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Disciplina

(UNESP - 2024)O que o Carnaval [na Idade Moderna]

(UNESP - 2024)

O que o Carnaval [na Idade Moderna] significava para o povo que participava dele? Num sentido, a pergunta é desnecessária. O Carnaval era um feriado, uma brincadeira, um fim em si mesmo, dispensando qualquer explicação ou justificativa. Era uma ocasião de êxtase e liberação. [...] Por que o povo usava máscaras com narigões, por que atiravam ovos? [...]

Havia três temas principais no Carnaval, reais e simbólicos: comida, sexo e violência.

(Peter Burke. Cultura popular na Idade Moderna, 1989.)

 

“O Carnaval sempre foi um ato político, ele está longe de ser uma festa da alienação [...]”, diz o historiador e professor Luiz Antonio Simas. [...] “O Carnaval quebra um padrão de normatividade que é regra durante todo o ano. É nesse momento que os grupos mais vulneráveis se sentem mais livres para exercer toda a sua diversidade”, diz Simas.

(Isabela Palhares. “Carnaval pós-restrições da pandemia é apoteose da folia, dizem historiadores”. www.folha.uol.com.br, 20.02.2023.)

 

Os excertos abordam o significado do Carnaval em dois períodos históricos bastante distintos e

A

coincidem, ao indicar contradições da festa: a alegria da manifestação dos prazeres individuais e a tristeza diante da extrema violência do evento.

B

coincidem, ao identificar duas dimensões da festa: uma mais imediata, a do prazer, e outra mais profunda, a de transformação comportamental.

C

divergem, ao caracterizar a festa na Idade Moderna como ação política e a festa nos dias de hoje como puro divertimento e lazer.

D

coincidem, ao mencionar os problemas da festa: um de ordem pública, a explicitação do sexo, e um de ordem privada, a carência alimentar.

E

divergem, ao expor a autenticidade e espontaneidade da festa na Idade Moderna e o artificialismo e convencionalismo da festa nos dias de hoje.