(UNESP - 2024) Analise a imagem, obtida no stio arqueolgico de Jabberen, Arglia, e datada de 5500-2000 a.C. a) Identifique o tipo de representao pictrica que aparece na imagem e cite uma de suas caractersticas tcnicas ou formais. b) Indique qual a cena retratada e o que ela nos permite identificar sobre o grupo que a produziu.
(UNESP - 2024) A Inglaterra de 1603 era uma potncia de segunda classe; a Gr-Bretanha de 1714 era a maior potncia mundial. [...] os hbitos alimentares dos ingleses transformaram-se com a introduo de razes comestveis, o que permitiu manter o gado vivo e ter carne fresca no inverno. Foi introduzida a batata, alm de muitos novos cultivos, como o ch, o caf, o chocolate, o acar e o tabaco. [...] A peste foi frequente na primeira metade do sculo, mas j estava extinta no final dele. A moderna combinao de refeies caf da manh, almoo e jantar data do sculo XVII; tambm nesse mesmo sculo surgiu o padro moderno dos trajes masculinos casaco, colete, bombachas. Saiu o couro; entraram o morim, o linho e a seda na confeco de vesturio. No final do sculo, a cermica e o vidro utilizados mesa j haviam substitudo o estanho e a madeira; muitas famlias usavam facas, garfos, espelhos e lenos de bolso; em Chatsworth, o duque de Devonshire instalou uma sala de banho com gua corrente quente e fria. Em 1603, todos os cidados ingleses homens e mulheres foram considerados membros da Igreja Oficial, e dissidncia era delito passvel de punio. Herticos ainda eram queimados na fogueira; suspeitos de traio eram torturados. Em 1714, a dissidncia protestante era oficialmente tolerada: a Igreja no mais podia condenar ningum fogueira, o Estado no mais podia submeter ningum tortura. (Christopher S. Hill. O sculo das revolues: 1603-1714, 2012.) a) Indique dois motivos internos Gr-Bretanha que contriburam para algumas das mudanas citadas no excerto. b) Indique dois motivos que contriburam para que a Inglaterra se transformasse de potncia de segunda classe na maior potncia mundial.
(UNESP - 2024) Aps os fatos confusos do 15 de Novembro, o Brasil mergulhou em uma dcada de enorme incerteza poltica e social. Amanheceu em 16 de novembro sem Poder Moderador, at ento a chave da organizao poltico-institucional do pas. A experincia dessa falta marcou os primeiros anos da infncia do que ainda viria a ser um regime. (Renato Lessa. A primeira dcada: Repblica, natureza, desordem. In: Edmar Bacha et al. (orgs.). 130 anos: em busca da Repblica, 2019.) a) O que foi o Poder Moderador e como foi sua atuao poltica ao longo do Segundo Reinado? b) Indique duas das incertezas polticas e sociais vigentes nos primeiros dez anos da Repblica.
(UNESP - 2024) Analise a imagem e leia o excerto. H 40 anos, as primeiras Mes da Praa de Maio como s ficariam conhecidas depois saram a reclamar a reapario, com vida, de seus filhos sequestrados. Naquele j distante 30 de abril de 1977, elas compunham um grupo de apenas 14. Depois de perguntar inutilmente pelos jovens em delegacias, reparties do Estado, igrejas, hospitais e de pedir ajuda, inutilmente, aos grandes jornais e meios televisivos, elas decidiram que marchariam todas as quintas-feiras, s 15h30, com panos brancos envolvendo a cabea, diante da Casa Rosada sede do governo argentino. O fato de serem logo identificadas como as Loucas da Praa de Maio diz muito no apenas sobre o machismo da sociedade argentina daquele tempo, mas tambm sobre o alto teor de cumplicidade, medo ou covardia de grande parte dos argentinos diante de um problema que ia-se fazendo cada vez mais presente: dia aps dia corriam boca a boca novas histrias de pessoas que iam sendo sequestradas pelos agentes da represso da ditadura militar (1976-1983). Neste aniversrio de 40 anos da luta das Mes, vale lembrar esse detalhe que parece uma piada de mau gosto: o fato de terem sido chamadas de loucas por um bom tempo. Essa lgubre anedota sinal de que essas mulheres no sofreram apenas a perda dos filhos, mas tambm o preconceito e o menosprezo por parte de muitos. Nos dias de hoje, em que voltaram a surgir vozes que questionam o nmero de mortos e que tentam minimizar os horrores do regime, parece que esse adjetivo pejorativo de 40 anos atrs volta a ganhar vida. (Sylvia Colombo. No comeo, eram as Loucas da Praa de Maio, 30.04.2017. www.folha.uol.com.br.) a) Identifique, no excerto, o objetivo do movimento das Mes da Praa de Maio e uma reao de parte da sociedade aos protestos por elas realizados. b) Contextualize a situao poltica dominante no Cone Sul da Amrica nos anos 1970 e indique um acontecimento essencial para a mudana poltica na Argentina no incio dos anos 1980.
