(UNESP - 2011 - 1ª FASE)
Renata, 11, combinava com uma amiga viajar em julho para a Disney. Questionada pela mãe, que não sabia de excursão nenhuma, a menina pegou uma pasta com preços do pacote turístico e uma foto com os dizeres: “Se eu não for para a Disney vou ser um pateta”. A agência de turismo e a escola afirmam que não pretendiam constranger ninguém e que a placa do Pateta era apenas uma brincadeira. Para um promotor da área do consumidor, o caso ilustra bem os abusos na publicidade infantil. “Já temos problemas sérios de bullying nas escolas. Essa empresa está criando uma situação propícia para isso”.
(Folha de S.Paulo, 20.04.2010. Adaptado.)
Acerca dessa notícia, podemos afirmar que:
Em nossa sociedade, os campos da publicidade e da pedagogia são esferas separadas, não suscitando questões de natureza ética.
Para o promotor citado na reportagem, o caso em questão provoca problemas de natureza exclusivamente jurídica.
Uma das questões éticas envolvidas diz respeito à exposição precoce das crianças à manipulação do desejo, exercida pela publicidade.
O público-alvo dessa campanha publicitária constitui-se de indivíduos dotados de consciência autônoma.
Para o promotor citado na reportagem, o caso em questão não apresenta repercussões de natureza psicológica.