin A.. História ilustrada da ciência: da Renascença à revolução científica. São Paulo: Círculo do Livro, s/d, p. 73, 82-3 e 99 (com adaptações).
Os trabalhos de Aristóteles e Galileu representam dois momentos marcantes do desenvolvimento das ciências naturais no Ocidente. Assinale a opção que sintetiza corretamente as contribuições de cada um deles para a história da ciência.
Aristóteles produziu conhecimento acerca do universo de modo empírico e experimental, ao passo que Galileu defendeu o uso da matemática como ferramenta de descoberta, relegando a lógica a uso apenas argumentativo.
O conhecimento de Aristóteles acerca do universo era especulativo, embasado na lógica que ele mesmo criara, diferentemente do conhecimento de Galileu, que defendia o uso da matemática como ferramenta de descoberta, relegando a lógica a uso apenas argumentativo.
A despeito de diferenças quanto à percepção do universo, como heliocêntrico ou geocêntrico, tanto Galileu quanto Aristóteles atribuíam à lógica o poder de desvelar relações de causalidade entre os fenômenos naturais.
O conhecimento de Aristóteles acerca do universo era empírico, e o de Galileu, contemplativo, diferindo ambos quanto ao grau de manipulação dos fenômenos naturais na construção dos conceitos científicos.