(UNESP - 2024) Texto 1 Erigiu-se no Brasil o conceito da democracia racial; [] tal expresso supostamente refletiria determinada relao concreta na dinmica da sociedade brasileira: que pretos e brancos convivem harmoniosamente, desfrutando iguais oportunidades de existncia, sem nenhuma interferncia, nesse jogo de paridade social, das respectivas origens raciais ou tnicas. (Abdias do Nascimento. O genocdio do negro brasileiro, 1978.) Texto 2 evidente que os brancos no promovem reunies secretas s cinco da manh para definir como vo manter seus privilgios e excluir os negros. Mas como se assim fosse: as formas de excluso e de manuteno de privilgios nos mais diferentes tipos de instituies so similares e sistematicamente negadas ou silenciadas. Esse pacto da branquitude possui um componente narcsico, de autopreservao, como se o diferente ameaasse o normal, o universal. Esse sentimento de ameaa e medo est na essncia do preconceito []. (Cida Bento. O pacto da branquitude, 2022.) a) Explique em que consiste a expresso democracia racial, apresentada no texto 1 por Abdias do Nascimento, e em que consiste o conceito de pacto da branquitude, cunhado por Cida Bento no texto 2. b) Como a filosofia concebe tradicionalmente a noo de mito? Com base nos textos 1 e 2, defina o conceito de mito da democracia racial.
(UNESP - 2024) Analise a imagem, que mostra a queima de caf em Santos, SP, em 1931. A cena, ocorrida durante o governo provisrio de Getlio Vargas, resulta
(UNESP - 2024) Observe as fachadas de duas igrejas. esquerda, a Baslica de San Michele, construda no sculo XII em Pavia, na Itlia. direita, a Catedral de Reims, erguida a partir do sculo XIII em Reims, na Frana. As duas fachadas
(UNESP - 2024) O mundo natural o concreto, que tocamos, sentimos, no qual vivemos. O mundo social resultado da nossa vida em grupo e em determinado meio ambiente. O mundo sobrenatural o das religies, da magia, ao qual os homens s tm acesso parcial, por meio de determinados ritos e cerimnias. Ele mais ou menos importante, dependendo da sociedade. Numa sociedade como a nossa, na qual quase tudo explicado pela cincia e pelo pensamento lgico e racional, o espao do sobrenatural bastante limitado. J nas sociedades africanas, onde foram capturados os escravizados trazidos para o Brasil, toda a vida na terra estava ligada ao alm, a dimenses que s conhecedores dos ritos e objetos sacralizados podiam atingir. (Marina de Mello e Souza. frica e Brasil africano, 2007. Adaptado.) Ao comparar o pensamento lgico predominante no Ocidente contemporneo com as mentalidades das sociedades africanas de onde foi proveniente a maioria das pessoas trazidas ao Brasil como escravizadas, o excerto
(UNESP - 2024) O espao urbano onde proliferavam a pobreza e certa autonomia dos desqualificados sociais, bastante incmoda para as autoridades. Era justamente este o espao social das mulheres pobres, livres, forras e escravizadas. Circulavam pelas fontes pblicas, tanques, lavadouros, pontes, ruas e praas da cidade, onde era jogado o lixo das casas e o mato crescia a ponto de ocultar escravizados fugidos: o seu espao social era justamente o ponto de interseo onde se alternavam e se sobrepunham as reas de convvio das vizinhanas e dos forasteiros; a do fisco municipal e a do pequeno comrcio clandestino; as margens da escravido e do trabalho livre, o espao do trabalho domstico e o de sua extenso ou comercializao pelas ruas (Maria Odila Leite da Silva Dias. Mulheres sem histria. In: Revista de Histria, 1983. Adaptado.) Ao tratar de So Paulo do sculo XVIII, o excerto estabelece um paralelo entre a condio das mulheres no espao urbano e
