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Questões de História - UNESP 2016 | Gabarito e resoluções

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Questão 1
2016História

(UNESP - 2016- 2 fase) necessrio a um prncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade. Deixando de parte, pois, as coisas ignoradas relativamente aos prncipes e falando a respeito das que so reais, digo que todos os homens, mxime os prncipes, por estarem mais no alto, se fazem notar atravs das qualidades que lhes acarretam reprovao ou louvor. Isto , alguns so tidos como liberais, outros como miserveis; alguns so tidos como prdigos, outros como rapaces; alguns so cruis e outros piedosos; perjuros ou leais; efeminados e pusilnimes ou truculentos e animosos; humanitrios ou soberbos; lascivos ou castos; estpidos ou astutos; enrgicos ou indecisos; graves ou levianos; religiosos ou incrdulos, e assim por diante. E eu sei que cada qual reconhecer que seria muito de louvar que um prncipe possusse, entre todas as qualidades referidas, as que so tidas como boas; mas a condio humana tal, que no consente a posse completa de todas elas, nem ao menos a sua prtica consistente; necessrio que o prncipe seja to prudente que saiba evitar os defeitos que lhe arrebatariam o governo e praticar as qualidades prprias para lhe assegurar a posse deste, se lhe possvel; mas, no podendo, com menor preocupao, pode-se deixar que as coisas sigam seu curso natural. (Maquiavel. O Prncipe, 1983. Adaptado.) Identifique, exemplificando com passagens do texto, a concepo de Maquiavel acerca da maneira como o governante deve se comportar. Indique dois elementos, presentes ou no no texto, que permitam associar o pensamento de Maquiavel viso de mundo dos humanistas.

Questão 2
2016História

(UNESP - 2016 - 2 fase) A vinda da Corte com o enraizamento do Estado portugus no Centro-Sul daria incio transformao da colnia em metrpole interiorizada. (Maria Odila Leite da Silva Dias. A interiorizao da metrpole e outros estudos, 2005.) Cite e analise duas medidas determinadas pelo Prncipe Regente D. Joo, nos anos em que ficou no Brasil, que tenham contribudo para essa interiorizao da metrpole e seu gradual enraizamento na colnia.

Questão 3
2016História

(UNESP - 2016 - 2 fase) Desde 1964, o novo regime exerceu forte presso sobre cultura identificada com propostas de transformao social, objetivando impedir a continuidade de uma experincia que ganhava corpo. Apesar do quadro adverso, a cultura de oposio no perdeu vigor, buscando novas estratgias e assumindo variados estilos, conforme o momento da ditadura e a feio prpria dos debates entre os prprios cineastas que, solidrios no impulso de resistncia, tinham posies distintas no modo de conceber suas obras e encaminhar suas escolhas temticas e opes estticas. (Ismail Xavier. O momento do golpe, as primeiras reaes e o percurso do cinema de oposio no perodo da ditadura. In: Angela Alonso e Miriam Dolhnikoff (orgs.). 1964: do golpe democracia, 2015.) D um exemplo e uma caracterstica da produo cinematogrfica brasileira mencionada no texto. Considerando outras manifestaes culturais de oposio que tiveram grande impacto no mesmo perodo, indique uma ocorrida no campo da msica e uma ocorrida no campo do teatro.

Questão 4
2016HistóriaSociologia

(UNESP - 2016 - 2 fase) O texto e a foto mostram faces da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, durante a dcada de 1960. preciso que toda a raa negra se transforme num exrcito negro. S assim poderemos marchar sobre este pas, sobre este poder racista e dizer a este governo safado: Mos ao alto, bando de safados, isto um assalto! Viemos retomar aquilo que nos pertence! (Bobby Seale apud Dany Cohn-Bendit. Ns que amvamos tanto a revoluo, 1987.) Olimpadas de 1968, Cidade do Mxico Bobby Seale, autor da frase acima, foi um dos lderes dos Panteras Negras. Os atletas John Carlos e Tommie Smith (na foto, com os braos levantados) tornaram-se famosos por seu protesto durante a cerimnia de premiao da prova de 200 metros da Olimpada de 1968. Caracterize a condio dos negros norte-americanos na dcada de 1960 e cite duas estratgias de luta do movimento negro nos Estados Unidos, no mesmo perodo.

