(UNESP) O açúcar e o ouro, cada qual em sua época de predomínio, garantiram para Portugal a posse e a ocupação de vasto território, alimentaram sonhos e cobiças, estimularam o povoamento e o fluxo expressivo de negros escravos, subsidiaram e induziram atividades intermediárias; foram fatores decisivos para o relativo progresso material e certa opulência barroca, além de contribuírem para o razoável florescimento das artes e das letras no período colonial. Apesar desta ação comum ou semelhante, a economia aurífera colonial avançou em direção própria e se diferenciou das demais atividades, principalmente porque:
não teve efeito multiplicador no desenvolvimento de atividades econômicas secundárias junto às minas e nas pradarias do Rio Grande.
interiorizou a formação de um mercado consumidor e propiciou surto urbano considerável.
o ouro brasileiro, sendo dependente do mercado externo, não resistiu à influência exercida pela prata das minas de Potosi.
representou forte obstáculo às relações favoráveis à Metrópole e não educou o colonizado para a luta contra a opressão do colonizador.
as bandeiras não foram além dos limites territoriais estabelecidos em Tordesilhas, apesar dos conflitos com os jesuítas e da ação cruel contra os indígenas do sertão sul-americano.