(UNESP - 2024) O que o Carnaval [na Idade Moderna] significava para o povo que participava dele? Num sentido, a pergunta desnecessria. O Carnaval era um feriado, uma brincadeira, um fim em si mesmo, dispensando qualquer explicao ou justificativa. Era uma ocasio de xtase e liberao. [...] Por que o povo usava mscaras com nariges, por que atiravam ovos? [...] Havia trs temas principais no Carnaval, reais e simblicos: comida, sexo e violncia. (Peter Burke. Cultura popular na Idade Moderna, 1989.) O Carnaval sempre foi um ato poltico, ele est longe de ser uma festa da alienao [...], diz o historiador e professor Luiz Antonio Simas. [...] O Carnaval quebra um padro de normatividade que regra durante todo o ano. nesse momento que os grupos mais vulnerveis se sentem mais livres para exercer toda a sua diversidade, diz Simas. (Isabela Palhares. Carnaval ps-restries da pandemia apoteose da folia, dizem historiadores. www.folha.uol.com.br, 20.02.2023.) Os excertos abordam o significado do Carnaval em dois perodos histricos bastante distintos e
(UNESP - 2024) No reconhecendo ns outra soberania mais de que a soberania do povo, para ela apelamos. [] Neste pas, que se presume constitucional, e onde s deveriam ter ao poderes delegados, [] s h um poder ativo, [] poder sagrado inviolvel e irresponsvel. O privilgio, em todas as suas relaes com a sociedade tal , em sntese, a frmula social e poltica do nosso pas , privilgio de religio, privilgio de raa, privilgio de sabedoria, privilgio de posio, isto , todas as distines arbitrrias e odiosas que criam no seio da sociedade civil e poltica a monstruosa superioridade de um sobre todos ou de alguns sobre muitos. [] A autonomia das provncias , pois, para ns mais do que um interesse imposto pela solidariedade dos direitos e das relaes provinciais, um princpio cardeal e solene que inscrevemos na nossa bandeira. (Manifesto Republicano de 1870. In: Amrico Brasiliense. Os programas dos partidos e o 2o Imprio, 1878.) O trecho transcrito permite caracterizar o Manifesto Republicano como
(UNESP - 2024) Observe as imagens. A da esquerda intitulada Plantas do Orquidrio Moderno (1845). A da direita intitula-se Madame Professora (1846). As duas imagens referem-se a algumas sociedades europeias do sculo XIX e
(UNESP - 2024) A Amrica independente, a Amrica Latina, traz no ntimo a Amrica pr-colombiana, que desponta por todos os seus poros, resistindo ao novo cerco, agora em forma de Estados nacionais que se estabeleceram violentando as linhas histricas de demarcao das diferentes culturas. Em muitos casos, os povos foram fragmentados pelas fronteiras nacionais, e seus fluxos, interrompidos ou entorpecidos. (Ana Esther Cecea. Uma verso mesoamericana da Amrica Latina. In: Adauto Novaes (org.). Oito vises da Amrica Latina, 2006.) Com base no trecho, conclui-se que a Amrica independente, a Amrica Latina, traz no ntimo a Amrica pr- -colombiana,
(UNESP - 2024) O verdadeiro horror dos campos de concentrao e de extermnio reside no fato de os internados, mesmo que consigam manter-se vivos, estarem mais isolados do mundo dos vivos do que se tivessem morrido, porque o horror compele ao esquecimento. No mundo concentracionrio, mata-se um homem to impessoalmente como se mata um mosquito. Uma pessoa pode morrer em consequncia de tortura ou de fome sistemtica, ou porque o campo est superpovoado e h necessidade de liquidar o material humano suprfluo. (Hannah Arendt. O sistema totalitrio, 1978.) Ao caracterizar a peculiaridade das aes nazistas nos campos de concentrao e de extermnio, o excerto refere-se diretamente
(UNESP - 2024) Examine a tabela de investimentos em infraestrutura econmica no Brasil, no perodo de 1990 a 1998, com os volumes de capitais expressos em bilhes de dlares e suas respectivas propores em relao ao Produto Interno Bruto (PIB). A partir dos dados da tabela e considerando a experincia histrica brasileira no perodo, tem-se que