Questão 9
2016HistóriaFilosofia

(UNESP - 2016 - 2fase) No preciso uma grande arte, uma eloquncia muito rebuscada, para provar que os cristos devem tolerar- -se uns aos outros. Vou mais longe: afirmo que preciso considerar todos os homens como nossos irmos. O qu! O turco, meu irmo? O chins? O judeu? O siams? Sim, certamente; porventura no somos todos filhos do mesmo Pai e criaturas do mesmo Deus? Penso que poderia surpreender a obstinao de alguns lderes religiosos se lhes falasse: Escutem-me, pois o Deus de todos esses mundos me falou: h novecentos milhes de pequenas formigas como ns sobre a terra, mas apenas o meu formigueiro bem-visto por Deus; todos os outros lhe causam horror desde a eternidade; meu formigueiro ser o nico afortunado, e todos os outros sero desafortunados. Eles me agarrariam ento e me perguntariam quem foi o louco que disse essa besteira. Eu seria obrigado a responder-lhes: Foram vocs mesmos. Procuraria em seguida acalm-los, mas seria bem difcil. (Voltaire. Tratado sobre a tolerncia [originalmente publicado em 1763], 2015. Adaptado.) Qual foi o nome atribudo ao mais importante movimento filosfico francs do sculo XVIII? Explique a importncia do texto de Voltaire para o desenvolvimento desse movimento filosfico e para a Declarao Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Assembleia da ONU em 1948.

Questão 31
2016História

(UNESP - 2016 - 1a fase) A cidade tira de seu imprio uma parte da honra, da qual todos vs vos gloriais, e que deveis legitimamente apoiar; no vos esquiveis s provas, se no renunciais tambm a buscar as honras; e no penseis que se trata apenas, nesta questo, de ser escravos em vez de livres: trata-se da perda de um imprio, e do risco ligado ao dio que a contrastes. (Pricles apud Pierre Cabanes. Introduo histria da Antiguidade, 2009.) O discurso de Pricles, no sculo V a.C., convoca os atenienses para lutar na Guerra do Peloponeso e enfatiza

Questão 32
2016História

(UNESP - 2016/2 - 1a fase) Examine a iluminura extrada do manuscrito Al-Maqamat, de Abu Muhammed al-Kasim al-Hariri, 1237. A imagem pode ser associada tradio dos conhecimentos desenvolvidos no mundo rabe-islmico durante a Idade Mdia e revela

Questão 32
2016História

(UNESP - 2016 - 1a fase) Eis dois homens frente: um, que quer servir; o outro, que aceita, ou deseja, ser chefe.O primeiro une as mos e, assim juntas, coloca-as nas mos do segundo: claro smbolo de submisso,cujo sentido, por vezes, era ainda acentuado pela genuflexo. Ao mesmo tempo, a personagem queoferece as mos pronuncia algumas palavras, muito breves, pelas quais se reconhece o homem dequem est na sua frente. Depois, chefe e subordinado beijam-se na boca: smbolo de acordo e deamizade. Eram estes muito simples e, por isso mesmo, eminentemente adequados para impressionarespritos to sensveis s coisas os gestos que serviam para estabelecer um dos vnculos mais fortesque a poca feudal conheceu. (Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.) Miniatura do Liber feudorum Ceritaniae, sculo XIII O texto e a imagem referem-se cerimnia que

Questão 33
2016História

(UNESP - 2016 - 1a fase) As reformas protestantes do princpio do sculo XVI, entre outros fatores, reagiam contra:

Questão 33
2016História

(UNESP - 2016/2 - 1a fase) Os mosteiros eram em primeiro lugar casas, cada uma abrigando sua famlia, e as mais perfeitas, com efeito, as mais bem ordenadas: de um lado, desde o sculo IX, os mais abundantes recursos convergiam para a instituio monstica, levando-a aos postos avanados do progresso cultural; do outro, tudo ali se encontrava organizado em funo de um projeto de perfeio, ntido, bem estabelecido, rigorosamente medido. (Georges Duby. A vida privada nas casas aristocrticas da Frana feudal. Histria da vida privada, vol. 2, 1992. Adaptado.) A caracterizao do mosteiro medieval como uma casa, um posto avanado do progresso cultural e um projeto de perfeio pode ser explicada pela disposio monstica de

Questão 34
2016História

(UNESP - 2016 - 1a fase)Os dirios, as memrias e as crnicas de viagens escritas por marinheiros, comerciantes, militares, missionrios e exploradores, ao lado das cartas nuticas, seriam as principais fontes de conhecimento e representao da frica dos sculos XV ao XVIII. A barbrie dos costumes, o paganismo e a violncia cotidiana foram atribudos aos africanos ao mesmo tempo em que se justificava a sua escravizao no Novo Mundo. A desumanizao de suas prticas serviria como justificativa compensatria para a coisificao dos negros e para o uso de sua fora de trabalho nas plantations da Amrica. (Regina Claro. Olhar a frica, 2012. Adaptado.) A partir do texto, correto afirmar que a dominao europeia da frica, entre os sculos XV e XVIII,

Questão 34
2016História

(UNESP - 2016/2 - 1a fase) Entre os motivos do pioneirismo portugus nas navegaes ocenicas dos sculos XV e XVI, podem-se citar

Questão 35
2016História

(UNESP - 2016 - 1a fase) Os dirios, as memrias e as crnicas de viagens escritas por marinheiros, comerciantes, militares, missionrios e exploradores, ao lado das cartas nuticas, seriam as principais fontes de conhecimento e representao da frica dos sculos XV ao XVIII. A barbrie dos costumes, o paganismo e a violncia cotidiana foram atribudos aos africanos ao mesmo tempo em que se justificava a sua escravizao no Novo Mundo. A desumanizao de suas prticas serviria como justificativa compensatria para a coisificao dos negros e para o uso de sua fora de trabalho nas plantations da Amrica. (Regina Claro. Olhar a frica, 2012. Adaptado.) As plantations da Amrica, citadas no texto, correspondem a

Questão 35
2016História

(UNESP - 2016/2 - 1a fase) Prova da barbrie e, para alguns, da natureza no humana do amerndio, a antropofagia condenava as tribos que a praticavam a sofrer pelas armas portuguesas a guerra justa. Nesse contexto, um dos autores renascentistas que escreveram sobre o Brasil, o calvinista francs Jean de Lry, morador do atual Rio de Janeiro na segunda metade da dcada de 1550 e quase vtima dos massacres do Dia de So Bartolomeu (24.08.1572), ponto alto das guerras de religio na Frana, compara a violncia dos tupinambs com a dos catlicos franceses que naquele dia fatdico trucidaram e, em alguns casos, devoraram seus compatriotas protestantes: E o que vimos na Frana (durante o So Bartolomeu)? Sou francs e pesa-me diz-lo. O fgado e o corao e outras partes do corpo de alguns indivduos no foram comidos por furiosos assassinos de que se horrorizam os infernos? No preciso ir Amrica, nem mesmo sair de nosso pas, para ver coisas to monstruosas. (Lus Felipe Alencastro. Canibalismo deu pretexto para escravizar. Folha de S.Paulo, 12.10.1991. Adaptado.) A partir do texto e de seus conhecimentos, correto afirmar que

Questão 36
2016História

(UNESP - 2016 - 1a fase) A diviso capitalista do trabalho caracterizada pelo clebre exemplo da manufatura de alfinetes, analisada por Adam Smith foi adotada no pela sua superioridade tecnolgica, mas porque garantia ao empresrio um papel essencial no processo de produo: o de coordenador que, combinando os esforos separados dos seus operrios, obtm um produto mercante. (Stephen Marglin. In: Andr Gorz (org.). Crtica da diviso do trabalho, 1980.) Ao analisar o surgimento do sistema de fbrica, o texto destaca

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